Jornal GGN - ter, 11/02/2014 - 10:21
- Atualizado em 11/02/2014 - 11:45
Por O Escritor
Por O Escritor
Poucas imagens há que sejam mais simbólicas da covardia humana do que esta.
O black bloc acende o artefato e
coloca-o estrategicamente direcionado para uma pessoa situada no máximo a
5 metros de distância.
Reparem que ele poderia ter direcionado a
pontaria para a esquerda ou para a direita, nos mais variados graus de
afastamento em relação ao repórter cinematográfico da Band.
Mas não: ele escolheu a direção exata da pessoa à frente. Um ato consciente.
Detalhe: o cinegrafista está de costas.
Como se sabe, os covardes são covardes
justamente porque têm medo de enfrentar outras pessoas, Fazem as coisas
furtivamente. Usam máscaras, Buscam a proteção do grupo. Misturam-se em
manifestações pacíficas. Dissimulam: fingem não ser (um grupo) o que são
("somos uma tática"). Tremem e falam desarticuladamente quando são
pegos. Têm fantasias de vingança ("perseguição", "tortura") se caírem
nas mãos de suas vítimas.
Atacam de surpresa, sem dar direito à defesa.
Preparado o ataque, o black bloc...
foge. Como bom covarde, sai em disparada para não ter que assumir as
consequências de seu ato criminoso.
A foto desmonta a farsa da versão. Houve
a intenção patente de atingir uma pessoa com um artefato potencialmente
mortal, quando disparado de tão perto, em alta velocidade.
Essa foto, tristemente famosa, merecia o
Prêmio Esso. Não só por ter-se tornado um símbolo da covardia humana,
mas por ter ajudado a desnudar a própria essência de um movimento
criminoso tantas vezes defendido por intelectuais e jornalistas
precipitados.
Um essência que já havia sido
pressentida por muitos na iniciativa de incendiar o fusca da família do
serralheiro Itamar Santos, em que viajavam duas mulheres e uma criança,
no dia 25 de janeiro último. Ela mesmo: a covardia assassina.
.
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