04/10/2012
Barbosa é “o grande aliado de Serra”
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
Por Altamiro Borges
Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, não se contém. Na
eleição presidencial de 2010, ela virou motivo de chacota nas redes sociais ao protagonizar
um vídeo em que elogiava a “massa cheirosa” do PSDB num evento de apoio ao
eterno candidato José Serra. Hoje, em novo lapso de sinceridade, a abnegada
militante tucana confirmou o que muitos já sabiam: “O grande aliado de Serra é
o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT e condenando a antiga cúpula
partidária”.
Desta forma, ela confessa que o julgamento do chamado
“mensalão” tem objetivo político-eleitoreiro e foi cronometrado para atingir seu
ápice exatamente nas vésperas das eleições municipais. O ministro Joaquim
Barbosa, que no passado era estigmatizado pela mídia, agora virou o novo herói
nacional. Ele é a única “autoridade” que pode salvar a oposição demotucana do
seu total definhamento. Com seu ódio inquisidor contra o PT, a estrela do STF é
hoje o “grande aliado de Serra” e de outros candidatos do PSDB, DEM e PPS no
país.
A visão elitista de Cantanhêde
Para a jornalista da Folha, o grande embate que se trava hoje
se dá entre os defensores da ética e os “governos petistas, só eles, que salvam
os pobres deste país” – alfineta em tom de ironia. “Em Brasília, ontem,
enquanto Joaquim Barbosa dizia que fatos, testemunhas e reuniões palacianas
colocam Dirceu, chefe da Casa Civil de Lula, ‘em posição central da organização’
que comprava partidos e parlamentares no Congresso, o governo anunciava
convenientemente a redução de 40% do número de miseráveis”.
Do ContrapontoPIG
Cantanhêde afirma que este embate definirá o resultado das
eleições. “O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando
os podres do PT... O maior empurrão de
Haddad vem de Lula, Dilma, Lewandowski e da palavra-chave: ‘pobres’. A inclusão
social da era Lula é uma realidade, mas contrapor mensalão a programas para
pobres não deixa de ser uma atualização sofisticada e subliminar do ‘rouba, mas
faz’ de Adhemar de Barros, que parece sobreviver a tudo e a todos”.
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