segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Contraponto 13.204 - "Itaú confirma autuação de R$ 18 bi da Receita, mas diz que “dificilmente” pagará"


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03/02/2014


Itaú confirma autuação de R$ 18 bi da Receita, mas diz que “dificilmente” pagará

 

Tijolaço - 3 de fevereiro de 2014 | 11:35 Autor: Fernando Brito
reuters

Da Reuters, agora cedo:
O Itaú Unibanco divulgou nesta segunda-feira que foi intimado em 30 de janeiro pela Receita Federal sobre decisão não unânime em que o Fisco cobra da instituição financeira bilhões de reais em impostos relacionados à fusão que originou o maior banco privado do país em 2008.
O banco foi autuado pela Receita em agosto do ano passado em cerca de 18,7 bilhões de reais relacionados aos instrumentos contábeis usados para a unificação das operações.
A instituição reafirmou em comunicado que vai recorrer junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e que considera “remoto” o risco de perda na cobrança, acrescentando que a fusão feita em 2008 foi aprovada pelos acionistas das instituições, e posteriormente sancionadas pelas autoridades competentes.
Procurado, o banco informou que não comentará o assunto além do comunicado divulgado nesta segunda-feira.
De acordo com as informações dadas pelo banco em agosto, a Receita Federal autuou a instituição financeira, cobrando 11,845 bilhões de reais em Imposto de Renda, além de 6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), acrescidos de multa e juros.

O Itaú é, como se sabe, o banco cujo economista-chefe, Ilan Goldfajn, vai a Davos dizer que o país está mal.

Coisa que outro bancão, o Deutsche, não acha.

Fora de dúvida é que o  Itaú, claro, está muito bem.

Segundo matéria de sábado do Estadão, nem o bancão Goldman Sachs consegue entender como o Itaú e outros conseguem rentabilidade com taxas escorchantes de juros, como a do rotativo do cartão de crédito: até 967% no Santander-Visa e até 439% no Itaú-Visa.

Ah, mas isso são situações isoladas, linhas de crédito que ninguém toma, não é?

Errado.
“Segundo dados do Banco Central, um terço das concessões de crédito no cartão no ano passado entraram no rotativo. Foram R$ 26 bilhões, número maior do que o que foi emprestado em crédito consignado ou crédito ao consumo. Do total, quase 37% está com o pagamento da fatura em atraso de mais de 90 dias, ou seja, inadimplentes.”

Esse aí deve ser o “Credi-Mainardi” que dispara a inadimplência.

E os lucros, veja só:
“Na média, 10% dos resultados do banco vêm do empréstimo do cartão. O Itaú é o que mais lucra. Do seu resultado anunciado até o terceiro trimestre, 16,7% foi com empréstimos do cartão.(…)”
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Haja sustentabilidade para segurar uma agiotagem destas!

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