08/07/2012
Do Conversa Afiada - Publicado em 08/07/2012
Diante inevitável marcha dos tucanos de São Paulo em direção à UDN – ou seja, um partido que só ganhava eleição nos quartéis e no Paraguai – o PiG (*) agora resolveu transformar o Eduardo Campos num traíra.
Um Cristóvão Buarque, uma Bláblárina, que tiveram o destino dos traíras: a irrelevância
Eduardo Campos é de outra cepa.
É da nobre linhagem de Miguel Arraes.
Faz política lá do alto.
De cima da montanha.
Não à tôa que Eduardo Campos realiza uma fabulosa revolução econômica e social em Pernambuco, com 90% de aceitação popular.
Mas, o PiG (*) insiste: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1116879-o-pt-cria-mais-problema-para-dilma-do-que-o-psb.shtml
A Folha tenta editar a entrevista de Eduardo Campos como se fosse a de um rival da Dilma, de um inimigo do Lula, que fará contra os dois o que Cerra passou a vida inteira a tentar e não conseguiu.
Campos dá de 10 a 0 em Cerra.
Campos pensa no Brasil – e Cerra em si mesmo e em seu patrimônio (moral) – clique aqui para ler “Será Cerra inimputável ?”
Cerra,que tem medo do povo – clique aqui para ler “Haddad desafia Cerra a sair à rua”
Mas, não adianta.
O PiG (*) tenta.
E Campos é claro e firme:
A história que nos trouxe até aqui não deve colocar dúvida na cabeça do presidente Lula, nem na minha, nem na da presidente Dilma sobre a qualidade da relação que temos.
(…)
Vamos ter que ter paciência para esperar a história daqui pra frente. Quem viver 2014, verá. Porque eu já vi muita gente ser subserviente, agradável, solidária em meio de mandato e, quando bate a primeira crise, muda imediatamente de lado. Como nunca mudamos de lado, eu sei onde vou estar em 2014.
(…)
Do lado que sempre estive. Acho que o PSB deve em 2014 apoiar Dilma para se reeleger presidente.
O sr. não será candidato…
E quem disse que eu seria?
Seus correligionários…
Toda vez que fui candidato, eu disse que era candidato. Ser candidato contra Dilma só porque eu quero ser? Ela está na Presidência e tem a prerrogativa da reeleição. Para a reeleição de Dilma, o problema não somos nós.
(…)
Se a economia erodir a popularidade da Dilma e Lula não for candidato, o sr. sai para a Presidência?
Não trabalho com essa hipótese. Temos debates muito mais importantes do que [debater] quem será prefeito dessa ou daquela cidade. O que está em jogo é o ciclo de expansão econômica com inclusão social. O consumo ainda pode dar algum resultado, mas chegou a hora de fazermos um grande esforço para alavancar investimentos públicos e privados. Essa que é a pauta brasileira, não essa futrica.
O PSB está avançando nos Estados, no Congresso. Vocês pedirão a vice do PT em 2014?
Nunca fizemos isso. Agora mesmo, em São Paulo, o PT escolheu a [deputada Luiza] Erundina [do PSB, para vice do petista Fernando Haddad]. Lula buscou um quadro da minha geração, o Haddad. Se fôssemos o inimigo número um do PT, não teríamos sido os primeiros a apoiá-lo. Colocamos a vice que o PT entendia que era a que mais ajudava, a Erundina.
Ela não ajudou muito…
Quando ela saiu, liberamos Haddad para escolher o nome que quisesse. Foi isso que fizemos com largueza de coração.
Com tanta frustração, o que o segura ao lado do PT?
Não vou sair desse itinerário. Temos uma frente política construída há muitos anos, que ajudou o Brasil a melhorar. Claro que minha relação com o presidente Lula, que eu conheci ainda menino, a ajuda que ele me deu e a meu Estado eu prezo muito.
O PT diz que o senhor é uma espécie de monstro criado por Lula, que o ajudou muito com recursos.
Pago preço do ciúme que muitos têm. Mas Lula sabe também que conta conosco. Em 1989, [o avô de Campos, Miguel] Arraes era governador de Pernambuco, tendo voltado de 16 anos do exílio, e o PT gritava na porta do palácio: “Arraes, caduco, Pinochet de Pernambuco”. Mas isso não impediu meu avô de abraçar a primeira eleição de Lula, porque nós não fazemos política tendo como referência a guerra de espaço, de aparelhar, de ter uma garrafa a mais [no governo]. Nossa referência na política é o interesse do povo e do paí
NAVALHA
Sobre a luta entre o PSB e o PT é uma luta pelo poder de dois partidos políticos.
O PT e o PSB, como o PMDB, o PDT, o PP e o PCdoB querem mais espaço dentro da aliança que sustenta Dilma e sustentou Lula.
Natural.
Natural que a eleição municipal torne isso mais explícito – e mais sangrento.
Na eleição para Presidente, quando tudo se afunila em cima e existe um candidato natural – Dilma –, a luta será mais silenciosa.
O PiG (*) continuará a tentar a cizânia.
Diante da udenização do que considera mais “preparado”, “consistente”, “a elite da elite”.
A alternativa, como sempre, será o Golpe.
Como o do Paraguai, que os mervais apoiaram com entusiasmo.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista