13/10/2014
Dilma: ganhar com o povo e pela esquerda é a única e melhor opção
Milhares de pessoas foram ao Largo do Arouche, em São Paulo, neste sábado (11) no Levante das Cores
O cerco que se montou à reeleição de
Dilma é um dos mais bem articulados desde a eleição de Collor. Depois do
candidato tucano ter conseguido virar o jogo e ultrapassar Marina na
reta final do primeiro turno, todo o campo conservador se uniu a ele e
ainda conseguiu atrair parte da base governista, toda a mídia, todo o
setor financeiro e empresarial e símbolos de um discurso popular, como
Marina Silva, que acaba de declarar apoio a Aécio.
Evidente que não há apenas um motivo
para isso acontecer. Aviões não caem por um único defeito ou erro. E o
PT e a presidenta Dilma terão de avaliar, seja qual for o resultado, o
que levou isso a acontecer com tamanha força.
Mas de qualquer forma uma coisa é clara,
a inflexão de Dilma à esquerda depois de junho de 2013, sinalizando
apoio à reforma política, aprovando o Marco Civil da Internet e dando
declarações de que vai fazer a regulação econômica da mídia, compromisso
em criminalizar a homofobia e não ter aceitado a chantagem do mercado
financeiro para fazer reformas neoliberais na Previdência e na
legislação trabalhista, entre outros pontos, foram fundamentais para que
esse campo se fechasse contra ela.
Dilma não poderia ganhar essa eleição
pela direita. Se isso viesse a acontecer o custo político para o PT e a
para a sua biografia pessoal seriam muito altos. E mesmo não tendo feito
uma inflexão forte à esquerda, sua campanha de hoje é muito melhor do
que a de 2010, quando Dilma dialogou quase tão somente com o segmento
evangélico para garantir a eleição no segundo turno. Foi o aborto que
deu o tom da campanha.
Mas para ganhar com viés de esquerda,
Dilma só tem uma chance. Que a militância dos movimentos sociais, dos
sindicatos e de grupos progressistas e de esquerda em geral, peguem essa
candidatura pela mão e façam a disputa nas ruas e nas redes como nunca
aconteceu antes.
Não é algo fácil de construir, mas é
possível. Ontem em várias cidades houve uma série de atos e reuniões
debatendo o apoio a Dilma e construindo eventos que serão realizados
nos próximos dias. Há muita gente querendo trabalhar para impedir o
retrocesso com a volta do PSDB, mas mesmo assim vai ser um duelo de
titãs.
Principalmente porque a mídia
tradicional está trabalhando arduamente para, com uma batelada de
denúncias, fazer com que o eleitorado de Dilma tenha vergonha de fazer
campanha e fique intimidado até em colar um adesivo no peito.
Mas nunca isso foi tão necessário como
agora. É fato que o PT deu uma enferrujada e que boa parte dos seus
líderes envelheceu e perdeu conexão com parte das novas demandas, mas ao
mesmo tempo há muita gente firme em propósitos e que está disposta a
entender e a caminhar com esse novo ativismo tanto do movimento social
quanto cultural. E é esse povo que pode decidir a eleição a favor de
Dilma.
E a galera que foi às ruas em junho com
pautas de esquerda que tem a oportunidade de fazer valer sua força. Até
agora, é a parte reacionária daquele movimento que está dando o tom
desta eleição, mas isso pode mudar. E até a declaração de apoio de
Marina a favor de Aécio pode ajudar nisso. Afinal, há muita gente
decepcionada tanto com ela quanto com Eduardo Jorge, por exemplo. E que
está disposta a buscar eleitores que não foram de Dilma no primeiro
turno.
Quem pensa que 15 dias é pouco, não
entende nada de sociedade conectada digitalmente. Neste contexto, 15
dias é uma eternidade. O que parece favoritismo de Aécio hoje, pode
virar uma retumbante vitória para Dilma. Mas vai ser necessário criar
esse contraponto.
De um lado, estão os que querem a
mudança para uma inflexão neoliberal. Do outro, um governo que recriou a
perspectiva de país do Brasil, mas que também se associou demais a
setores conservadores. Mas que está sendo combatido neste momento pelo
que fez de progressista e não pelos seus pecados à direita.
Não há jogo mais claro que esse. E se o
PT e a campanha de Dilma não relativizarem a importância da mídia e do
marketing e entregarem essa disputa na mão do campo popular, não há
vitória possível.
É com milhares de eventos de ruas, de
casa em casa e olho no olho, que essa eleição pode se decidir a seu
favor. Cada pessoa que acredita que será um imenso retrocesso a volta ao
poder do neoliberalismo tem que se tornar um ponto da campanha. E
milhares de grupos têm que ser organizar nestes próximos 15 dias, para
disputar um a um os votos possíveis.
Só esse enxame de marimbondos tem
capacidade e capilaridade para derrotar o rinoceronte que foi construído
do lado de lá. Esses marimbondos deram seus primeiros sinais durante o
dia de ontem em várias cidades. Mas isso tem que se tornar o foco
central da campanha e não sua periferia. É rua a rua, casa a casa, olho
no olho, voto a voto.
