Conversa Afiada - 2/janeiro/2010 11:29
Acabo de assistir ao filme do Lula.
É um filme normal, dirigido ao grande público, ao público da Globo Filmes, sua produtora.
É uma versão desidratada do jovem líder sindical, muito mais radical do que aparece.
Se Lula é filho do Brasil, Gloria Pires é o Brasil – a cara do Brasil.
O filme não está em questão.
O que interessa é o Lula.
Uma biografia de que todos os brasileiros deveriam se orgulhar.
Se o Brasil não estivesse, especialmente em São Paulo, partido pelo preconceito e o ódio.
O que Fabio Barreto conta todo brasileiro deveria saber de cor e salteado.
Uma interdição política impediu que a impressionante biografia de Lula se tornasse exemplo para milhões e milhões de brasileiros pobres, como ele.
Como diz Mino Carta, dificilmente outro operário metalúrgico, nordestino, será presidente do Brasil.
Tomara que um outro Lula – não-nordestino, não-operário metalúrgico – dê tanto orgulho aos brasileiros.
Que outro um Lula tenha, como ele, a visão estratégica correta – que ele era líder sindical de uma economia capitalista, de uma sociedade que se tornava democrática, com opinião pública.
E, por isso, ajudou a derrubar o regime militar.
Porque entendeu as forças políticas que estavam em jogo.
(Interessante que uma corrente subalterna da historiografia brasileira atribua o fim do regime militar à onisciência de George Washington (Ernesto Geisel) e Thomas Jefferson (Golbery).
Clique aqui para ler sobre o papel de Lincoln Gordon, Lyndon Johnson e a CIA na queda de Goulart para ver que, sem estes, Golbery não passaria de um Rodrigo Maia.
Lula é maior do que os militares que o encarceraram.
Lula é maior do que o Sindicato dos Metalúrgicos.
Lula é maior do que São Bernardo.
Lula é maior do que São Paulo.
Lula é maior do que o PT.
Lula é maior do que o Brasil.
Paulo Henrique Amorim
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