.31/05/2012A espiral da loucura na mídia
Do Cafezinho - 30/05/2012 Miguel do Rosário
A mídia enlouqueceu. No dia seguinte em que a CPI do Cachoeira quebra o sigilo nacional da Delta, num gesto corajoso contra a corrupção, e um senador é oficialmente questionado na tribuna por sua bandidagem, os jornalões estampam manchetes com declarações totalmente desequilibradas de Gilmar Mendes.
Mendes não demonstra a menor preocupação com o Brasil. Para ele, o país é uma espécie de Diamantino ampliada. Em sua cidade natal, onde sua família exerce o poder político de facto, Mendes tem o controle da mídia e posa de todo-poderoso. O que é absurdo numa cidade pequena, todavia, é infinitamente mais em escala nacional.
O Globo online de hoje estampa em sua capa:
É inacreditável. A Venezuela está vivendo um processo eleitoral. Um representante da alta corte do judiciário falar uma barbaridade dessas constitui uma agressão pública e gratuita ao presidente da república de um país com o qual mantemos excelentes relações diplomáticas e comerciais. A entrevista de Gilmar é repleta de leviandades.
Vamos analisar a entrevista “exclusiva” de Mendes e tentar trazer um cadinho de bom senso a esta espiral de loucura que Mendes, com ajuda da mídia, está provocando no país. Não temos como fugir disso. As palavras de Gilmar estão em todos os jornais, rádios e canais de TV.
A entrevista segue em negrito, meus comentários, em fonte normal.
O GLOBO: Como foi a conversa com o presidente Lula?
GILMAR MENDES: Começou de forma absolutamente normal. Aí eu percebi que ele entrava insistentemente com tema da CPMI, dizendo do controle, do poder que tinha. Na terceira ou quarta vez que ele falou, eu senti-me na obrigação de dizer pra ele: “Eu não tenho nenhum temor de CPMI, eu não tenho nada com o Demóstenes”.
Ué, a CPI tem participação de todos os partidos de oposição. Se há provas contra Gilmar Mendes nos autos, Lula seria capaz de controlar PSDB, DEM e PSOL? Tudo bem que o governo tem maioria, mas os membros da oposição tem a proteção sagrada que o parlamento, inclusive na CPI, reserva às minorias. Álvaro Dias, do PSDB, se prestaria a silenciar alguma coisa contra Gilmar na CPI por ordem de Lula? Não tem sentido.
Outra coisa: Gilmar revelou o desespero de quem tem culpa no cartório. Se Lula falava da CPI, é porque é o principal assunto do momento. Gilmar queria que Lula falasse do que? Das fotos da Carolina Dickmman? Gilmar diz que “sentiu-se na obrigação” de se explicar. Ora, só se sente na obrigação de se explicar quem tem culpa no cartório.
Isso soou a ele como provocação?
GILMAR: Isso. A reação dele foi voltar para a cadeira, tomou um susto. E aí ele disse: “E a viagem a Berlim? Não tem essa história da viagem a Berlim?” Aí eu percebi que tinha uma intriga no ar e fiz questão de esclarecer.
Que historinha mal contada! Lula tomou susto com quê? Quem está sob suspeita (mesmo que em tese) aqui é Gilmar, e Lula é quem toma susto? Quanto à viagem à Berlim, se Gilmar tem a consciência tranquila, qual o problema? Gilmar efetivamente tinha relações com Demóstenes Torres, mais do que com outros senadores. E Demóstenes tinha relações com Gilmar, mais do que com outros ministros. Isso é inegável, e de fato não comprova culpa nenhuma. Mas é evidente também que arrasta Gilmar para um processo político, visto que Demóstenes foi desmascarada como um grande bandido. Lula tem culpa disso? Lula não pode mencionar isso?
Antes disso ele tinha mencionado o mensalão?
GILMAR: É. Aqui ocorreu uma conversa normal. Ele disse que não achava conveniente o julgamento e eu disse que não havia como o tribunal não julgar neste ano. Visões diferentes e sinceras. É natural que ele possa ter uma avaliação, um interesse de momento de julgamento.
