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07/02/2015
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Cunha, Moro, Gilmar, FHC e Globo querem a queda de Dilma, o fim do PT e jamais preservar a Petrobras
Palavra Livre 07/02/2015
CHARGE DE BESSINHA |
Por Davis
Sena Filho
O
Partido dos Trabalhadores (PT) está na situação de um boxeador, que, em certo
momento, desloca-se estrategicamente para o córner do ringue à espera do soar
do gongo, porque sua intenção é tentar respirar e se defender dos socos de seu
adversário, que está prestes a conquistar a vitória, se possível por intermédio
de um nocaute contundente — inapelável.
Contudo,
o partido que venceu as eleições presidenciais de 2014 é exatamente o PT, que
deveria colocar as cartas na mesa, mas desaprendeu a revidar os “socos” ou a se
defender, de maneira clara, objetiva e sistemática, porque, mesmo vitorioso nas
urnas, perdeu a presidência da Câmara e vai ter de enfrentar mais uma CPI da
Petrobras, organizada pela oposição conservadora, capitaneada pelo PSDB e seus
aliados, a exemplo do DEM, PPS e parcela dissidente do PMDB, que tem em suas
fileiras políticos de almas tucanas e que detestam ver os trabalhistas no
poder.
É
inacreditável e até mesmo surreal o governo popular de Dilma Rousseff não conseguir
se mobilizar de modo que seus interesses políticos e partidários sejam
resguardados, principalmente na Câmara dos Deputados, a ter como finalidade a
aprovação de projetos e de programas que interessam à Presidência da República
e a seus ministérios, que são responsáveis por milhares de obras e projetos de
interesses nacionais, que contrariam o sistema de capitais controlado pelo
mercado financeiro internacional.
As
questões sobre as realidades que ora se apresentam podem se resumir nesta longa
pergunta: “Será que o PT e o Governo Trabalhista desaprenderam a fazer
política, e por isto se encolheram perante as adversidades, os ataques de uma
oposição feroz, bem como dobrou os joelhos ao ponto de não conseguir se
comunicar com o povo brasileiro, além de permitir, equivocadamente, que a
imprensa corporativa fale sozinha”?
Eis as
questões que o PT não consegue resolver por estar paralisado, como se estivesse
em um estado letárgico e, com efeito, esvair-se em timidez e pusilanimidade. É
um absurdo, quase um deboche, verificar que a direita deste País, uma das mais
perversas, violentas e entreguistas do mundo, criar uma nova CPI da Petrobras,
que tem, sem sombra de dúvida, como alvo a presidenta Dilma Rousseff e até
mesmo o presidente Lula, porque os reacionários só de pensar na volta do líder
petista ao poder sentem calafrios ao tempo que febres terçãs, pois sabem muito
bem que o Lula é um líder de massas, além de ser o político brasileiro mais
conhecido internacionalmente.
O líder
que tem força política e popular para dar continuidade aos projetos do Governo
Dilma, e, obviamente, manter a política fiscal, cambial e o projeto
nacionalista de independência e emancipação, que implementadas no País desde
sua posse como presidente, em 2003. Essas realidades realmente incomodam o
establishment, principalmente o brasileiro, que é subordinado aos interesses
internacionais, pois deles dependem seus imensos lucros provenientes de
negócios que prejudicam o Brasil, ou simplesmente “adquiridos” por intermédio
do rentismo ou da jogatina de capital especulativo, que não tem pátria e se
movimenta pelas bolsas de valores, pelo sistema financeiro oficial, bem como
por meio dos paraísos fiscais, que lavam também dinheiro sujo proveniente da
corrupção, da prostituição, do tráfico de armas e de drogas.
A
resumir: os banqueiros são os maiores criminosos do mundo, e seu círculo é
composto pelos grandes conglomerados privados de comunicação, fabricantes de
armas, grandes traficantes de drogas, petroleiras exploradoras de riqueza
alheia, negociantes de ouro e pedras preciosas, além dos grandes latifundiários
do mercado imobiliário urbano e rural. Não foi à toa que o sistema imobiliário,
juntamente com o bancário, quebrou, em 2008, grande parte dos países europeus,
bem como prejudicou fortemente a economia estadunidense, que, apesar de ter
melhorado, ainda luta para resgatar sua pujança.
Enfim,
é com esse tipo de gente que governos populares tem de lidar. Contudo, esses
fatores somados permitem que o ex-presidente trabalhista tenha enormes chances
de vencer o pleito eleitoral de 2018, a despeito dos escândalos, politicamente
manipulados ou não pelas mídias de negócios privados e seletivamente
preparados, tais quais a pratos feitos, pelos políticos de oposição e por
setores do Judiciário e do Ministério Público, que, apesar da consolidação do
regime democrático, ainda representam as classes dominantes, que historicamente
se contrapõem aos interesses nacionais.
