quinta-feira, 1 de abril de 2010

Contraponto 1791 - "Dilma: o povo não aceita mais migalhas"

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01/04/2010
"Dilma: o povo não aceita mais migalhas"

Tijolaço - quarta-feira, 31 março, 2010 às 17:37

Apesar de dizerem que a campanha de Dilma Rousseff tem um esquema milionário de marqueting, não consegui achar até agora na internet o vídeo, o áudio ou a transcrição do discurso que fez ao deixar a Casa Civil, hoje. Até este bloguinho de meia-tigela do amigo de você aqui consegue postar vídeos da minha atuação, muito menos importante que isso, é claro.

Mas, como não se construíram as pirâmides do Egito com desculpas, fui catando um pedacinho aqui outro ali e consegui – eu acho – montar a fala de Dilma, que considero muito significativa. Transcrevo, portanto, para vocês, o que pude montar. Quando conseguir o texto integral ou o vídeo, alguma omissão ou inversão de ordem será corrigida.

“Eu terei que fazer um imenso esforço para falar de improviso, mas sei que não vou ser igual ao Lula. Vou seguir um roteiro. Pode ser que eu o esqueça e me emocione, mas vou tentar”

“O governo do senhor [Lula] é importante porque significou o ápice, a vitória daqueles que lutaram muito e conseguiram vencer. Nós vencemos a miséria, a pobreza, a subvenção, a estagnação, o pessimismo e o conformismo”

“Nós somos companheiros de uma jornada, de uma missão. Uma missão especial, uma alegre melancolia, ou uma alegria triste. Nós saímos de um governo, que nós consideramos que mais fez pelo povo deste país, e nós o abandonamos hoje. Sentimos uma estranha alegria triste, mas a alma está cheia de otimismo e fé”

“Mas não somos aqueles que estão dizendo ‘adeus’, somos aqueles que estão dizendo ‘até breve’. Sob a sua inspiração de quem fez tanto, estamos prontos para fazer mais e melhor. Talvez o mais longo momento de vitória que lutaram e experimentaram ao longo de suas vidas. Sim, com o senhor nós vencemos. E estamos vencendo a cada dia. Vencemos parte da miséria desse país. Vencemos a estagnação, o pessimismo. Vencemos o conformismo e vencemos a indignidade.

“Nos orgulhamos de ter participado do seu governo. Não importa perguntar porque alguns não têm orgulho dos governos de que participaram. Eles devem ter seus motivos. Mas nós temos patrimônio, fizemos parte da era Lula. Vamos carregar essa história e levá-la para os nossos netos”

“Nós mudamos o Brasil. Quando olhamos o Brasil em 2002, vemos o caminho que foi percorrido. Os viúvos da estagnação teimam em ignorar as mudanças. Elas têm medo. Não sabem o que oferecer ao povo, que hoje é orgulhoso, tem certeza que sua vida mudou e não aceita mais migalhas, parcelas e projetos inacabados”

“Eu tive o privilégio de conviver com o senhor [Lula], de ser honrada pela sua confiança. Eu e os outros ministros saímos melhores e maiores do que entramos. Nós participamos da mudança do Brasil, mas nós também mudamos. [...] Isso, em qualquer experiência de vida, é inestimável. Nós saímos felizes e revigorados. Pessoas melhores são pessoas necessariamente felizes.”

Depois em entrevista a jornalistas, deu duas importantes informações.

A primeira é a de que, ao contrário do que andaram “plantando” nos jornais, não fugirá dos debates com Serra: “Não há a menor dúvida de que um processo de escolha presidencial é um processo em que o debate tem um papel fundamental. Ninguém vai se esconder de debate. Agora, é muito complicado eu responder sobre falaram, falaram, falta o sujeito do verbo”.

A segunda é que ao contrário do sujeito que quer manter aquele outro sujeito oculto para não ficar sujeito a ser o objeto direto da sua rejeição, não vai fugir de defender suas ligações políticas: “Não pretendo me desvencilhar do governo do presidente Lula. Participar dele para mim foi um momento muito importante na minha biografia. Participei em todos os momentos desde 2005 como chefe da Casa Civil. Uma parte do governo do presidente Lula sai comigo, não pretendo escondê-lo e, pelo contrário, me orgulho muito dele”.

PS. Graças à dica do nosso comentarista Betinho, aqui está o áudio da fala de Dilma.
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