Ué, se Gilmar acha normal que ele possa ter uma avaliação, então onde está a “chantagem”? Por que ele ataca o ex-presidente por causa disso?
Isso é indício de que o presidente Lula não se desprendeu do cargo?
GILMAR: Não tenho condições de avaliar. Posso dizer é que ele é um ente político, vive isso 24 horas. E pode ser que ele esteja muito pressionado por quem está interessado no julgamento.
A pergunta é capciosa. Não existe isso de “se desprender do cargo”. Lula hoje é um cidadão comum. Não é mais presidente da república. A resposta de Gilmar, por sua vez, é positivamente idiota. “Lula é um ente político, vive isso 24 horas”. Ora, agora ele faz ilação do que Lula faz ou pensa em suas 24 horas?
Na substituição de dois ministros, acha que as nomeações podem atender a um critério ideológico?
GILMAR: É uma pressão que pode ocorrer sobre o governo. Toda minha defesa em relação ao julgamento ainda este semestre diz respeito ao tempo já adequado de tramitação desse processo. O presidente Ayres Britto tem falado que o processo está maduro. Por outro lado, a demora leva à ausência desses dois ministros que participaram do recebimento da denúncia e conhecem o processo, que leva à recomposição do tribunal sob essa forte tensão e pressão, o que pode ser altamente inconveniente para uma corte desse tipo, que cumpre papel de moderação.
Gilmar está jogando a reputação do STF na lama. Ele age como se fosse o dono do STF. Ele também faz uma ilação totalmente inapropriada sobre “pressão que pode ocorrer sobre o governo”. Ora, tudo é sempre “pode”, “se”. Não contente de politizar um tema que um ministro do STF deveria evitar ao máximo abordar, visto que o julgará em breve, Gilmar deita a falar de outros ministros, fazendo todo tipo de insinuação descabida. Ele trabalha para desprestigiar ministros que ainda nem foram nomeados!
A partir da publicação da conversa do presidente Lula com o senhor, os ministros do STF estariam pressionados a condenar os réus, para não parecer que estão a serviço de Lula?
GILMAR: Não deve ser isso. O tribunal tem credibilidade suficiente para julgar com independência (…) O que me pareceu realmente heterodoxo, atípico, foi essa insistência na CPMI e na tentativa de me vincular a algo irregular. E de forma desinformada.
Ué, Gilmar mesmo falou que Lula vinha apenas mencionado a CPI. Quem abordou as suspeitas de algo irregular, segundo Gilmar, foi ele mesmo, Gilmar. Releia a entrevista e confira.
Quem está articulando o adiamento do mensalão dá um tiro no pé?
GILMAR: Acho que sim. E talvez não reparar que o Brasil não é a Venezuela de Chávez… ele mandou até prender juiz. Um diferencial do Brasil é ter instituições estáveis e fortes. Veja a importância do tribunal em certos momentos. A gente poderia citar várias. O caso das ações policialescas é o exemplo mais evidente. A ação firme do tribunal é que libertou o governo do torniquete da polícia. Se olharmos a crise dos jogos, dos bingos, era um quadro de corrupção que envolvia o governo. E foi o Supremo que começou a declarar a inconstitucionalidade das leis estaduais e inclusive estabeleceu a súmula. Eu fui o propositor da súmula dos bingos.
Gilmar cometeu uma terrível infração ética ao insultar, gratuitamente, o presidente Chávez. Entendemos que Mendes é conservador e odeia Chávez. Mas Chávez não lhe fez nada de mal, não está envolvido na crise que ele, Gilmar, criou. Chávez não está envolvido com o mensalão nem com Demóstenes Torres nem com Cachoeira. Gilmar Mendes agiu com vulgaridade, como se fosse um falastrão conversando fiado num boteco, e não um ministro do Supremo Tribunal Federal dando entrevista para o jornal O Globo. O Judiciário é um poder republicano, que deve evitar se envolver em política, quanto mais produzir um atrito diplomático com um país vizinho, e no exato momento em que este país vive um processo eleitoral. Gilmar por acaso é especialista em Venezuela. Se o tema da entrevista fosse o judiciário da Venezuela, se Chávez não fosse mais presidente da república, Mendes poderia ter feito esta acusação, mas teria que embasá-la em informações muito detalhadas e consistentes, para não passar impressão de leviandade. Da maneira que fez, cometeu um ato de extrema impropriedade.
