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11/02/2014 

 

A covardia humana e o assassinato de Santiago


Por O Escritor


 Por O Escritor

Poucas imagens há que sejam mais simbólicas da covardia humana do que esta.
O black bloc acende o artefato e coloca-o estrategicamente direcionado para uma pessoa situada no máximo a 5 metros de distância. 

Reparem que ele poderia ter direcionado a pontaria para a esquerda ou para a direita, nos mais variados graus de afastamento em relação ao repórter cinematográfico da Band.

Mas não: ele escolheu a direção exata da pessoa à frente. Um ato consciente.
Detalhe: o cinegrafista está de costas.

Como se sabe, os covardes são covardes justamente porque têm medo de enfrentar outras pessoas, Fazem as coisas furtivamente. Usam máscaras, Buscam a proteção do grupo. Misturam-se em manifestações pacíficas. Dissimulam: fingem não ser (um grupo) o que são ("somos uma tática"). Tremem e falam desarticuladamente quando são pegos. Têm fantasias de vingança ("perseguição", "tortura") se caírem nas mãos de suas vítimas.

Atacam de surpresa, sem dar direito à defesa.

Preparado o ataque, o black bloc... foge. Como bom covarde, sai em disparada para não ter que assumir as consequências de seu ato criminoso. 

A foto desmonta a farsa da versão. Houve a intenção patente de atingir uma pessoa com um artefato potencialmente mortal, quando disparado de tão perto, em alta velocidade.

Essa foto, tristemente famosa, merecia o Prêmio Esso. Não só por ter-se tornado um símbolo da covardia humana, mas por ter ajudado a desnudar a própria essência de um movimento criminoso tantas vezes defendido por intelectuais e jornalistas precipitados.

Um essência que já havia sido pressentida por muitos na iniciativa de incendiar o fusca da família do serralheiro Itamar Santos, em que viajavam duas mulheres e uma criança, no dia 25 de janeiro último. Ela mesmo: a covardia assassina.

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