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25/02/2015
Direita mostra os dentes e apela nas vozes de JC Aleluia, Mendonça de Barros, Dallagnol e Erick Bretas
Está a acontecer no Brasil, sem sombra de dúvida, a ideologização de instituições que foram fortalecidas no decorrer do processo democrático
Denis Sena Filho
O círculo se fechou, a ter como protagonistas integrantes de cada setor que combate o Governo Trabalhista de Dilma Rousseff, “em nome da moralidade, dos bons costumes, do amor à Pátria e do combate à corrupção ou tudo o que está aí”. Ótimo. Muito bom, se não fosse a hipocrisia, a mentira, a dissimulação, a manipulação e a intenção de se efetivar um golpe, não apenas contra o governo popular e democrático da mandatária petista, mas, sobretudo, combater a candidatura de Lula, em 2018, desde agora, ainda no início do Governo Dilma, que a direita quer paralisar, fazer ruir e impedir que a eleita pela maioria do povo brasileiro governe.
Contudo,
nada foi mais emblemático do que esta semana que se passou, quando
porta-vozes de oposição e inquilinos da Casa Grande, um de cada setor de
atividade, aliados, que atacaram duramente o Governo Dilma e o
ex-presidente trabalhista, Luiz Inácio Lula da Silva, a ter como
propósito colocá-los contra a parede, sem permitir que eles respirem,
como se estivessem sitiados, por intermédio de um processo de mentiras e
acusações sem provas, portanto, levianas, mas que causam confusão em
meio à cidadania e radicaliza os ânimos da classe média udenista e de
uma máquina judiciária e do MP que há muito tempo se mostram favoráveis à
criminalização do PT, de seus principais líderes dirigentes, porque
lutam pelo fim dos programas de inclusão social do Governo, bem como
pela derrota de um projeto de País nacionalista, que busca a
autossuficiência.
A
direita tem como finalidade maior fazer com que uma parte da sociedade
brasileira saia às ruas, pressione o Governo petista, a fazer,
inclusive, que setores do Judiciário e do Ministério Público se
partidarizem, a aproveitar a autonomia de suas ações para se envolver em
politicagem, além de darem declarações incabíveis para aqueles que
estão na linha de frente do combate à corrupção e tem acesso aos autos
dos processos. Os tribunais superiores e o MP Federal se politizaram
indevidamente e hoje cometem desatinos e ilegalidades, como os
vazamentos de investigações em sigilo de justiça à imprensa de mercado,
além de manterem pessoas presas ilegalmente para fins de forçar delações
premiadas, sem, no entanto, ninguém fiscalizar tais servidores
públicos, que, nitidamente, estão a fazer política, pois tomados por
forte preconceito e interesse de classe social, partidário e ideológico,
no que diz respeito a combater o campo progressista e
desenvolvimentista.
Está
a acontecer no Brasil, sem sombra de dúvida, a ideologização de
instituições que foram fortalecidas no decorrer do processo democrático e
que atualmente se arvoram como um dos Três Poderes, sem ter, todavia,
papéis constitucionais que os movam para agir de tal maneira, ou seja, a
atropelar o processo jurídico legal e ocupar o lugar de instituições
republicanas, a exemplo da CGU, da AGU, da Receita Federal e do
Itamaraty, com a cumplicidade da imprensa, que certos promotores,
procuradores e juízes morrem de medo ou se aliam ao sistema midiático de
negócios privados por vaidade e ignorância, no sentido de não
compreender como funciona a imprensa burguesa, que não teve, não tem e
nunca terá quaisquer compromissos com os interesses do Brasil e do povo
brasileiro.
Agora
o contexto político atual ficou completo. A falta de respeito à
cidadania do presidente Lula e da presidenta Dilma chegou a um tom
difícil de engolir e tolerar. Só que o PT não reage nos fóruns
apropriados, como os plenários do Senado e da Câmara, a Secom da
Presidência da República e a comunicação social do Partido dos
Trabalhadores, que ficam a ver uma direita raivosa a fazer acusações
infundadas, a ter como alvo no momento a Petrobras, empresa que a
direita brasileira nunca quis que fosse criada, e, fundada por Getúlio
Vargas, é até hoje ferrenhamente combatida por partidos conservadores
repletos de políticos entreguistas, antinacionalistas, que odeiam o
Brasil e preferem que o poderoso País sul-americano fique no papel de
uma republiqueta eternamente dependente dos países ricos e subordinada
aos seus interesses geopolíticos.