Depois que o ministro Jobim o desmentiu, o senhor conversou com ele?
GILMAR: Sim. O Jobim disse que o relato era falso. Eu disse: “Não, o relato não é falso”. A “Veja” compôs aquilo como uma colcha de retalhos, a partir de informações de várias pessoas, depois me procuraram. Óbvio que ela tem a interpretação. O fato na essência ocorreu. Não tenho histórico de mentira.
Esse trecho é uma pérola de caradurismo. Jobim desmentiu Gilmar, ponto. Jobim não disse jamais que não houve encontro. Os três conversaram e supõe-se que falaram de política. O que Jobim afirmou, repetidamente, foi que a conversa não correu “neste sentido”, ou seja, do sentido apontado por Gilmar e Veja. Não houve chantagem. Não entendi o que Gilmar fala sobre “colcha de retalhos” e de “interpretação”. Quer dizer que a Veja tenta manchar a honra de um ex-presidente, do homem mais amado pelo povo brasileiro, e Gilmar se limita a dizer, cinicamente, que “ela tem a interpretação”. Ou seja, Gilmar se exime de responsabilidade pela reportagem da Veja? Agora… dizer que “não tem histórico de mentira” é uma frase que, obviamente, qualquer mentiroso diria.
O julgamento já está em curso?
GILMAR: Sim, de certa forma. Por ironia do destino, talvez essas tentativas de abortar o julgamento ou de retardá-lo acabou por precipitá-lo, ou torná-lo inevitável.
Abortar o julgamento? Quem quer abortar o julgamento? Mendes fala como se o Brasil estivesse preocupado com o mensalão. Não está.
O momento é de crise?
GILMAR: Está delicado. O país tem instituições fortes, isso nos permite resistir, avançar.
Tem instituições fortes, sim. Mas não há instituição forte que resista às investidas alopradas de um ministro alucinado.
Tem uma ação deliberada de tumultuar processos em curso?
GILMAR: Ah, sim.
Ãh?
Existe fixação da figura do senhor?
GILMAR: Isso que é sintomático. Ficaram plantando notícias.
Oh, que perseguição. Por que será que as pessoas perseguem exclusiva e unicamente Gilmar Mendes? Logo ele, o único Homem Bom do STF?
Qual o motivo disso?
GILMAR: Tenho a impressão de que uma das razões deve ser a tentativa de nulificar as iniciativas do tribunal em relação ao julgamento desse caso.
Que besteira inominável.
Mas por que o senhor?
GILMAR: Não sei. Eu vinha defendendo isso de forma muito enfática (o julgamento do mensalão o quanto antes). Desde o ano passado venho defendendo isso. O tribunal está passando por um momento muito complicado. Três juízes mais jovens, recém-nomeados, dois dos mais experientes para sair, uma presidência em caráter tampão. Isso enfraquece, debilita a liderança. Já é um poder em caráter descendente.
Gilmar está tão alucinado que agora desanda a desqualificar, gratuitamente, outros ministros do Supremo. São “mais jovens”, ou seja, são incapazes? Diz que Ayres Brito é um presidente “tampão”, expressão altamente desrespeitosa, visto que a importância de um magistrado não se liga ao tempo em que permanece na presidência do STF, e sim pela lisura, sobriedade e competência com que exerce sua função. O que é “um poder em caráter descendente”? O STF? Ayres Brito? Gilmar está completamente louco.
Um tribunal com ministros mais recentes é mais fraco que um com ministros mais experientes?
