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05/07/2012
por Terra
O Brasil deve se manter entre os destinos favoritos para os maiores investidores internacionais, revela uma pesquisa feita pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e apresentada nesta quinta-feira como parte do relatório anual de investimentos da entidade.
Segundo os chefes das grandes empresas internacionais consultados pela Unctad, os dez destinos favoritos para os investimentos até 2014 são China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Brasil, Austrália, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e Tailândia.
O estudo mostra ainda que em 2011 os investimentos destinados aos países desenvolvidos registraram um aumento de 21%, a US$ 748 bilhões, e os destinados aos países em desenvolvimento cresceram 11%, para atingir o nível recorde de US$ 684 bilhões.
Entre as grandes potências econômicas, a União Europeia atraiu no ano passado investimentos estrangeiros diretos de US$ 420 bilhões; os Estados Unidos foi o destino de investimentos no valor de US$ 227 bilhões; a China recebeu US$ 123 bilhões; Hong Kong, US$ 83 bilhões; o Brasil, US$ 66 bilhões; a Rússia, US$ 52 bilhões.
Os investimentos estrangeiros diretos nas economias em desenvolvimento registraram um aumento de 25%, situando-se em US$ 92 bilhões.
Apesar disso, pelo terceiro ano consecutivo os investimentos destinados à África e aos países menos avançados retrocederam. A causa dessa contração é amplamente explicada as desinvestimentos na África do Norte.
A UE foi a maior fonte, investindo US$ 561 bilhões no exterior; os Estados Unidos atingiram o recorde de US$ 396 bilhões, o Japão investiu US$ 114 bilhões; Hong Kong, US$ 81 bilhões; a Rússia, US$ 67 bilhões; e a China, US$ 65 bilhões.
De acordo com a Unctad, os IED, que subiram 16% no ano passado, para atingir US$ 1,524 trilhão, devem perder dinamismo em 2012.
Este ano "o ressurgimento da incerteza econômica" e uma eventual desaceleração do crescimento nos países emergentes "podem minar o dinamismo" destes investimentos. Em 2011, o nível de investimentos estrangeiros diretos foi 22% inferior em relação ao ponto máximo de 2007 (1,9 trilhão), revelou a CNUCED em seu informe.
Apesar disso, o investimento é claramente maior em comparação ao seu nível mais baixo, o de 2009, quando foram registrados US$ 1,2 trilhão.
Para 2012, a agência da ONU prevê investimentos estrangeiros diretos de US$ 1,6 trilhão. Este valor deve ser de US$ 1,8 trilhão em 2013 e de US$ 1,9 trilhão em 2014, se não for registrado um choque macroeconômico. A Unctad chegou a estas estimativas com base nos dados dos cinco primeiros meses do ano, que mostram uma redução das fusões e aquisições internacionais e dos investimentos.
Na Veja: As cadernetas de poupança encerraram junho com captação líquida positiva de 5,11 bilhões de reais. Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central mostram que esse foi o segundo melhor resultado para o mês desde a criação do Plano Real. O recorde permanece com junho de 2002, quando os depósitos superaram os saques em 5,29 bilhões de reais.
Mesmo com as novas regras de cálculo das cadernetas, que diminuem o rendimento das contas, a captação líquida de recursos não diminuiu. Ao contrário. Em junho, houve crescimento de 2.221% quando comparado ao mesmo mês do ano passado, quando os depósitos superaram os saques em 220 milhões de reais. Quando comparado a maio de 2012, porém, houve recuo de 18% na captação de recursos.
Leia mais: Começam a valer as novas regras para a poupança
Segundo o BC, o total de depósitos somou 98,84 bilhões de reais, em montante superior aos 93,73 bilhões de reais em saques acumulados em junho. Além de as aplicações terem superado as retiradas, as contas existentes registraram rendimento de 2,20 bilhões de reais no mês passado.
Em maio, o governo mudou as regras para o rendimento das cadernetas que passaram a pagar 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR) sempre quando o juro básico estiver em 8,5% ou menos. Atualmente, a Selic está exatamente nesse patamar. A mudança não afeta as poupanças antigas, que continuam a render 0,5% ao mês mais TR.
Investimento - Os investidores aumentaram os depósitos e as cadernetas de poupança acumularam 14,857 bilhões de reais em novos recursos captados no acumulado do primeiro semestre de 2012. Mesmo com a mudança, em maio, nas regras de rendimento das cadernetas, que passaram a pagar menos juros, o desempenho segue forte e a captação dos seis meses já é maior do que a vista em todo o ano de 2011, quando as cadernetas atraíram 14,186 bilhões de reais.
Dados apresentados nesta quinta-feira pelo BC também mostram forte reversão do movimento quando a comparação é feita com a primeira metade de 2011. Naquele período, as retiradas prevaleceram e as contas amargaram captação negativa de 3,006 bilhões de reais.
(com Agência Estado)
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