28/10/2011
Do Diário Não Oficial - sexta-feira, 28 de outubro de 2011
O amigo “007BONDeblog” certa vez me falou de seu espanto ao ver que após publicar uma matéria contendo críticas ao então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, recebeu em seu blog a “visita” do Departamento de Estado Americano. Através daquele mecanismo de controle de acesso e estatística do “sitemeter”, anotou que foram feitas algumas visitas para a leitura da matéria.
Não é de espantar, pois, os Estados Unidos (e diversos países) monitoram tudo o que é publicado sobre eles, como forma de adotar políticas de “comunicação” para reforçar as posições favoráveis e evidentemente neutralizar as opiniões contrárias e que possam de alguma forma criar uma imagem desfavorável às suas pretensões.
Nenhum país no mundo, porém, possui tanta preocupação e nem precisa garantir que sua imagem de “líder” continue intacta como os Estados Unidos. É preciso que a poderosa máquina de informar e noticiar tenha sempre um viés de criar uma opinião pública mundial favorável aos interesses americanos. Convenhamos que, isso não é fácil, pois os Estados Unidos praticam uma política baseada na força das armas, na invasão de territórios, guerra preventiva, ingerência e completo desrespeito pelos Direitos Internacional e Humanos.
Nem todo o aparato tecnológico e os melhores cérebros do mercado de “propaganda e comunicação” conseguiriam isso, apenas atuando dentro do solo americano, daí que a invasão se dá também no campo da “informação” através da utilização de estruturas avançadas situadas em diversos pontos do mundo e onde “profissionais” da área de comunicação, conhecedores das particularidades e costumes de cada país ou região, são cooptados para servir de reprodutor/alimentador de matérias favoráveis.
Um exemplo bem característico disso é o combate sistemático que grande parte da imprensa brasileira faz a nossa política externa, que desde 2003, com a posse do então presidente Lula, passou a adotar uma postura de “descolamento” dos Estados Unidos, e a procurar fortalecer sua parceria com os vizinhos da América do Sul, África e Ásia, incluindo países com os quais os Estados Unidos possuem sérias divergências.
Apesar do sucesso que essa política logrou alcançar no campo comercial e de o tempo ter mostrado que o Brasil estava certo na posição de se colocar contrário a invasão do Iraque e do isolamento do Irã, para ficar apenas em dois exemplos, ainda assim, essa parte da imprensa brasileira que serve aos chamados “interesses inconfessáveis” insiste em defender e sustentar a postura dos americanos e seus aliados.
A revelação de que um jornalista brasileiro, (Willian Waach) que integra o “time” das organizações globo é na verdade um informante americano, e que atua defendendo através de suas opiniões, os interesses de “TIO SAM”, não causa, portanto, qualquer surpresa, embora ainda careça de comprovação aquilo que o site de Julian Assange revela e que o Portal R7 reproduz.
Enquanto a imprensa internacional reconhece os avanços do Brasil e dá destaque a eles, a devida correspondência aqui dentro do nosso país não acontece, e as posições assumidas na defesa de temas de interesse dos americanos e do capital especulativo internacional, que eles chamam de “mercados” mostram bem, a forma e o campo em que atua grande parcela dos veículos de comunicação no Brasil.
Os agentes agora já não tão secretos, que municiam e dão voz a CIA e a CGJ (Central Global de Boatos), estão na sua tela diariamente, fazendo o jogo sujo da divulgação de informação manipulada e distorcida, e tenha a certeza, isso não é de graça.
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Imagino a Globo pagando o salário do informante a serviços da embaixada americana, quando quem devia lhe pagar os salários era a CIA.
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