segunda-feira, 19 de julho de 2010

Contraponto 2786 - A corte ao Irã

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19/07/2010

A corte ao Irã

Enviado por luisnassif, dom, 18/07/2010 - 12:19

Por Rubem

O simplismo dos analistas que previam o fracasso econômico e social do Governo Lula, previu também, antes e depois do histórico acordo com Irã e Turquia, o seu fracasso diplomático. O Brasil ficara internacionalmente isolado, já que até Russia e China puxaram a escada, apoiando as (nada)draconianas sanções anglo-franco-americanas.

Eis a Russia. Aguardem a China.

Do NYTimes:

Diante de sanções americanas, Rússia oferece ajuda ao Irã

Programa anunciado por Medvedev "convida" empresas russas a infringir proibições

The New York Times | 18/07/2010 08:00

O ministro de energia da Rússia anunciou nesta semana um amplo programa de cooperação com o Irã nos setores de petróleo, gás natural e petroquímica, que parece convidar empresas russas a infringir sanções adotadas pelo governo Obama há apenas duas semanas.

As sanções foram criadas como meio suplementar de punir o Irã por se recusar a encerrar o seu programa nuclear sigiloso, depois que os Estados Unidos conseguiram convencer Rússia e China a concordarem com limitadas novas restrições comerciais estabelecidas em uma quarta resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o país, aprovada em junho. Austrália, Canadá e Europa também decidiram aplicar medidas adicionais contra o Irã.

Embora determinadas a evitar o tipo de investimento mencionado pelo ministro, as sanções americanas preveem permissões presidenciais para empresas de países que cooperem para desencorajar o Irã a obter arma nuclear.

O Irã, embora um grande exportador de petróleo, importa milhares de litros de gasolina por dia para compensar a sua fraca capacidade de refino, limitada por anos de isolamento internacional.

As sanções americanas impõem penalidades a entidades estrangeiras que vendam petróleo refinado para o Irã ou ajudem o país com sua capacidade de refino nacional, um foco que busca causar tribulações financeiras sobre o Corpo da Guarda da Revolução Islâmica, o grupo linha-dura que supervisiona o programa nuclear e de mísseis do país, além de controlar grande parte da sua indústria petrolífera.

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, expressou oposição à adicionar quaisquer sanções ao país além daquelas impostas pelas Nações Unidas e o Ministério das Relações Exteriores advertiu os Estados Unidos contra a tentativa de punir empresas russas por causa das novas sanções unilaterais.

Na quarta-feira, o ministro da energia da Rússia adotou uma posição mais aberta contra as sanções americanas ao anunciar os planos para uma cooperação mais estreita entre os interesses petrolíferos russos e iranianos.

Mas não ficou imediatamente claro como qualquer ação será tomada.

O comunicado russo sugeriu que um grupo de trabalho será formado para identificar áreas de cooperação mais profunda nos setores do petróleo e petroquímica, propondo um estudo para a criação de uma companhia de petróleo russo-iraniana e um banco binacional para financiar esses projetos.

A declaração do Irã sugeriu que o petróleo será comercializado em bolsas de mercadorias russas.

Por Andrew E. Kramer
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