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Blog do Rovai - 05/02/2010 15:44
Os ministros Frankin Martins e Paulo Bernardo em reunião com representantes do movimento social da comunicação teriam anuniado como deve ser o Plano Nacional de Banda Larga e o formato da nova Telebrás que deve surgir nos próximos dias.
A empresa deve ter número reduzido de funcionários e ficará encarregada de gerenciar a infra-estrutura já existente do Estado.
Os objetivos do governo com sua recriação e com PNBL são:
1) Fazer a banda larga chegar, até 2014, a 4.300 municípios brasileiros, através dos troncos (backbone) da Eletronet e outros estatais, em parceria com operadoras de comunicações, provedores de internet, pequenas e médias empresas etc.
2) Levar a banda larga às classes C, D e E, beneficiando cerca de 20 milhões de domicílios a mais do que aquelas que, conforme as projeções disponíveis, já seriam "naturalmente" incorporadas à banda larga pela expansão do mercado.
3) Que essa não seja “apenas” uma inclusão digital, mas parte de um programa de desenvolvimento econômico e social que inclua o fomento à produção de conteúdos nacionais para a internet e apoio ao desenvolvimento industrial-tecnológico.
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A estatal da banda larga
ResponderExcluirA formatação da nova Telebrás, que deve ocorrer nas próximas semanas, prevê que a estatal forneça internet em regiões não contempladas pelas operadoras privadas. Um lobby ardiloso tenta destruir o projeto do governo, acusando-o de estatista e demais opróbrios comuns em situação similares.
Os privatas das telecomunicações tentam determinar onde o governo gastará o dinheiro do distinto público. E, pior, querem abolir a concorrência, dominando um mercado bilionário sem a incômoda obrigação de garantir a qualidade dos serviços prestados. As privatizações foram justificadas pela inépcia da máquina pública, mas quem propõe que o governo reassuma funções que ninguém soube desempenhar a contento é tratado como Napoleão de hospício.
Essas bravatas corporativas representam apenas uma elegante cortina de fumaça para encobrir o que está de fato em jogo na democratização do acesso à internet. Trata-se de uma iniciativa revolucionária, com desdobramentos educacionais, culturais, políticos e estratégicos. Talvez, durante os debates vindouros, alguém se lembre de questionar quem se beneficia quando importantes contingentes populacionais permanecem restritos ao material produzido pelas grandes empresas de comunicação.
Quando as empresas privadas não conseguem dar acesso aos bens e serviços a maioria da população um dos caminhos mais viáveis é a intervenção do Estado. Isto é uma das formas de materialização da SOCIAL-DEMOCRACIA, ou seja, tirar o bom do capitalismo e também do socialismo. Fazer ressurgir a Telebrás é uma das melhores opções a fim de inserir a marioria da população ao mundo virtual (Internet). Assim, estaremos construindo não um Brasil de poucos, mas uma Nação de todos. Deus salve o Brasil!
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