segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Contraponto 15.029 - "Dilma: ganhar com o povo e pela esquerda é a única e melhor opção"



13/10/2014

Dilma: ganhar com o povo e pela esquerda é a única e melhor opção

 

Por Renato Rovai outubro 12, 2014 13:19 
 
Milhares de pessoas foram ao Largo do Arouche, em São Paulo, neste sábado (11) no Levante das Cores
Milhares de pessoas foram ao Largo do Arouche, em São Paulo, neste sábado (11) no Levante das Cores


O  cerco que se montou à reeleição de Dilma é um dos mais bem articulados desde a eleição de Collor. Depois do candidato tucano ter conseguido virar o jogo e ultrapassar Marina na reta final do primeiro turno, todo o campo conservador se uniu a ele e ainda conseguiu atrair parte da base governista, toda a mídia, todo o setor financeiro e empresarial e símbolos de um discurso popular, como Marina Silva, que acaba de declarar apoio a Aécio.

Evidente que não há apenas um motivo para isso acontecer. Aviões não caem por um único defeito ou erro. E o PT e a presidenta Dilma terão de avaliar, seja qual for o resultado, o que levou isso a acontecer com tamanha força.

Mas de qualquer forma uma coisa é clara, a inflexão de Dilma à esquerda depois de junho de 2013, sinalizando apoio à reforma política, aprovando o Marco Civil da Internet e dando declarações de que vai fazer a regulação econômica da mídia, compromisso em criminalizar a homofobia e não ter aceitado a chantagem do mercado financeiro para fazer reformas neoliberais na Previdência e na legislação trabalhista, entre outros pontos, foram fundamentais para que esse campo se fechasse contra ela.

Dilma não poderia ganhar essa eleição pela direita. Se isso viesse a acontecer o custo político para o PT e a para a sua biografia pessoal seriam muito altos. E mesmo não tendo feito uma inflexão forte à esquerda, sua campanha de hoje é muito melhor do que a de 2010, quando Dilma dialogou quase tão somente com o segmento evangélico para garantir a eleição no segundo turno. Foi o aborto que deu o tom da campanha.

Mas para ganhar com viés de esquerda, Dilma só tem uma chance. Que a militância dos movimentos sociais, dos sindicatos e de grupos progressistas e de esquerda em geral, peguem essa candidatura pela mão e façam a disputa nas ruas e nas redes como nunca aconteceu antes.

Não é algo fácil de construir, mas é possível. Ontem em várias cidades houve uma série de atos e reuniões debatendo o apoio  a Dilma e construindo eventos que serão realizados nos próximos dias. Há muita gente querendo trabalhar para impedir o retrocesso com a volta do PSDB, mas mesmo assim vai ser um duelo de titãs.

Principalmente porque a mídia tradicional está trabalhando arduamente para, com uma batelada de denúncias, fazer com que o eleitorado de Dilma tenha vergonha de fazer campanha e fique intimidado até em colar um adesivo no peito.

Mas nunca isso foi tão necessário como agora. É fato que o PT deu uma enferrujada e que boa parte dos seus líderes envelheceu e perdeu conexão com parte das novas demandas, mas ao mesmo tempo há muita gente firme em propósitos e que está disposta a entender e a caminhar com esse novo ativismo tanto do movimento social quanto cultural. E é esse povo que pode decidir a eleição a favor de Dilma.

E a galera que foi às ruas em junho com pautas de esquerda que tem a oportunidade de fazer valer sua força. Até agora, é a parte reacionária daquele movimento que está dando o tom desta eleição, mas isso pode mudar. E até a declaração de apoio de Marina a favor de Aécio pode ajudar nisso. Afinal, há muita gente decepcionada tanto com ela quanto com Eduardo Jorge, por exemplo. E que está disposta a buscar eleitores que não foram de Dilma no primeiro turno.

Quem pensa que 15 dias é pouco, não entende nada de sociedade conectada digitalmente. Neste contexto, 15 dias é uma eternidade. O que parece favoritismo de Aécio hoje, pode virar uma retumbante vitória para Dilma. Mas vai ser necessário criar esse contraponto.

De um lado, estão os que querem a mudança para uma inflexão neoliberal. Do outro, um governo que recriou a perspectiva de país do Brasil, mas que também se associou demais a setores conservadores. Mas que está sendo combatido neste momento pelo que fez de progressista e não pelos seus pecados à direita.

Não há jogo mais claro que esse. E se o PT e a campanha de Dilma não relativizarem a importância da mídia e do marketing e entregarem essa disputa na mão do campo popular, não há vitória possível.
É com milhares de eventos de ruas, de casa em casa e olho no olho, que essa eleição pode se decidir a seu favor. Cada pessoa que acredita que será um imenso retrocesso a volta ao poder do neoliberalismo tem que se tornar um ponto da campanha. E milhares de grupos têm que ser organizar nestes próximos 15 dias, para disputar um a um os votos possíveis.

