15/01/2010
Podemos vencer a pobreza extrema até 2016
Zé Dirceu - publicado em 14-Jan-2010
A excelente notícia está nas páginas do estudo do IPEA...
Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr
A excelente notícia está nas páginas do estudo "Pobreza, desigualdade e políticas públicas", do IPEA, apresentado na Capital paulista nesta semana: estamos diante da oportunidade histórica de erradicar do nosso país a pobreza extrema até 2016.O documento do IPEA aponta que no Brasil, entre 2003 a 2008, a pobreza extrema (de até ¼ de salário mínimo per capita) teve uma queda média anual de 2,1%; já a redução da pobreza absoluta (até meio salário mínimo per capita) foi de 3,1%. Projetando o desempenho desse período, nosso país chegaria em 2016, ano das Olimpíadas no Rio, com índices quanto à pobreza próximos ao de países desenvolvidos. "Se em 2008 a taxa de pobreza absoluta era de 28,8%, em 2016 pode chegar a 4%. Da mesma forma, a pobreza extrema pode ser reduzida a 0%", afirma Márcio Pochmann, presidente do Instituto.
A estimativa também prevê um índice Gini de 0,48 em seis anos para o Brasil. Hoje, estamos em 0,54. O índice mundial é uma das principais medidas da desigualdade de renda - quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país. Em 2016, o Gini brasileiro poderá se aproximar, por exemplo, dos EUA (0,46). De acordo com Pochmann, o país "precisa de mais políticas de redistribuição de renda, não só de distribuição", de uma gestão mais ampla na área social e um trabalho com metas na área social.
Já quanto aos gastos públicos, avalia o presidente do IPEA, que a redução na pobreza é reflexo da evolução dos gastos sociais nas três esferas públicas. Em 1985, esses gastos correspondiam a 13,3% do PIB. Em 2005, chegou-se a 21,9%. Outro fator é a descentralização desses gastos, que chegam cada vez mais às esferas estadual e municipal.
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