sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Contraponto 15.927 - "Desemprego cai e seguro-desemprego dispara? Queremos direitos, não fraudes"


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30/01/2015

 

Desemprego cai e seguro-desemprego dispara? Queremos direitos, não fraudes

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Tijolaço - 29 de janeiro de 2015 | 18:46 Autor: Fernando Brito
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carteira
Fernando Brito 


Não é preciso dizer que sou, e a vida inteira, contrário a qualquer retirada de direitos de trabalhadores.

Mas, igualmente, sou contra espertezas e arranjos que se possam fazer com dinheiro que pertencem ao trabalhador.

Hoje, quando os jornais noticiaram o primeiro déficit desde 1997, algo ficou pelo meio dos textos e pode ter passado despercebido.

É que os gastos com seguro-desemprego (e, em escala menor, abono salarial) responderam por R$ 10 bilhões, dos R$ 17 bilhões do déficit total do Tesouro.

Um crescimento de 21,7%.

Como são vinculados ao mínimo, estes valores subiriam 6,78%, se tivessem de atender ao mesmo número de trabalhadores desempregados.

Subiram o triplo.

E deveriam ter caído, porque  o desemprego, em 2013, foi de  5,4 por cento; e em 2014, ficou  em 4,8 por cento, a menor marca da história.

Algumas pessoas, todas com a maior boa-fé, estranharam aqui que eu tivesse defendido regras mais duras na regulamentação do seguro desemprego.

Não preciso fazer demagogia e não confundo cortes moralizadores com cortes desastrados, que atinjam os programas de distribuição de renda  e os investimentos públicos.

Defendi e defendo, porque não vou ser hipócrita de negar que formou-se uma teia de cumplicidade entre empregados e empregadores para demissões simuladas, com devolução de multa do Fundo de Garantia e recebimento “por fora” (e menor) enquanto dura a percepção do seguro desemprego. (Os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)


Claro que isso exige a regulamentação do dispositivo constitucional que pune a rotatividade excessiva de mão de obra.

Que não é simples e não pode ser linear.

Mas é dever do governo e deveria ser também das centrais sindicais encontrar caminhos para eliminar o mau uso de um seguro que, este ano, deve ter chegado perto de 10 milhões de beneficiários.

Hipocrisia não faz bem a ninguém.

E hipocrisia com dinheiro que pertence ao trabalhador (é com recursos do PIS que se paga o seguro) é pior ainda.

As regras mais corretas podem não ser exatamente as que o governo anunciou, é preciso verificar se elas atingem injustamente trabalhadores.

Mas que é preciso regras diferentes das atuais, é.

Tanto para a rotatividade quanto para as “espertezas”.

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Um comentário :

  1. é preciso realmente se ter umavigilçancia sobre o seguro desemprego, e uma formula seria verificar se o empregado foi demitido pela empresa e depois de receber o seguro desemprego foi readimitido entao ai tem alguma coisa de errado. A meu ver quando um fuincionario é demitido é porque ele nao tem mais serventia para a empresa e se ele é readmitido entao ai tem coisa e nesse caso deve-se determinar uma multa pesada para a empresa. so assim vai se coibir o abuso.

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