quarta-feira, 20 de julho de 2011

Contraponto 5824 - "Cristina, Dilma e a "Ley de Medios"

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20/07/2011
Cristina, Dilma e a "Ley de Medios"

Do Tijolaço 20/07/2011


O sociólogo Marcos Coimbra, que dirige o instituto de pesquisas Vox Populi, publica hoje, no Correio Brasiliense, um artigo onde traça paralelos – e as diferenças – entre as presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e a da Argentina, Cristina Kirchner.

Vale a pena ler o trecho final:

Ambas têm muitas coisas em comum. Algumas são grandes e significativas, outras parecem pequenas e irrelevantes. Mas não são.

As duas gostam, por exemplo, de ser chamadas “presidentas”. Mas externaram a preferência de maneiras completamente distintas.

Ainda na campanha, Cristina deixou mudos seus simpatizantes quando interrompeu um comício em que a palavra de ordem “Cristina presidente” era entoada por milhares de pessoas. Enraivecida, deixou claro que considerava a expressão uma manifestação de machismo. Com o dedo em riste, disse a todos que teriam que se acostumar com a nova forma e repetiu “presidenta” esticando a pronúncia do “a” final, como um mantra: “presidentaaa”.

Consta que, nos primeiros tempos na Casa Rosada, seu cerimonial devolveu centenas de correspondências endereçadas com a grafia que repudiava. Nas entrevistas, não responde se for tratada como “presidente”.

Aqui, a mídia procura ridicularizar quem faz como Dilma pede. Que não é qualquer atentado ao vernáculo: todos os principais dicionários registram “presidenta”. É por pura antipatia que nossos jornais insistem em lhe negar o direito de escolher o tratamento.

Cristina, face à permanente intransigência da grande imprensa contra seu governo, tem respondido com retaliações diretas e indiretas. A Ley de Medios que seu governo propôs (e que o Parlamento aprovou por larga maioria) procura romper os oligopólios de comunicação e franquear o acesso de entes públicos e comunitários à radiodifusão.

Há quem diga que seria bom para a Argentina se Cristina aprendesse algumas coisas com Dilma (a educação e a paciência, por exemplo). Mas a recíproca talvez valha: e se Dilma tivesse mais de Cristina, o que diria muita gente por aqui?”

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20/07/2011

"Torcida" contra emprego, não jornalismo

Do Tijolaço - 19/07/2011


Não foi falta de paciência de esperar que os editores de sites pensassem melhor e mudassem as chamadas sobre os dados divulgados hoje sobre criação de empregos. Nada feito. É só azedume.

Criação de emprego no Brasil perde ritmo e gera 215 mil vagas em junho, diz a Folha. Criação de vagas no primeiro semestre é menor , escreve o Estadão. Criação de empregos formais caiu no primeiro semestre deste ano, diz Caged , prefere O Globo.

Evidente que estas chamadas provocam no leitor a impressão que estamos vivendo uma crise de emprego, quando nunca, mesmo no ano passado, o Brasil esteve tão bem neste setor.

Junho, cujos números foram divugados hoje, foi o segundo melhor resultado da história deste mês, melhor inclusive que junho do ano passado e só inferior ao mesmo mês em 2008, com a economia mundial no auge do aquecimento que antecedeu a crise.

A diferença apontada sobre o primeiro semestre do ano passado está concentrada unicamente em um mês, o de março, quando o terror inflacionário e as previsões catastróficas da mesma mídia estavam no auge. Ali se registrou uma diferença de mais de 170 mil vagas (92 mil este ano, contra 266 mil em 2010).

Um fenômeno que não se repetiu, muito ao contrário. Hoje mesmo o IBGE divulgou o desemprego nas regiões metropolitanas: o menor já registrado.

Oss Estados Unidos, com todas as injeções de dinheiro feitas pelo Federal Reserve, em junho, só conseguiram gerar 18 mil empregos em junho. Aqui, você vê no gráfico, foram 215 mil, doze vezes mais, com uma economia muito menor e uma massa populacional inferior.

Nada do que é dito neste post é versão: são fatos, dados, números e comparações reais.

A nossa mídia, entretanto, não faz jornalismo informativo, faz campanha.

Não suporta ver o Brasil sem a “roda presa”.

É com ela que vamos contar para a comunicação entre Governo e o povo brasileiro?

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