sábado, 7 de fevereiro de 2015

Contraponto 15.983 - "Conselhos consequentes de dois sábios à Presidenta Dilma"

Brasil 247


DOM ORVANDIL


Dom Orvandil Todos acompanhamos preocupados a conjuntura crítica que nosso País vive.
O Brasil divide-se entre os brasileiros que realmente amam nosso País com soberania, democracia robusta e justiça social, desenvolvimento marcado por distribuição de renda e cidadania enriquecida e forte e os golpistas míopes, que somente veem seus umbigos esborrifados de esperteza, de ódio, de sujeira, fruto de tramas nos bastidores golpistas e no uso dos poderes para afirmação de interesses mesquinhos e não republicanos.

Os sinais do avanço dos umbigos imundos dos que se imaginam centro do mundo são claros na ocupação perigosa de espaços.

A mídia temerosa das reformas e regulamentação redemocratizante dos meios de comunicação aglutina forças com os poderes judiciais, parlamentares e até no executivo federal para derrubar o governo da Presidenta Dilma. Isso é claro.

A eleição de Eduardo Cunha para presidir a Câmara dos Deputados evidencia alianças com setores do espectro direitista e conservador ainda atuantes na sociedade. Setores evangélicos oportunistas e defensores de bandeiras desumanas, intolerantes, divisionistas, egoístas e ferinas saúdam enfezados a eleição do de moral duvidável Eduardo Cunha, seu irmão de picaretagem.

O antiético, desprezível e falido Fernando Henrique Cardoso clama por golpe para derrubar a Presidenta através do judiciário. FHC, de modo desonrado, pede a um dos maiores chefes da fascista Opus Dei, o advogado Ives Gandra, para proceder "estudo" "jurídico" para construir tese falaciosa puxa tapete da Presidenta Dilma via Supremo Tribunal Federal.

O mercado, notadamente o sistema financeiro antidemocrático, antissocial e antidistribuição de renda, em toda a parte promotor de guerras, golpes e até do nazifascismo na Europa, gerador de crises e da fragilização do Estado gestor dos interesses republicanos, não atende ao apelo de Dilma para dialogar. Até penso que a Presidenta é ingênua ao esperar que o diabo queira ajudar Deus a salvar o mundo. Alguns acusam-na de se vender, de se bandear de lado e trair o que prometeu na campanha eleitoral e de negociar com as raposas.

A oposição direitista e corrupta, de história vergonhosa de vendas do patrimônio público, imoralmente incapaz de acusar ninguém, não age em favor do Brasil. Sua intenção dissimulada é a de sufocar a democracia e de provocar uma crise de proporções incontornáveis para voltar ao poder. Claro, nunca saiu, mas arma-se para desgovernar o País na direção dos malfadados interesses do decadente império americano.

A direita neoliberal, historicamente vendida, bufarinheira, golpista e manipuladora dos interesses e negócios nacionais, é moralista.

O moralismo consiste em pregar moral sob o velho princípio: "façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço". Usou todos os meios para criar um mensalão e vítimas para estancar o ímpeto reformista que visava aproximar o poder do povo, em forma de justiça social. Agora inventa impatrioticamente e de modo sem vergonha o tal de petrolão. Os objetivos subjacentes são os de derrubar a Presidenta Dilma, acusando-a de alguma culpa pela corrupção que a direita mesmo criou quando no poder nas gestões da ditadura, de Collor e de Fernando Henrique Cardoso, agindo subversivamente à sombra do poder e vender a Petrobras aos grupos internacionais e, assim, se beneficiarem com propinas. É assim que os amigos do império agem noutras partes do mundo: extraem e vendem petróleo centralizando, como consequência, enormes fortunas deixando seu povo à míngua.

A direita não gosta de seus países nem de seus povos. Tudo o que faz é dominar o poder para gerar os negócios roubados do povo, que por ela é explorado à exaustão. Suas intenções são a internacionalização da economia e do poder. Cada vez que governou a direita sempre obedeceu ao imperialismo rapinador.

Gente de mau caráter, por ser de direita, visa nesse momento o pré-sal. Jamais se conforma e se conformará que as riquezas dele emanadas sirvam para investir em saúde, em educação e em modernização justa do País.

Essas raposas não têm escrúpulos em se aliar ao diabo para golpear. O golpe contra o Governo de Dilma é claramente esboçado e seu projeto já está pronto.

Porém, é preciso lembrar que sempre que houve golpe o povo invariavelmente foi prejudicado e excluído. Não há ilusão quanto a isto. O Brasil saiu da ditadura esfolado e pobre. Saímos dos governos neoliberais sem musculatura estatal e pobres de investimentos sociais. Nossas ruas e campos, de um Brasil rico naturalmente, viraram depósitos de miseráveis e de tremendas injustiças. Nosso sistema prisional ainda é um dos maiores exemplos do abandono e da injustiça, como consequência do que essa burguesia rentista e golpista fez com nosso País.