GILMAR: Não é isso. Mas os ministros mais recentes obviamente ainda não têm a cultura do tribunal, tanto é que participam pouco do debate público, naturalmente.
Gilmar continua desqualificando ministros do Supremo. Nenhum ministro do STF é menor porque é mais jovem ou está há menos tempo no cargo. E a função de um ministro não é “participar do debate público”, e sim exercer a sua função de maneira justa nos julgamentos que lhe compete participar.
Dizem que os réus do mensalão querem adiar o julgamento para depois das substituições.
GILMAR: Esse é um ponto de ainda maior enfraquecimento do tribunal. Sempre que surge nova nomeação sempre vêm essas discussões acerca de compromissos, que tipo de compromissos teria aceito. Se tivermos esse julgamento, além do risco de prescrição no ano que vem, vamos trazer para esses colegas e o tribunal esta sobrecarga de suspeita.
Gilmar denigre a honra de juízes que sequer foram nomeados. Ou seja, ele lança insinuações contra ministros de maneira aleatória, gratuita. Segundo ele, se o STF não agir da maneira que ele, Gilmar, entende, estará sob suspeita. É muita arrogância.
Haverá suspeita se a indicação deles foi pautada pelo julgamento?
GILMAR: Vai abrir uma discussão desse tipo, o que é altamente inconveniente nesse contexto.
Continua a denegrir o STF e juízes que sequer forem nomeados. Digamos que um ministro tenha algum problema familiar e renuncie, e a presidenta Dilma nomeia um novo: antes de assumir, este ministro já está condenado moralmente por Gilmar Mendes.
O voto do senhor na época da denúncia não foi dos mais fortes…
GILMAR: Não. É uma surpresa. Por que esse ataque a mim? Em matéria criminal, me enquadro entre os mais liberais. Inclusive arquei com o ônus de ser relator do processo do Palocci, com as críticas que vieram, fui contra o indiciamento do Mercadante, discuti fortemente o recebimento da denúncia do Genoino lá em Minas. Ninguém precisa me pedir cautela em termos de processo criminal. Combato o populismo judicial, especialmente esse em processos criminais, denuncio isso.
Aí ele passa a se autoelogiar, após a bola ser levantada pelo repórter. Gilmar, o liberal, o justo, o moderado. Aqui entra a frase de Cervantes, que o Fernando Brito gostava sempre de repetir: “Elogio em boca própria é vitupério”. Se Gilmar foi correto em seus julgamentos, não fez mais do que sua obrigação, visto que ganha muito bem para isso. Entretanto, o repórter poderia ter lembrado que Gilmar emitiu dois Habeas Corpus em menos de 24 horas para o banqueiro Daniel Dantas, condenado a 10 anos de prisão pelo juiz Fausto De Sanctis. Nenhum outro brasileiro, na história, teve tamanha regalia.
Todas as figuras que o senhor citou são petistas proeminentes. Por que querem atacar o senhor agora?
GILMAR: Desde o início desse caso há uma sequência de boatos, valendo-se inclusive desse poder perverso, essa associação de vazamentos, Polícia Federal, acesso de CPI. Como fizeram com o (procurador-geral da República, Roberto) Gurgel, de certa forma.
Gilmar tenta associar-se a Gurgel, as duas vítimas dos lobos do mensalão… O repórter deveria também argumentar: se o senhor é inocente e ilibado, porque temer “vazamentos, Polícia Federal, acesso de CPI”? Quem não deve, não teme.
Um ex-presidente empenhado em pressionar o STF não mostra alto grau de desespero com a possibilidade de condenação no mensalão?
GILMAR: É difícil classificar. A minha indignação vem de que o próprio presidente poderia estar envolvido na divulgação de boatos. E a partir de desinformação, esse que é o problema.
Olha só que irresponsabilidade. Ele diz que “o presidente poderia estar envolvido na divulgação de boatos”. Poderia? Que tipo de ministro é esse que acusa um ex-presidente a partir de uma hipótese?
Ele pode ter sido usado?
