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Brizola Neto
É engraçado como certas fantasias desmoronam em muito pouco tempo. Quando o governo peitou as empreiteiras e disse que faria a usina de Belo Monte mesmo sem elas, a mídia publicou que o governo teria que ir atrás das empreiteiras e ceder ao preço que elas estabeleceram como necessário para viabilizar o empreendimento. Três dias depois, as empreiteiras já tinham jogado a toalha e tentavam aderir ao consórcio vencedor para não perder uma das maiores obras que serão realizadas no país.
Sexta-feira foi a vez do Valor publicar que a disputa entre fornecedores estrangeiros de equipamentos está ferrenha e já baixou os custos da usina. Ou seja, vai ficar mais barato fazer e equipar Belo Monte e essa diferença tem que ser repassada para o preço final da tarifa.
Belo Monte é um negócio da China e ninguém perde essa oportunidade. A Toshiba, por exemplo, já tinha feito uma proposta ao consórcio vencedor no dia do leilão e depois melhorou ainda mais as condições. Para que fornecedores japoneses entrem no projeto, o banco de fomento de lá está oferecendo crédito a rodo, tanto para fabricantes, como a Toshiba, quanto para os importadores brasileiros.
A nossa “turma da roda presa” da imprensa, que fez o lobby das empreiteiras advogando a elevação do preço da energia a ser produzida por Belo Monte, dizendo que o valor fixado pelo Governo era baixo demais, finge que não viu que, quando o Estado tem força, a iniciativa privada baixa o preço. Simples assim. Mas eles, que se dizem os campeões do capitalismo, não sabem conviver com este tipo de Estado. Querem o Estado brasileiro servil e ajoelhado.
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