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30/04/2010
Portal Vermelho - 30 de Abril de 2010 - 18h29
O ministro da Educação, Fernando Haddad, criticou o modelo do vestibular tradicional que, na avaliação dele, exclui os jovens pobres da universidade pública. “O vestibular é uma cláusula de barreira impeditiva ao desenvolvimento profissional dos nossos jovens , [o vestibular] criou cotas para populações mais abastadas que são capazes de pagar cursinhos e taxas elevadas de inscrição”, afirmou Haddad na manhã desta sexta-feira (30) durante evento do MEC em Foz do Iguaçu, no Paraná.
No evento, organizado para discutir a educação na América Latina, o ministro apresentou aos participantes de 12 países da região a proposta do Ministério da Educação do Brasil para substituir o vestibular por uma avaliação unificada, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os países latino-americanos possuem diferentes sistemas de acesso dos jovens ao ensino superior.
Haddad defendeu que além de excluir os estudantes mais pobres, o vestibular “massacra o ensino médio do ponto de vista pedagógico” o que causa o desinteresse dos jovens. “Os programas de vestibular se amontoam e criam uma matriz enorme para o ensino médio. Nem os enciclopedistas franceses passariam no vestibular do Brasil com facilidade com essa quantidade de conteúdos para aprender”, comparou.
Enem será nos dias 6 e 7 de novembro
Haddad confirmou que o Enem de 2010 será aplicado nos dias 6 e 7 de novembro. A escolha das datas só falta ser publicada no Diário Oficial da União.
A expectativa do MEC é de que seis milhões de estudantes se inscrevam no exame deste ano. No ano passado, o Enem contabilizou 4,2 milhões de inscrições. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram a prova.
O ministro informou ainda que o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que está marcado para o dia 7 de novembro, deverá ser realizado em outra data que ainda será definida.
Com agências
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