Trata-se
da “teoria da dependência”, tão fortemente efetivada pelos governos
neoliberais e entreguistas de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I
—, aquele que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires
nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes, e hoje não para de falar
abobrinhas, bem como fomentar intrigas políticas, além de apostar em
impeachment de uma presidente recém-eleita pela maioria dos eleitores
brasileiros, de forma legal, constitucional, democrática e republicana. O
“líder” de um partido que o escondeu de três eleições presidenciais,
como o fizeram José Serra, duas vezes, e Geraldo Alckmin.
Agora,
parte emblemática e importante da população brasileira, que elegeu
Dilma para exercer seu segundo mandato, tem de aturar o ex-deputado José
Carlos Aleluia (DEM/BA), candidato derrotado ao Senado, a pedir, de
forma altissonante e desmiolada, simplesmente a prisão do ex-presidente
Lula. Inacreditável a desfaçatez, a arrogância e a prepotência desse
político de direita, acusado de ser um dos anões do orçamento, bem como
um dos envolvidos no escândalo das ambulâncias, filhote de Antônio
Carlos Magalhães, coronelzinho da Bahia, cujo povo está a rejeitar o
DEM, a agremiação herdeira da escravidão e da UDN, além de ser o pior
partido do mundo, que está irresponsavelmente, juntamente com o PSDB e
os magnatas bilionários de imprensa, a incentivar a queda de Dilma
Rousseff do poder, a ter como motes a corrupção e “tudo o que está aí”.
Hipocrisia
e cinismo na veia, porque se algum dia gente branca, rica, importante e
influente está a ser presa, esta realidade acontece exatamente nos
governos petistas. Quanto mais o Governo Trabalhista investiga e prende,
mais a direita brasileira, uma das mais perversas, violentas,
entreguistas e daninhas do mundo acusa a Presidência da República, o
Lula, a Dilma e o PT de cometerem malfeitos, sendo que nunca se prendeu
tanto, nunca a PGR, a PF e a Receita empreenderam tantas ações e tiveram
tanta liberdade para trabalhar, fato este que, inquestionavelmente, não
acontecia no desgoverno privatista, dependente e colonizado de FHC,
político também conhecido pela alcunha de o Príncipe da Privataria,
aquele que até hoje é acusado de comprar a emenda da reeleição por R$
200 mil a cabeça, e, por seu turno, depredar o patrimônio público
nacional, que o entreguista não construiu, além de ser considerado o
maior traidor da Pátria de todos os tempos por grande parte do povo
brasileiro.
Enquanto
Aleluia deitava falação, aleivosias e irresponsabilidades, o diretor de
Mídias Digitais da Rede Globo, Erick Bretas, anuncia em seu facebook
que vai dar uma de coxinha golpista e participar de protesto em favor do
impeachment da presidenta trabalhista reeleita. Completamente
despolitizado e alienado, mas voltado para agradar seus patrões, os
irmãos Marinho, Bretas, indivíduo que não tem nenhuma importância
política e que poderia ficar muito bem em seu canto e anonimato, resolve
participar de uma marcha golpista. Apesar da sua insignificância
político-partidária, o executivo demonstra algo importante, que é a
autorização da Globo para ele mostrar sua cara. Afinal, trata-se de um
diretor e não apenas de um empregadinho, a significar que os irmãos
Marinho estão até o pescoço envolvidos com o desejo de que aconteça um
golpe contra uma mandatária legalmente constituída. A Globo e seus
coxinhas sempre entenderem muito bem de golpes.
Está no sangue, e como escorpiões eles vão continuar a viver.
Está no sangue, e como escorpiões eles vão continuar a viver.
Entrementes,
e no mesmo dia, o economista José Roberto Mendonça de Barros, irmão de
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro privatista das Comunicações
de FHC, que caiu por causa do escândalo do Grampo do BNDES, acompanhado
do próprio José Roberto (Câmara de Comércio Exterior), André Lara
Resende (BNDES) e Ricardo Sérgio (Banco do Brasil), pelo motivo de ter
sido vazado conversas entre eles e o presidente tucano, Fernando
Henrique Cardoso, cujo assunto era favorecer o Grupo Opportunity, do
banqueiro Daniel Dantas, que tinha interesse em receber dinheiro do
Banco do Brasil e, consequentemente, entrar forte na disputa do leilão
da Telebras, que, fatiada, transformou-se em várias empresas.