GILMAR: Sim, a sobrecarga… Ele não está tendo tempo de trabalhar essas questões, está tratando da saúde. Alguém está levando esse tipo de informação. Fui a Berlim em viagem oficial. Por conta do STF. Pra que ficar cultivando esse tipo de mito? São historietas irresponsáveis. Qualquer agente administrativo saberia esclarecer isso.
E aí temos o lado mais surreal de toda essa história. Gilmar, mídia, e todos que entraram nessa canoa, começam a tecer acusações a partir de uma hipótese. Gilmar inclusive se arvora em conhecedor dos hábitos e do tempo de Lula, ao afirmar que “não está tendo tempo… está tratando da saúde”.
Esses ataques não atingem o STF?
GILMAR: Claro, evidente. O intuito, obviamente, não é só me atingir, é afetar a própria instituição, trazê-la para essa vala comum.
Olha, o sujeito joga o nome do STF no esgoto e vem acusar os outros de atingir o STF.
*
Tão ou mais irresponsáveis do que Gilmar Mendes, são os órgãos de mídia que estão praticando todo tipo de manipulação a partir da bola levantada por Gilmar Mendes. No blog do Eduardo Guimarães, eu acabo de saber que o Globo cometeu o acinte de divulgar, em seu twitter, uma hashtag contra Lula, e isso no momento mais nervoso da crise politica provocada por Gilmar Mendes.
No Estadão, onde Mendes também figurou na capa, temos uma entrevista ainda mais barra pesada e irresponsável. Confiram esse trecho.
sobre o fato de o ex-ministro Nelson Jobim não ter confirmado a suposta tentativa de Lula de intimidá-lo, respondeu: “Se eu fosse Juruna eu gravava a conversa, né? Ficaria interessantíssimo. Estou dizendo a vocês o que ocorreu. Posso ter uma interpretação errada, é um relato de uma conversa de quase duas horas. Mas os senhores sabem de uma coisa: eu não tenho a tradição de mentir. Eu posso até interpretar os fatos, mas os senhores não me viram me desmentindo ao longo da minha carreira.”
Gilmar, visivelmente, está recuando, deixando um rastro de insanidade atrás de si. Agora ele afirma que pode ter feito “uma interpretação errada”? Agora diz que “posso até interpretar os fatos”? Como é possível atacar a honra de uma pessoa como Lula, com base uma interpretação que ele mesmo admite que pode estar errada?
Na Folha, previsivelmente, Gilmar também dá as cartas. Sua acusação é capa do jornal:
A tese de Gilmar é sofrível, ridícula, caricatural. Ele acusa Lula e Lacerda de serem fonte de “intrigas” contra ele, para melar o julgamento dos réus do mensalão. Perguntado de onde provinha essa informação, Gilmar disse que “jornalistas” lhe contaram. E fala que “gângsteres” espalham rumores sobre ele. Ora veja. Demóstenes Torres está sendo acusado, com provas, de ser um senador-gângster, sócio de uma máfia que corrompeu centenas de pessoas e desviou milhões de reais dos cofres públicos, e a Folha e Gilmar (e todos os jornais) dão manchete botando Lula como vilão. É uma loucura total. Gilmar Mendes, o maior gângster da história do judiciário brasileiro, posa para mídia como denunciador de gângsteres que espalham boatos. Quem é gângster, segundo Mendes? Pessoas comuns, que lutam para ganhar a vida, e comentam em blogs sobre as citações de Gilmar no relatório da PF sobre o esquema Cachoeira?
A Folha dá prosseguimento à canalhice nesta quarta-feira:
A estratégia é sórdida, e ao mesmo tão banal. Uma manipulação tão previsível! Os tais membros do governo, como era de se esperar, é uma fonte anônima, e a matéria pressupõe que a acusação contra Lula foi confirmada, o que não é verdade. Tanto Lula como Jobim, única testemunha, negaram o teor da conversa. Ou seja, perderam qualquer noção de bom senso, imparcialidade. Piraram de vez, embora se possa apontar, como fizeram com Hamlet, bastante lógica por trás desta insanidade…