17/12/2017
Curitiba faz revistas “descobrirem” negócios de Gilmar Mendes
Do Tijolaço - 17/12/2017
POR FERNANDO BRITO
Para entender a ofensiva da Veja e da Istoé sobre Gilmar Mendes, esqueça a possibilidade de que isso seja jornalismo. Não é a “praia” das revistas semanais.
Afinal, os negócios obscuros do tal Instituto de Direito Público do qual Gilmar é dono são sabidos há muito tempo e nem por isso o alto escalão da fauna tucano-judicial evita seus turísticos seminários em Portugal.
Gilmar, como se sabe, é intocável.
Mas justamente por ser tão poderoso é que ele incomoda o comando paralelo do Ministério Público, alojado na Força Tarefa da Lava Jato.
O ministro e os rapazes das araucárias partilham o mesmo ódio a Lula e à esquerda, tanto que Mendes foi a peça decisiva para desarmar o que poderia ter sido a última trincheira antigolpe, quando proibiu a posse de Lula como chefe da Casa Civil de Dilma.
Mas vão até aí juntos, apenas.
Gilmar é um político togado e os promotores são a antipolítica, adeptos da ditadura corporativista, policial e judicial.
No Supremo, Gilmar Mendes é o freio mais evidente – quando lhe interessa, claro – ao poder absoluto do grupo curitibano.
É quem tem poder de dizer-lhes: cumpriram o seu papel, agora recolham-se e não se metam mais na política.
Nos demais ministros, quando não se observa um medo mortal da República de Curitiba, vê-se protestos tímidos e erráticos, como os de Ricardo Lewandowsk e Marco Aurélio Mello ou o sabujismo opaco de Edson Fachin e Rosa Weber ou apavonado, como o de Luiz Roberto Barroso.
Vem destas áreas, que ninguém se iluda, a munição para o tiroteio sobre Gilmar, que tem todo o demérito para recebê-lo.
Mas que ninguém se iluda quanto às intenções com que está sendo disparado.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Que vergonha nos faz a 'justiça' no Brasil, representada hoje com destaques na mídia por Gilmares, Moros e os 'prepotentes das araucárias'. Todos atolados num pântano de corrupção, covardia e sede de poder. Todos trilhando caminhos que não têm nada a ver com a verdadeira Justiça.
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