sábado, 26 de março de 2011

Contraponto 5039 - "Meireles pediu independênia aos Estados Unidos"


26/03/2011


Meireles pediu independênia aos Estados Unidos

Do Conversa Afiada -Publicado em 26/03/2011

A tocha é nossa !


Saiu na Folha (*):

Em 2006, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil, pediu independência ao embaixador americano.

O pedido suplicante se deu durante a campanha para a re-eleição do Nunca Dantes.

É o que aparece no WikiLeaks.

Meirelles pediu lobby dos EUA para independência do BC


Folha.com

DA REUTERS


Próximo das eleições de 2006, o então presidente do Banco Central Henrique Meirelles pediu aos EUA que atuassem junto ao governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fosse dada ao BC mais independência, de acordo com documentos secretos do Departamento de Estado norte-americano.


Em conversa com diplomatas norte-americanos em 9 de agosto de 2006, Meirelles prometeu pressionar nos bastidores por mudanças regulatórias que criassem um ambiente de investimento melhor para empresários norte-americanos no Brasil.


O documento, obtido pelo WikiLeaks, pode se tornar embaraçoso para Meirelles, que se prepara para assumir um novo e importante papel no governo brasileiro. Também pode colocar novamente no foco a suscetibilidade do BC à interferência política.


“Meirelles pediu que [o governo dos EUA] usasse discretamente sua relação [com o Brasil] para discutir a importância de levar ao Congresso uma legislação garantindo ao Banco Central essa autonomia”, escreveram os funcionários da embaixada norte-americana no documento, que detalhou o encontro inicial entre o embaixador Clifford Sobel e Meirelles.


Ele argumentou que o secretário de Tesouro Henry Paulson em particular seria capaz de tratar desse assunto com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


Meirelles nunca solicitou formalmente independência para o Banco Central, mas Lula deu ao então chefe do BC um mandato relativamente livre para definir a política monetária durante os oito anos em que ficou no posto. O comando de Meirelles terminou no final do ano passado, antes de Alexandre Tombini assumir o posto no governo de Dilma Rousseff.


A falta de autonomia legal abriu caminho para tensões entre Meirelles e Mantega sobre o patamar das taxas de juros, alimentando temores de que a política monetária poderia ser vulnerável a pressões políticas.


O gabinete de Mantega disse que nunca foi informado pelos Estados Unidos sobre a questão da independência do BC, enquanto Meirelles refutou o conteúdo do documento norte-americano.


“As declarações atribuídas a mim não refletem com propriedade o tema de qualquer conversa que eu tenha tido”, afirmou Meirelles via e-mail.


O ex-embaixador dos EUA Sobel não quis comentar o assunto.


De acordo com o documento do governo americano, Meirelles identificou “a falta de experiência governamental entre os principais assessores de Lula” como um “segundo conjunto de dificuldades” para investidores.


Ele elogiou Dilma, que era ministra-chefe da Casa Civil na ocasião, dizendo que ela era “muito esperta”, mas ressaltou que “ela ainda traz alguma bagagem ideológica à função”.


Meirelles se ofereceu para “contribuir nos bastidores em pressionar por reformas regulatórioas prioritárias para melhorar o clima de negócios”, segundo o documento.

Navalha

Este ansioso blogueiro sempre disse que Henrique Meirelles acumulava a presidência do Banco Central do Brasil com a do BankBoston, que efetivamente ocupou.

A vantagem do WikiLeaks é que ele confirma as suspeitas.

Os neoliberais pleiteiam a independência total do Banco Central.

O pleito, na verdade, significa substituir o sufrágio popular pela ditadura dos Chicago Boys.

Como se sabe, os pioneiros da teologia neoliberal foram os Boys que chegaram de Chicago e foram trabalhar para o Augusto democrata Pinochet.

Eles venderam até a Cordilheira dos Andes.

Pinochet vendeu a melhor área da Cordilheira para a prática do ski a empresários europeus.

Os Chicago Boys do Brasil querem a independência absoluta do Banco Central.

Que o Banco Central seja independente da República e da Nação.

E seja dependente dos bancos e – agora se vê – do embaixador americano.

O perigo agora é o Meirelles, czar da Olimpíada, vender a tocha à GE !




Paulo Henrique Amorim

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