Não há dúvidas de que a Presidenta Dilma se equivoca na organização do governo e isso a fragiliza. Nomear como ministros membros do mercado financeiro é erro que cheira a traição e troca de parceiros, parecendo afastar-se do povo cuja maioria a elegeu para juntar-se aos que sempre o excluiu. O grupo dominante e assaltante do poder e das riquezas não conhece o conteúdo, o significado e muito menos a prática do diálogo.

A Presidenta, no seu discurso após as eleições, estendeu as mãos oferecendo diálogo. Com a proposta, esperávamos que ela retornasse ao povo, aos movimentos sociais, aos trabalhadores, aos partidos nacionalistas e progressistas e à massa crítica da sociedade. Em encontro com Frei Betto e com o Teólogo Leonardo Boff Dilma reconheceu que passou muito tempo no Palácio, longe do povo. Prometeu que corrigiria essa rota.

É aí que a Presidenta precisa receber sabedorias de duas pessoas que ela respeita muito. Uma é do gaúcho Leonel de Moura Brizola e a outra do nordestino Luiz Inácio Lula da Silva.

Brizola dizia que quando a TV Globo vai para um lado nós devemos ir para o outro.

Essa não é uma frase qualquer. Trata-se da representação do monopólio das comunicações, com forte intervenção política na derrubada de governos, na calúnia e na destruição de líderes populares e nacionais.

Falar em Globo é referirmo-nos a toda a cloaca de sujeira que age nos umbigos e mentes sórdidas dos setores antissociais e antirrepublicanos que se associam contra o povo e contra o Brasil.
Ora, o governo da Presidenta Dilma se notabiliza por omitir-se diante das barbaridades dessa mídia chafurda que despeja bilhões de dejetos em forma de notícias e de falso jornalismo sobre as mentes de nosso povo.

Isso sim deveria ser entendido como crime político e como distorção de compromissos com o povo que votou numa projeto que nasceu na primeira eleição do ex-presidente Lula.

Nossa Presidenta deveria ouvir o conselho de Brizola: ir para o lado contrário do que a Globo segue.
O conselho de Lula foi dado diretamente à Presidenta Dilma. Disse-lhe que cada vez que se sentisse só ou tivesse dúvidas fosse ao povo.

O ex-presidente foi ao povo quando toda a direita, com a mídia a serviço da sordidez, tentou derrubá-lo com mentiras de corrupção e manipulações da opinião pública, feita de opiniões publicadas pelos mentirosos militantes.

Lula deixou de ler os jornais, revistas e de assistir os telejornais da mídia golpista e foi ao nordeste, à classe trabalhadora e à juventude que o acolheram e o fortaleceram. Graças a isso não só não foi derrubado como aprofundou os programas sociais no segundo mandato.

A Presidenta Dilma precisa aprender a ir ao povo e agir ao seu lado. Ela tem quem a ensina a fazer isso.

Mas a Presidenta deve reorganizar seu programa de governo e seu ministério. Deve colocar o povo no centro de tudo e se afastar da ditadura do mercado de rapina.

Durante a campanha eleitoral Dilma levou banhos e banhos de povo com as mulheres, negros, crianças, velhos, pobres e trabalhadores. Quando na rua os selfies com o povo alegre e desejoso de guardar para sempre as lembranças de uma Presidenta eternizada pelo amor a ele através dos programas de governos, de ministros e de investimentos nele e para ele.

Agora retornar ao povo é efetivamente ouvir, entender e se comprometer politicamente com as reformas que emanam dos indígenas e da agricultura familiar, odiadas pela dondoca Kátia de Abreu e pelo jagunço Ronaldo Caiado. É assimilar a voz da classe trabalhadora que grita pelo aprofundamento da distribuição de renda, pelos direitos sociais de quem realmente produz neste País e por participação nas decisões do governo que ela pensou ser nacional e popular, hostilizados pelo raquitismo político do funcionário do sistema financeiro Joaquim Levy e por Aéciopó. É acolher o direito nacional e social de não sermos enrolados, traídos e mentidos por esta mídia prá lá de safada, desonesta e golpista, fabricante de invencionices, como querem Bernardo e o atual ministro Ricardo Berzoíne, tão omisso e fraco quanto o anterior.

Ouvir o sábio conselho de Lula e atualizá-lo é ajudar nossa sociedade a avançar nas afirmações dos direitos sociais, ameaçados no tal de ajuste fiscal, nome sofisticado para roubo dos investimentos sociais, desvio do projeto de distribuição de renda e cidadania, obstaculização do crescimento econômico, que tão bem fez ao País e ao nosso povo, ainda que de modo limitado.

Aplicar o conselho do ex-presidente metalúrgico é incentivar as mobilizações de rua, é ser fator galvanizante do povo como fonte real do poder. Diante de um Congresso Nacional fraco, tendente à direita, antinacional e antipopular, o único caminho é a volta ao povo.

Volte Presidenta. Volte Dilma!

Se a Presidenta não retornar a tempo às ruas e praças do povo será por ele desprezada e esquecida e o Brasil afundará em trevas sem perspectivas democráticas.

Pior, perto da Globo e longe do povo o diálogo prometido pela Presidenta não acontecerá e ela será expulsa do governo e sua omissão ajudará a sepultar a causa na qual a jovem Vanda se envolveu na luta contra a ditadura e nas prisões.

 
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