O cerco que se montou à reeleição de
Dilma é um dos mais bem articulados desde a eleição de Collor. Depois do
candidato tucano ter conseguido virar o jogo e ultrapassar Marina na
reta final do primeiro turno, todo o campo conservador se uniu a ele e
ainda conseguiu atrair parte da base governista, toda a mídia, todo o
setor financeiro e empresarial e símbolos de um discurso popular, como
Marina Silva, que acaba de declarar apoio a Aécio.
Evidente que não há apenas um motivo
para isso acontecer. Aviões não caem por um único defeito ou erro. E o
PT e a presidenta Dilma terão de avaliar, seja qual for o resultado, o
que levou isso a acontecer com tamanha força.
Mas de qualquer forma uma coisa é clara,
a inflexão de Dilma à esquerda depois de junho de 2013, sinalizando
apoio à reforma política, aprovando o Marco Civil da Internet e dando
declarações de que vai fazer a regulação econômica da mídia, compromisso
em criminalizar a homofobia e não ter aceitado a chantagem do mercado
financeiro para fazer reformas neoliberais na Previdência e na
legislação trabalhista, entre outros pontos, foram fundamentais para que
esse campo se fechasse contra ela.
Dilma não poderia ganhar essa eleição
pela direita. Se isso viesse a acontecer o custo político para o PT e a
para a sua biografia pessoal seriam muito altos. E mesmo não tendo feito
uma inflexão forte à esquerda, sua campanha de hoje é muito melhor do
que a de 2010, quando Dilma dialogou quase tão somente com o segmento
evangélico para garantir a eleição no segundo turno. Foi o aborto que
deu o tom da campanha.
Mas para ganhar com viés de esquerda,
Dilma só tem uma chance. Que a militância dos movimentos sociais, dos
sindicatos e de grupos progressistas e de esquerda em geral, peguem essa
candidatura pela mão e façam a disputa nas ruas e nas redes como nunca
aconteceu antes.
Não é algo fácil de construir, mas é
possível. Ontem em várias cidades houve uma série de atos e reuniões
debatendo o apoio a Dilma e construindo eventos que serão realizados
nos próximos dias. Há muita gente querendo trabalhar para impedir o
retrocesso com a volta do PSDB, mas mesmo assim vai ser um duelo de
titãs.
Principalmente porque a mídia
tradicional está trabalhando arduamente para, com uma batelada de
denúncias, fazer com que o eleitorado de Dilma tenha vergonha de fazer
campanha e fique intimidado até em colar um adesivo no peito.
Mas nunca isso foi tão necessário como
agora. É fato que o PT deu uma enferrujada e que boa parte dos seus
líderes envelheceu e perdeu conexão com parte das novas demandas, mas ao
mesmo tempo há muita gente firme em propósitos e que está disposta a
entender e a caminhar com esse novo ativismo tanto do movimento social
quanto cultural. E é esse povo que pode decidir a eleição a favor de
Dilma.
E a galera que foi às ruas em junho com
pautas de esquerda que tem a oportunidade de fazer valer sua força. Até
agora, é a parte reacionária daquele movimento que está dando o tom
desta eleição, mas isso pode mudar. E até a declaração de apoio de
Marina a favor de Aécio pode ajudar nisso. Afinal, há muita gente
decepcionada tanto com ela quanto com Eduardo Jorge, por exemplo. E que
está disposta a buscar eleitores que não foram de Dilma no primeiro
turno.
Quem pensa que 15 dias é pouco, não
entende nada de sociedade conectada digitalmente. Neste contexto, 15
dias é uma eternidade. O que parece favoritismo de Aécio hoje, pode
virar uma retumbante vitória para Dilma. Mas vai ser necessário criar
esse contraponto.
De um lado, estão os que querem a
mudança para uma inflexão neoliberal. Do outro, um governo que recriou a
perspectiva de país do Brasil, mas que também se associou demais a
setores conservadores. Mas que está sendo combatido neste momento pelo
que fez de progressista e não pelos seus pecados à direita.
Não há jogo mais claro que esse. E se o
PT e a campanha de Dilma não relativizarem a importância da mídia e do
marketing e entregarem essa disputa na mão do campo popular, não há
vitória possível.
É com milhares de eventos de ruas, de
casa em casa e olho no olho, que essa eleição pode se decidir a seu
favor. Cada pessoa que acredita que será um imenso retrocesso a volta ao
poder do neoliberalismo tem que se tornar um ponto da campanha. E
milhares de grupos têm que ser organizar nestes próximos 15 dias, para
disputar um a um os votos possíveis.
Só esse enxame de marimbondos tem
capacidade e capilaridade para derrotar o rinoceronte que foi construído
do lado de lá. Esses marimbondos deram seus primeiros sinais durante o
dia de ontem em várias cidades. Mas isso tem que se tornar o foco
central da campanha e não sua periferia. É rua a rua, casa a casa, olho
no olho, voto a voto.
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