A
demissão do Governo desses executivos ocorreu porque foram acusados de
favorecer Dantas com um aporte financeiro da Previ, o poderoso fundo de
pensão do Banco do Brasil. Ricardo Sérgio chegou a dizer ao Mendonção
que "Estamos no limite da nossa irresponsabilidade", em alusão à
concessão de uma carta de fiança com números altíssimos para um dos
consórcios interessados no leilão da Telebras. Além disso, FHC
autorizou, de acordo com as gravações da Abin, que seu nome fosse usado
para influenciar a cúpula do Banco do Brasil e da PREVI a participar do
consórcio com a Brasil Telecom.
Depois
desses fatos extremamente prejudicais ao País, o economista José
Roberto Mendonça de Barros vem a público para dizer que a Petrobras tem
de acabar com sua política de conteúdo, ou seja, ele sugere que a Sete
Brasil, criada em 2011 para cooperar na exploração da camada do pré-sal
feche suas portas. A resumir, o economista de cabeça neoliberal,
privatista, entreguista e colonizada quer, na verdade, que a maior
empresa do mundo no mercado de sondas de águas ultraprofundas, além de
ser a maior competidora em termos globais no setor, feche suas portas,
desempregue os trabalhadores brasileiros aos milhares, que a indústria
naval afunde depois de ser recuperada, bem como o Brasil volte a comprar
o que já tem em seu solo as máquinas, ferramentas e equipamentos de
países estrangeiros.
Para
finalizar, José Roberto, muito longe de ser um “jênio” (com J mesmo), é
um partidário da teoria da dependência com complexo de vira-lata. E
posa de doutor da entregação em fotos suas nas páginas da imprensa
alienígena, cujos principais interlocutores e alvos são: os bancos, os
rentistas, os especuladores, as petrolíferas estrangeiras e a casa
grande herdeira da escravidão deste País, onde vivem um povo nobre e uma
“elite” mesquinha, provinciana e ordinária. Sem dúvida, não há nada
pior do que a direita brasileira e seus replicadores, a exemplo dos
partidos de direita e sua aliada: a imprensa empresarial.
Outrossim,
e também no mesmo dia, o coordenador da força-tarefa da Lava a Jato do
Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, de 34 anos, e que
certamente não é um cidadão dos mais experientes da sociedade, resolveu
polemizar com a presidenta Dilma Rousseff. A mandatária disse o óbvio, o
que todo mundo sabe, menos os cínicos ou ingênuos, os mal-intencionados
ou os que estão a fim de fazer política, o que considero ser o caso
desse procurador, com “fome” de holofotes e fama.
Como
todo mundo está cansado de saber, até os mortos, os saídos do coma
profundo, os alienados e os recém-nascidos, delegados da PF, juízes do
STF e da Justiça Federal, sem generalizar, partidarizaram-se e
resolveram fazer política ao invés de tratarem de suas responsabilidades
republicanas, que é o de se aterem às investigações, prisões e observar
os autos dos processos, de maneira silenciosa e atenta, o que,
sobremaneira, eles não fazem.
Dilma
Rousseff, a maior autoridade oficial do Brasil e eleita pela maioria
dos eleitores, afirmou que a imprensa tem de antes de tudo divulgar a
informação ao invés de investigar.
A
presidenta quis dizer que as investigações oficiais são feitas pela PF e
não pela imprensa. Não sei se propositalmente Dallagnol fingiu não
entender, mas ao replicar o que a mandatária disse, o procurador
conseguiu canalizar luzes da ribalta para sua pessoa, que se mostrou
narcisista ao afirmar: “Nós estamos em uma guerra contra a impunidade e a corrupção. E a imprensa é uma aliada nessa guerra. Hoje, nós conversamos com aliados. A
imprensa nos auxilia não só na investigação dos fatos e levando o
conhecimento dos fatos apurados até as pessoas, mas a imprensa também
veicula a voz da sociedade, que clama por Saúde, por Educação, e por Saneamento Básico, que são direitos fundamentais violados por cada”.