Só esse enxame de marimbondos tem capacidade e capilaridade para derrotar o rinoceronte que foi construído do lado de lá. Esses marimbondos deram seus primeiros sinais durante o dia de ontem em várias cidades. Mas isso tem que se tornar o foco central da campanha e não sua periferia. É rua a rua, casa a casa, olho no olho, voto a voto.

O  cerco que se montou à reeleição de Dilma é um dos mais bem articulados desde a eleição de Collor. Depois do candidato tucano ter conseguido virar o jogo e ultrapassar Marina na reta final do primeiro turno, todo o campo conservador se uniu a ele e ainda conseguiu atrair parte da base governista, toda a mídia, todo o setor financeiro e empresarial e símbolos de um discurso popular, como Marina Silva, que acaba de declarar apoio a Aécio.

Evidente que não há apenas um motivo para isso acontecer. Aviões não caem por um único defeito ou erro. E o PT e a presidenta Dilma terão de avaliar, seja qual for o resultado, o que levou isso a acontecer com tamanha força.

Mas de qualquer forma uma coisa é clara, a inflexão de Dilma à esquerda depois de junho de 2013, sinalizando apoio à reforma política, aprovando o Marco Civil da Internet e dando declarações de que vai fazer a regulação econômica da mídia, compromisso em criminalizar a homofobia e não ter aceitado a chantagem do mercado financeiro para fazer reformas neoliberais na Previdência e na legislação trabalhista, entre outros pontos, foram fundamentais para que esse campo se fechasse contra ela.

Dilma não poderia ganhar essa eleição pela direita. Se isso viesse a acontecer o custo político para o PT e a para a sua biografia pessoal seriam muito altos. E mesmo não tendo feito uma inflexão forte à esquerda, sua campanha de hoje é muito melhor do que a de 2010, quando Dilma dialogou quase tão somente com o segmento evangélico para garantir a eleição no segundo turno. Foi o aborto que deu o tom da campanha.

Mas para ganhar com viés de esquerda, Dilma só tem uma chance. Que a militância dos movimentos sociais, dos sindicatos e de grupos progressistas e de esquerda em geral, peguem essa candidatura pela mão e façam a disputa nas ruas e nas redes como nunca aconteceu antes.
Não é algo fácil de construir, mas é possível. Ontem em várias cidades houve uma série de atos e reuniões debatendo o apoio  a Dilma e construindo eventos que serão realizados nos próximos dias. Há muita gente querendo trabalhar para impedir o retrocesso com a volta do PSDB, mas mesmo assim vai ser um duelo de titãs.

Principalmente porque a mídia tradicional está trabalhando arduamente para, com uma batelada de denúncias, fazer com que o eleitorado de Dilma tenha vergonha de fazer campanha e fique intimidado até em colar um adesivo no peito.

Mas nunca isso foi tão necessário como agora. É fato que o PT deu uma enferrujada e que boa parte dos seus líderes envelheceu e perdeu conexão com parte das novas demandas, mas ao mesmo tempo há muita gente firme em propósitos e que está disposta a entender e a caminhar com esse novo ativismo tanto do movimento social quanto cultural. E é esse povo que pode decidir a eleição a favor de Dilma.

E a galera que foi às ruas em junho com pautas de esquerda que tem a oportunidade de fazer valer sua força. Até agora, é a parte reacionária daquele movimento que está dando o tom desta eleição, mas isso pode mudar. E até a declaração de apoio de Marina a favor de Aécio pode ajudar nisso. Afinal, há muita gente decepcionada tanto com ela quanto com Eduardo Jorge, por exemplo. E que está disposta a buscar eleitores que não foram de Dilma no primeiro turno.

Quem pensa que 15 dias é pouco, não entende nada de sociedade conectada digitalmente. Neste contexto, 15 dias é uma eternidade. O que parece favoritismo de Aécio hoje, pode virar uma retumbante vitória para Dilma. Mas vai ser necessário criar esse contraponto.

De um lado, estão os que querem a mudança para uma inflexão neoliberal. Do outro, um governo que recriou a perspectiva de país do Brasil, mas que também se associou demais a setores conservadores. Mas que está sendo combatido neste momento pelo que fez de progressista e não pelos seus pecados à direita.

Não há jogo mais claro que esse. E se o PT e a campanha de Dilma não relativizarem a importância da mídia e do marketing e entregarem essa disputa na mão do campo popular, não há vitória possível.
É com milhares de eventos de ruas, de casa em casa e olho no olho, que essa eleição pode se decidir a seu favor. Cada pessoa que acredita que será um imenso retrocesso a volta ao poder do neoliberalismo tem que se tornar um ponto da campanha. E milhares de grupos têm que ser organizar nestes próximos 15 dias, para disputar um a um os votos possíveis.

Só esse enxame de marimbondos tem capacidade e capilaridade para derrotar o rinoceronte que foi construído do lado de lá. Esses marimbondos deram seus primeiros sinais durante o dia de ontem em várias cidades. Mas isso tem que se tornar o foco central da campanha e não sua periferia. É rua a rua, casa a casa, olho no olho, voto a voto.

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