Considero
um acinte à história do Brasil e uma falta de respeito à inteligência da
sociedade brasileira, políticos, jornalistas e empresários, que sempre
combateram as empresas estatais, notadamente a Petrobras por causa de seu valor
econômico e cívico, além de suas estratégias de independência nacional,
arvorarem-se agora como os arautos da dignidade, da moral e dos bons costumes,
como se tivessem dispostos a proteger a Petrobras.
Essas
pessoas são tão verdadeiras e sinceras tais quais aos mentirosos. Exemplifico
um caso emblemático, mas falso, no que tange ao episódio do “varão de
Plutarco”, Demóstenes Torres, admirado pela imprensa familiar e pelos coxinhas,
o senador cassado e associado ao bicheiro Carlinhos Cachoeira. É dessa forma
que se apresenta a moral udenista, que na verdade escamoteia e manipula seus
verdadeiros interesses, como no caso da Petrobras, e, enquanto não conseguem
concretizar seus objetivos inconfessáveis, dissimulam ao máximo para terem
apoio de parte da população, geralmente de perfil conservador, reacionário e
rancoroso, que é encontrada no seio da classe média de caráter lacerdista e
moralista até a página três.
O show
do circo midiático está nas ruas, e delegados “aecistas”, promotores e juízes
que atuam politicamente e no “limite de suas responsabilidades”, tais quais a
um dos vendilhões da era FHC, aproveitam-se de suas condições de protagonistas
do caso Petrobras e selecionam fatos e acontecimentos pertencentes a um
contexto maior para manter o fogo da fogueira acesa retratado nos meios de
comunicação privados.
Os
governos republicanos de Lula e de Dilma Rousseff são exatamente os que
determinaram e efetivaram as investigações, buscas e apreensões para que a
Polícia Federal combatesse, de fato, a corrupção na máquina governamental e na
iniciativa privada. A mesma PF de delegados “aecistas” titulares de delegacias
importantes no Paraná, e que alimenta, sistematicamente, as mídias privadas e
oposicionistas com notícias vazadas de processos que estão em segredo de
justiça.
A mesma
PF da Operação Lava Jato, de delegados ligados ao juiz Sérgio Moro, que
determinou que o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, fosse conduzido
coercitivamente para depor, sendo que o petista já tinha realizado um
depoimento na extinta CPI da Petrobras, comissão que foi esvaziada e abandonada
matreiramente pelos tucanos antes das eleições de 2014, porque eles perceberam
que naquele momento não haveria o que fazer contra o Governo Trabalhista, por
falta de provas, como acontece agora, quando, de forma irresponsável, humilham
Vaccari Neto sem comprovar nada e se baseiam em acusações infundadas para
criminalizar o PT e o Governo Trabalhista, como já o fizera o servidor da
Petrobras, Pedro Barusco, ladrão confesso, que acusa, mas não apresenta provas,
já que o presidente do PT, Rui Falcão, além de processar o criminoso milionário
de colarinho branco, afirmou, categoricamente, que todas as contas de campanha
eleitoral do PT estão em dia e apresentadas à Justiça Eleitoral. Vaccari Neto
também fez as mesmas assertivas do presidente do partido.
E é
dessa forma que a banda toca no Judiciário, na Polícia Federal e no Ministério
Público. A PF subsidia com informações o Ministério Público cujos promotores
envolvidos no caso Petrobras se incumbem, despidos de quaisquer
constrangimentos, de retroalimentar a mesma imprensa corporativa, que, por sua
vez, pauta as lideranças do PSDB (o partido entreguista e traidor da Pátria),
do DEM (o pior partido nanico escravocrata do mundo) e do PPS (a degeneração do
socialismo) no Congresso Nacional.
As
notícias são praticamente as mesmas e replicadas de forma exaustiva, como as
águas reaproveitadas dos chafarizes. Trata-se do modus operandi de uma imprensa
empresarial, que faz política, a liderar os partidos conservadores, sem medir
consequências, porque não é regulada e sabe muito bem que pode repercutir o que
quiser e ficar tudo como dantes no quartel de Abrantes.
É de se
considerar absurdamente incrível que os governos que mais investigaram,
prenderam e combateram a corrupção são taxados pela oposição de direita e por
sua mídia hegemônica de corruptos, quando a verdade, e a história vai comprovar
esta realidade, quem sempre foi leniente, cúmplice e se favoreceu com a compra
de mandato presidencial e vendeu o País a estrangeiros, além de se recusar a
investigar e punir a corrupção foram as autoridades dos governos tucanos.
