Ao celebrar a vitória esmagadora – comparável às que Lula aplicou ao Padim Pade Cerra e a Alckmin -, Cristina prestou homenagem ao marido e antecessor, Néstor.
Foi Néstor quem enfrentou os bancos e os submeteu a dieta magra ao pagar a dívida.
Na verdade, de todos os países latino-americanos que quebraram na crise da dívida, Néstor foi o único rebelde.
O Brasil, como se sabe, foi o melhor aluno do FMI – FHC o visitou, de pires na mão, três vezes – e vendeu quase tudo que o bancos mandaram privatizar.
FHC não conseguiu, como previa, vender a Petrobrax, o Banco do Brasil e a Caixa – clique aqui para ver os documentos do Ministério da Fazenda do Farol que mandavam torrar o Banco do Brasil e a Caixa.
Como diz o Delfim, o Fernando Henrique vendeu o patrimônio e aumentou a dívida.
Um jenio !
E ainda levam ele a sério – clique aqui para ler (ou leia abaixo) “FHC quer entrar na periferia; resta saber se a periferia deixa entrar”.
Néstor Kirchner pagou a dívida como quis – com o mínimo de prejuízo para o povo argentino.
Nessa altura, o PiG (*) argentino e brasileiro transformaram Néstor em Chávez com a fantasia de Diabo.
Outro fato fundamental na crônica do casal Kirchner é que jamais renunciaram à condição de peronistas.
Que os colonistas (**) do PiG tratam de “populistas”, ou seja, os políticos que dão prioridade aos interesses do povo.
O peronismo é um movimento amplo, aberto, que dá sustentação ao partido de massa.
Nele cabe muita coisa.
Couberam a Isabelita Peron e o fascista López Rega, e o neolibelês (***) Carlos Menem, o FHC deles.
Menem só não vendeu o tango, porque é imaterial.
Dizem que ele pretendeu entregar os direitos autorais do “Cambalache” à tucana Assembléia Legislativa de São Paulo.
Uma doação sem custos.
Menem fez um governo radicalmente neolibelês.
Como faria o Tony Palocci, se tivesse mandado no Brasil.
Néstor e Cristina recolocaram o peronismo no trilho trabalhista, que combate os privilégios daqueles que Evita Perón chamava de “oligarcas de mierda”.
Em homenagem aos oligarcas brasileiros, o Conversa Afiada reproduz trecho do discurso da vitória de Cristina.
(Não deixe de ler “Como Cristina trata o PiG argentino – aos tapas”.
Como se sabe, a Argentina deu um prazo de 48 horas para a família Civita deixar o país. )
Disse a peronista vitoriosa:
“Yo les digo a todos los argentinos que siento la inmensa responsabilidad de llevar adelante y conducir a la República Argentina a que viva una historia diferente a la que nos tocó vivir en el pasado”, dijo Fernández en un discurso con la voz quebrada ante cientos de militantes que llenaron el auditorio del hotel Intercontinental de Buenos Aires. Mientras tanto, en la Plaza de Mayo decenas de miles de manifestantes cantaban y bailaban para celebrar su triunfo.
En diversos pasajes de su discurso, Fernández recordó a su marido y antecesor en el cargo, Néstor Kirchner (2003-2007), que falleció hace casi un año. “Ahora es fácil cuando todo cambió y el mundo está patas para arriba, pero cuando él decía esas cosas antes era una voz solitaria y condenada”. También destacó que Argentina ha progresado desde 2003, pero reconoció “todo lo que falta”, sin dar mayores precisiones.
La presidenta de Argentina apeló a la “vocación patriótica” de todo el “pueblo” para consolidar las reformas que ella ha emprendido. De todos modos, reconoció “hay intereses que quieren regresar a otros modelos”, en referencia a la receta neoliberal que el propio peronismo aplicó en la década de los 90.
Fernández también agradeció las llamadas de felicitaciones que recibió de los “compañeros”, los presidentes de Brasil (Dilma Rousseff : “me dijo palabras muy dulces”, especificó la líder peronista), Venezuela (Hugo Chávez), Uruguay, (José Mujica) y Paraguay (Fernando Lugo). También mencionó las llamadas de los “amigos” presidentes de Chile (Sebastián Piñera) y de Colombia (Juan Manuel Santos).”
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
Leia aqui (só pra lembrar...)
FHC e Serra iam vender tudo: BB, Caixa e a jóia da coroa, a Petrobrás
- Publicado em 10/09/2010
O Conversa Afiada já demonstrou que o Governo FHC/Serra quis vender tudo.
Um documento oficial do Governo FHGC/Serra mostra o que estava na pedra para ser passado nos cobres: Banco do do Brasil, Caixa, Petrobrás …
Ia sobrar o Pão de Açúcar, que o Governo FHC/Serra provavelmente ia sub-locar à Disney.
Não esquecer também de ver, amigo navegante, num post sobre todos os erros do Serra, as fotos comoventes da privatização da Light, em que Serra se rejubila com a Rainha da Privatização, Elena Landau, que trabalhou com Daniel Dantas.
São momentos de cortar o coração (de raiva).
O blog Amigos do Presidente Lula – que a dra Cureau quis calar - tratou de um comício em que o presidente Lula – Por que o Serra não faz comício, só passeata ? -, acusa o Governo FHC/Serra da mesma coisa: querer vender tudo.
E lá estou outras provas documentais.
“PSDB quis vender a Petrobras, o BB e a Caixa”, diz Lula
No comício da campanha de Dilma Rousseff, sem a presença da candidata Dilma, em Ribeirão Preto (SP), o Presidente Lula pediu aos tucanos que parassem de “blasfemar na televisão” e comparassem seu governo ao de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). E aludiu uma posição desconfortável: “Ficavam todo dia de quatro diante do FMI! Fomos nós que mandamos o FMI embora… Eles hoje nos devem 14 bilhões de dólares”, bradou o líder petista, no centro da cidade do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, um dos presentes ao palanque.
“Aprenderam a vender o que não era deles, o bem público deste País”, acrescentou Lula, na hora de sacar uma das suas estratégias na campanha de 2006: “Queriam vender a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal! Quando nós chegamos, estava tudo endividado”. Segundo o presidente, é “hora do pão-pão, queijo-queijo”.
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