segunda-feira, 18 de julho de 2011

Contraponto 5809 - "Dilma explica o programa nucler. E o Cerra, o que acha?"


18/07/2011
Dilma explica o programa nucler. E o Cerra, o que acha?

Do Conversa Afiada - Publicado 18/07/2011


Extraído do Blog do Planalto, do programa “Café com a Presidenta”.

(Enquanto o Bernardo não faz uma Ley de Medios, já que o PiG (*) jamais tratará disso.)

Luciano Seixas: … a senhora também participou, no fim de semana, da cerimônia de início da fabricação de cinco submarinos brasileiros, em Itaguaí, no Rio de Janeiro. É uma parceria com a França. Qual a vantagem para o Brasil?

Presidenta: Olha, Luciano, tem várias vantagens. A primeira é que o Brasil passa a fazer parte do pequeno grupo de países que têm conhecimento e tecnologia para construir submarinos. A capacidade de produzir submarinos é fator estratégico, tanto para a defesa do país quanto para o crescimento econômico. Quando fizemos o acordo com o governo francês para a construção desses submarinos, em 2008, durante o governo do presidente Lula, uma das condições que colocamos foi a de que os profissionais brasileiros pudessem aprender com os franceses como se faz todo o submarino. Não queríamos apenas comprá-los, queríamos aprender a construir os submarinos, construindo-os. E depois de fazer quatro submarinos convencionais, a diesel, nós estaremos prontos para desenvolver, sozinhos, um submarino movido por energia nuclear.


Luciano Seixas: E, com certeza, a indústria naval brasileira sai ganhando.

Presidenta: Não é apenas a indústria naval. Veja bem, cada submarino a ser fabricado no Brasil vai contar com mais de 36 mil itens, produzidos por 30 empresas brasileiras. A fabricação desses produtos vai exigir mão de obra qualificada. E aí entra mais uma vantagem: somente as obras de construção do estaleiro e da base naval, por exemplo, vão garantir mais de nove mil empregos diretos e outros 27 mil empregos indiretos. E na fase de construção dos submarinos a previsão é de que sejam criados em torno de dois mil empregos diretos e oito mil empregos indiretos permanentes.


Luciano Seixas: Presidenta, a senhora falou que a construção dos submarinos é estratégica para a economia e também para a nossa defesa. O Brasil é conhecido por não se envolver em guerras. Qual é, então, a importância dos submarinos?

Presidenta: Nós sabemos, Luciano, que o Brasil é um país pacífico. A paz e o diálogo sempre foram marcas nossas, e sempre teremos claro que é importante desestimular qualquer espírito de agressão. Mas soberania é soberania, e ter o submarino é uma garantia de soberania, porque a principal via de circulação do nosso comércio exterior é o mar. E não podemos nos esquecer do pré-sal, Luciano, uma riqueza incalculável que temos nos nossos mares e que precisa ser protegida como um tesouro. Esses submarinos vão nos ajudar a cuidar dessa riqueza.


Luciano Seixas: O submarino nuclear torna mais eficaz essa patrulha?

Presidenta: Muito mais eficaz, Luciano. Ele é mais rápido que os submarinos a diesel, e pode ficar meses submerso, sem que ninguém saiba onde ele está. Isso dá uma vantagem enorme para a nossa defesa. Essa tecnologia que estamos desenvolvendo aqui é dominada por pouquíssimos países. Somente a China, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a Rússia detêm esse domínio. Em breve, o Brasil estará nessa lista.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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