Afinal, não é à toa que o procurador-geral da República de FHC, Geraldo
Brindeiro, era chamado de engavetador-geral.
Outra
fator que chama a atenção é que o juiz do Supremo, Gilmar Mendes, segura há
mais de dez meses o projeto de reforma política, que teve seu processo de
votação interrompido, porque o condestável juiz pediu vistas do processo. Tempo
suficiente para que o presidente eleito da Câmara, Eduardo Cunha, reapresente
projeto de reforma política que favorece os partidos conservadores, que não
conseguem vencer as eleições presidenciais há 12 anos.
Eles
querem o voto distrital, o financiamento privado de campanhas eleitorais e
agora são contrários à reeleição. Porém, malandramente foram favoráveis à
reeleição de FHC, que, inclusive, foi acusado de comprar os votos de centenas
de parlamentares para aprovarem a emenda da reeleição. Inacreditável, mas é
isto mesmo. Gilmar Mendes, derrotado por seus pares, “segura” o processo de
votação da reforma política no STF, enquanto seu aliado, o atual presidente da
Câmara, a despeito de estar careca de saber que o financiamento privado é o
maior responsável por todo tipo de corrupção e crimes, ainda tem o desplante, a
insensatez e o autoritarismo de contrariar a sociedade brasileira.
O
Brasil deseja a reforma política por meio de um plebiscito e não diretamente
votada por um Congresso conservador, que está a se preparar para usar a CPI da
Petrobras para iniciar um processo de cassação do mandato da presidenta
constitucional Dilma Rousseff. Os atos e ações de Gilmar e Cunha tem de ser
urgentemente denunciados à Nação. Golpe, não! A verdade é que os golpistas têm
de ser punidos e destituídos de seus maus afazeres. Toda vigilância é pouca.
Paulo
Roberto Costa, Nestor Cerveró, Renato Duque e Pedro Barusco estão a roubar a
empresa mais brasileira e emblemática das empresas há décadas. A maioria é ré e
confessou seus crimes, segundo a polícia e o MP, que vazam notícias, muitas
delas de conotações políticas e pinçadas de um contexto maior, nitidamente com
o propósito de causar dúvidas e confusões à população, no mínimo.
Todos
os executivos da Petrobras envolvidos no escândalo de propinas são servidores
de carreira, aprovados em concurso nos idos das décadas de 1970 e 1980, sendo
que a maioria declarou que começou a roubar na década de 1990, exatamente a
década governada pelos neoliberais do PSDB e aliados, liderados pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sobre essa importante questão a
imprensa de negócios privados faz vista grossa e ouvidos moucos. A verdade é
que os tucanos não investigaram e não puniram e hoje se aproveitam da promessa
de Dilma Rousseff de que “não vai ficar pedra sobre pedra”.
Então é
assim: a polícia comandada pelo Governo Trabalhista prende os corruptos e a
imprensa dos magnatas bilionários, a oposição de direita e os setores
conservadores do STF e do MP chamam o Governo de corrupto e, consequentemente,
acenam com um impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, além de,
evidentemente, terem ainda na alça de mira o presidente Lula, possível
candidato às eleições presidenciais de 2018.
A
criminalização do PT, do Governo Trabalhista e a judicialização da política é a
tônica praticada por instituições republicanas ainda controladas pelos filhos
da burguesia, a exemplo do STF, do MP, de setores importantes da máquina do
Congresso, a despeito de o PT estar há 12 anos no poder e ter vencido as
eleições de 2014.
Então
tá. Pedro Barusco e o doleiro Alverto Youssef, este conhecidíssimo repassador
de “bola” às campanhas de todos os partidos, inclusive do PSDB, afirmam o que
querem e não apresentam quaisquer provas, mas cientes de que suas assertivas
dúbias e questionáveis vão, indubitavelmente, favorecer a criação de um
carnaval por parte da imprensa operadora de uma verdadeira lobotomia em certos
segmentos da sociedade de caráter udenista.
Lula e
Dilma têm razão quando aponta para as ruas e os movimentos sociais, além das
bases do PT, para enfrentar certa máquina do estado, aliada às mídias privadas
e partidos direitistas, que não querem políticos trabalhistas no poder e muito
menos desejam a emancipação do povo e a independência do Brasil.
E é
exatamente essas estratégias que eu defendo desde sempre. Por seu turno,
considero essencial que o Governo Trabalhista dê uma guinada à esquerda, porque
a direita não quer dialogar e muito menos negociar pontos de caráter
governamental e parlamentar para que o Brasil avance em direção ao seu desenvolvimento.
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