O
discurso (sim, discurso político) do procurador é um atentado à
inteligência alheia e uma sequência de tolices e ingenuidades, que me
levam a pensar que uma pessoa para assumir um cargo tão importante
deveria ter mais idade e vivência. Dallagnol, definitivamente, não
conhece a imprensa comercial e privada, controlada por uma oligarquia de
histórico golpista, que desde os primórdios de 1930 combate duramente e
ferozmente os governantes trabalhistas.
O
procurador e coordenador de uma operação tão importante deveria ler a
história do Brasil ao invés de ler os editorialistas, colunistas,
comentaristas e “especialistas” de prateleiras, que engravidam pelos
ouvidos promotores e juízes muito jovens, ricos ou da classe média alta e
média tradicional, que nunca passaram trabalho, não enfrentaram
interpéries graves para sobreviver e não superaram a pobreza para se
chegar em algum lugar, como conquistar um simples emprego.
É
lamentável o tom desrespeitoso de pessoas como o procurador Dallagnol,
que desconhece o quanto a imprensa de negócios privados luta contra os
interesses do Brasil por ignorar a sua história, como se tal sistema
midiático alguma vez tratou dos interesses do povo brasileiro, quando a
verdade sempre o estigmatizou e rebaixou sua autoestima. Uma imprensa
cartelizada, predadora da Pátria e aliada dos interesses estrangeiros.
Incrível esse homem ser um procurador. Também considero o político de
direita, José Carlos Aleluia, o fim da picada. Não é possível que tal
ser abra a boca para “reivindicar”, nada mais e nada menos”, a prisão de
Lula. Inacreditável sua ousadia e insensatez. De uma crueldade sem
limites e sem espaço para qualquer ética política, no que concerne ao
seu oponente ser seu adversário, como o é o Lula, o político mais
importante do Brasil, o mais conhecido em termos mundiais e o mais
premiado e reconhecido no exterior.
Sabe
por que o Aleluia tem essa péssima conduta? Respondo: ele é um branco
de um Estado, a Bahia, cuja população negra é de 84%. Carlista de
carteirinha, o político da casa grande baiana tem uma relação com os que
vêm de baixo de superioridade, apesar de sê-la pseuda. Quando vê o
presidente Lula, Aleluia enxerga o operário, o subalterno, o sem
instrução superior, afinal esse político de direita e do DEM, partido
que com a sigla da Arena e do PDS dava sustentação à ditadura
civil-militar, sempre se comportou como um feitor dos interesses da
burguesia brasileira. Por isso, mesmo sem quaisquer provas contra Lula,
esse porta-voz das classes dominantes abre sua boca para conspirar,
denegrir, fomentar o golpe e, se possível, inviabilizar o mais rápido
possível a candidatura Lula de 2018 a presidente da República.
Quanto
ao José Roberto Mendonça de Barros e Erick Bretas, a única coisa que
tenho a dizer é a seguinte: Bretas é um coxinha que vai se juntar a um
monte de coxinhas, que pensam que dar golpes em presidentes é como beber
água, sendo que ter acesso à água em São Paulo dos tucanos está muito
difícil. O diretor da Globo deveria, sim, recolher-se à sua
insignificância política e à sua alienação como cidadão. Não é séria sua
postura, porque ele está a mostrar que, na verdade, quem quer o golpe
são as Organizações(?) Globo. Ponto.
Por
sua vez, José Roberto apenas reflete o que o economista é, bem como
dimensiona pontualmente o que foi o governo do PSDB, do qual ele
participou e dele foi demitido, junto com seu irmão, Luiz Carlos. O
economista sabe pregar e defender o que ele e seus correligionários
fizeram: privatizar, entregar, trair o Brasil, empobrecer o povo,
explorar o trabalhador e favorecer os interesses de países como os
Estados Unidos e alguns grandes da União Europeia, exemplificados na
Inglaterra e França, dentre outros. José Roberto Mendonça de Barros é
tucano, age como tucano, pensa como tucano e seu propósito é manter os
privilégios das classes dominantes e do establishment mundial. Por isto é
que eu não tenho o mínimo respeito pelo status quo. A direita mostra os
dentes. É isso aí.
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Arrebentou, só não entende o que está acontecendo quem não quer, quem não é brasileiro. obrigada
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