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30/10/2011
Do Blog Brasil que Vai ! - domingo, 30 de outubro de 2011
A notícia da doença de Lula não poderia vir em pior hora para a oposição ao governo Dilma. Atolada que está em conflitos internos, tudo de que menos precisavam os que compartilham do ódio ao ex-presidente e ao que ele politicamente representa era que parcelas majoritárias do eleitorado passassem a vê-lo com admirada comiseração.
Lula se agiganta moralmente com a doença e na mesma proporção fecham-se as fissuras artificialmente construídas que os opositores pretendiam transformar em ruptura entre ele e a presidenta que o sucedeu.
O estado de saúde de Lula interrompe o jogo político a que se dedicavam adversários e imprensa e que consistia em fazer pespegar ao petista a pecha de defensor de ministros corruptos impostos à sucessora e, a partir disso, projetar um distanciamento midiático entre ambos.
Torna-se impossível agora apagar o impacto da solidariedade que haverá de unir ambos numa renovada luta pela sobrevivência. A eles caberá doravante a iniciativa de alternar os papéis de auxiliado e auxiliador, esvaziando o ânimo das bases eleitorais que se movimentavam para impor uma agenda com menor apelo emocional centrada no combate à corrupção.
A despeito das manifestações de um tipo de crítica mais raivosa que mal consegue conter o júbilo por antecipar o que julga ser o fim de uma liderança que guindou outras forças políticas ao comando da nação, o fato é que essa modalidade de discurso deverá manter-se confinada a bolsões mais restritos das classes médias elitizadas, incapaz de contagiar a sentimentalidade cristã mais geral e muito menos setores mais predispostos a conferir uma espécie de conotação metafísica à pregação política de Lula.
Ao contrário do que supõem analistas mais afoitos, ficará mais fácil e não mais difícil a caminhada das esquerdas nas eleições municipais do próximo ano, podendo até mesmo ser interditada a discussão de temas de natureza moral que seriam ao gosto das forças de oposição e que passariam necessariamente pela culpabilização de quem encontra-se agora preservado pelo respeito e reconhecimento devido a todos os que lutam pela vida.
Exatamente agora quando mídia e oposição articulavam-se em torno do eixo anticorrupção ou do movimento "cansei de novo". Mas política é mesmo assim, com freqüência deve-se recomeçar do zero.
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A Voz do Brasil
ResponderExcluirPresidente, você vai voltar firme e forte. Desejo que vem do Leste, do Oeste, do Sul e do Norte. "O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mais o vento que não se vê". Pois é, esta frase de Platão vai para você.
E veja esta do mineiro Guimarães: "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. E coragem é dignidade !"
Mas, coragem e dignidade nunca lhe faltou, portanto escute o que certamente diria o outro Luiz, aquele seu conterrâneo, sanfoneiro e famoso cantor: Oxente, agora tenha paciência, não se avexe, não se apresse, não se apoquente !!
Presidente Lula, a sua voz é a nossa voz, a voz do povo, a voz do Brasil que não vai parar. Presidente, meu irmão camarada, escute o refrão que nós vamos cantar: olê, olê, Olê, olá, Lula, Lula...!!
Chico Barauna
30-10-2011.