quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Contraponto 4336 - "Protógenes promete fazer mais contra a corrupção como deputado"

.
30/12/2010


Protógenes promete fazer mais contra a corrupção como deputado

Do Vermelho - 30 de Dezembro de 2010 - 11h19

O deputado federal eleito pelo PCdoB de São Paulo, Protógenes Queiroz, ex-delegado da Polícia Federal, chega ao Parlamento com o propósito de continuar sua luta contra a corrupção. Ele acredita que “no nível técnico você tem limitações e no nível político é que tem as soluções dos problemas nacionais”.


Ele anuncia que vai apresentar projeto de lei anticorrupção, que consiste no fortalecimento das instituições públicas para trabalhar no sentido de fiscalizar, identificar e punir os corruptos, responsáveis por desvios de bilhões de recursos públicos.

Recursos públicos que, segundo ele ainda, deveriam ser empregados exatamente no trabalho de combate à corrupção, adiantando que defende a PEC 300 – uma das matérias polêmicas que aguarda votação na Câmara. A Proposta de Emenda à Constituição cria um piso salarial nacional para policiais e bombeiros.

“Como você justifica junto à população, que espera o controle da criminalidade, e à instituição policial, que tem por objetivo final proteger a população e não impor temor e violência, que não tem recursos, que (o aumento salarial) vai causar impacto na folha de pagamento, se nas mãos dos bandidos que desviaram dinheiro público tem milhões?” indaga, dando ele mesmo a resposta; “não venha falar que falta dinheiro, tem falta de controle.”

E, para buscar solução para o caso, ele trocou o cargo de delegado, como se notabilizou por inúmeras operações policiais que levaram à cadeia, corruptos conhecidos no País como o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta; o deputado reeleito Paulo Maluf (PP-SP), cujo nome tornou-se sinônimo de “ladrão” e o banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity, pelo de deputado federal.

Mas, a exemplo dos demais companheiros de Partido, Protógenes diz que sua atuação no Parlamento não vai se resumir ao combate à corrupção. “Eu entendo que há demanda grande nas três áreas – segurança pública, saúde e educação. E fortalecer a soberania do País, as Forças Armadas”, avalia como outras áreas que precisam de sua atenção e atuação.

Indignação da população

Protógenes destaca que “há total indignação da população nos casos em que funcionei - de combate a corrupção -, como o caso de se encontrar nas mãos de banqueiro três bilhões de dólares suspeito de ser ilícito”. Para ele, “esses três bilhões deviam servir para reestruturar a segurança nacional, reestruturar as Forças Armadas, que precisam de seis bilhões para compra de equipamentos para fortalecer a nossa soberania.”

A lei anticorrupção, que vai propor na Câmara dos Deputados, é exatamente para controlar o dinheiro público e garantir que seja aplicado onde é devido. Ele explica que precisa fortalecer “inclusive a Controladoria Geral da União (CGU), que é um órgão importante, cumpre papel importante, que também precisa caminhar fortalecido nesse plano de restruturação do Estado.”

Ele enfatiza que sua atuação como parlamentar vai representar a continuidade ao trabalho de combate a corrupção e fortalecimento das instituições. “Eu estou no plano legislativo porque foi assim que a população assim exigiu e foi assim que se desenhou a estrutura do Estado fragilizado por não ter estrutura de absorver esse trabalho de combate à corrupção, com prerrogativas e garantias constitucionais para desenvolver esse trabalho”, afirma, criticando as limitações impostas ao seu trabalho de policial.

Reconhecimentos da sociedade

Por não ter estrutura para desenvolver seu trabalho de combate a corrupção, ele trocou o cargo de policial pelo o de legislador. “No nível técnico você tem limitações e no nível político é que tem as soluções dos problemas nacionais”, explica, acrescentando que “é uma continuidade do que hoje esse trabalho representou e representa para o país.”

Protógenes, que ganhou visibilidade na mídia a partir da Operação Satiagraha, recebe com satisfação e responsabilidade o reconhecimento da sociedade brasileira ao seu trabalho. “Eu caminho nas ruas, até em outros países, e sou reconhecido e recebido com gestos de gratidão e não gestos hostis. Isso representa avanço que a sociedade e o País tiveram. Até o efeito pedagógico para novas gerações está sendo benéfico. Isso está sendo uma grande contribuição, mas temos que fazer mais”, afirma.

E acredita que o trabalho dessa nova Câmara, que vai funcionar a partir de 1o de fevereiro, vai contar com muita vigilância e cobrança do cidadão e eleitor. “Cada vez mais há controle da sociedade sobre o parlamento brasileiro, haja vista a renovação de mais de 40%. Isso demonstra o poder da sociedade frente aos desafios. Porque renovou, porque os que aqui estavam não cumpriram o seu papel”, avalia.

De Brasília
Márcia Xavier
.

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista