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17/10/2011
O que gera o "Occupy Wall Street"
DEo Tijolaço - 16/10/2011
Os Estados Unidos, terra da prosperidade, “Eldorado” para jovens de toda a América Latina que queriam “fazer a América” e se submetram a décadas de imigração clandestina atrás de uma oportunidade, não são mais este sonho.
Segundo uma pesquisa do Gallup, 30% dos americanos entre 18 e 29 anos estão desempregados. Uma taxa três vezes maior que os 9% oficiais de desocupação registrados pelo governo americano.
A indignação, por lá, nada tem a ver com os grupos de classe média que aqui se mobilizam, na esteira da mídia, em protestos contra a corrupção.
O “american way of life” parece apenas uma lembrança cada vez mais vaga.
O acesso a itens básicos como saúde, moradia e alimentação, diz a pesquisa, já caíram aos piores momentos da crise de 2008.
Com a diferença que os índices baixos, que vieram ao final da crise, agora surgem já no início dela.
E não depois, mas antes de uma eleição presidencial.
O que está acontecendo por lá, como na Europa, não é um movimento “folclórico”, de contra-cultura capitalista.
É a crise e a volta de uma história de ciclos, que a ideologia neoliberal pretendeu declarar encerrada – o célebre “fim da História”, do charlatão Fukuyama – por uma prosperidade regida pela sabedoria do mercado.
Como a Terra que queriam fixa, imóvel, no centro do Universo, ela se move. Não mecânica ou determinadamente, como se supôs nas utopias.
Mas inexoravelmente, movida pelo instinto de sobrevivência das coletividades e do desejo humano de justiça e felicidade.
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