12/05/2012
Dois cenários do Brasil, por Cláudio Lembo
Por AndreB
Do Terra Magazine
Dois cenários
Por Claudio Lembo
O caso Cachoeira mexe com todos os segmentos da sociedade. Nada ficou incólume. Instituições diversas foram atingidas. Personalidades diferentes ingressaram no cipoal. Nada escapou.Um desastre moral. Uma análise de situação demonstra a fragilidade das personalidades públicas. Por uma taça de champanhe jogam no lixo reputação – se tiverem – e as próprias carreiras.
Não pode um administrador público praticar determinados atos. Representa a coletividade. Deve dar exemplo. O caso Cachoeira aponta para falhas morais de diversos agentes.
Inclusive instituições destinadas a preservar a boa governança acabaram atingidas. O Ministério Público, guardião da moralidade publica, vê um seu membro envolvido. E se cala.
O Conselho Nacional do Ministério Público, de oficio, deveria avaliar o custo do desvio de comportamento de um de seus integrantes, mesmo que este não esteja no exercício de suas funções originárias.
O senador, membro do Ministério Público, representa sua instituição, ainda que dela estiver afastado em razão do mandato popular. Os desvios praticados, no exercício de suas funções, atingem toda a classe.
No entanto, até agora, há silêncio no parque de origem – Goiás – assim como nas instâncias federais. Não pode existir espírito de corpo em determinadas ocasiões.
A preservação da imagem do Ministério Público é fundamental para o bom exercício da democracia. Desde 1988, quando recebeu importantes funções, o Ministério Público é órgão essencial da vida pública do País.
Lamenta-se, em nome da sociedade, o incomodo silêncio. Espera-se atitudes nos próximos dias. É impossível que os promotores e procuradores se mantenham silentes neste momento político.
Mas, se no campo do legislativo, particularmente do Senado Federal, os acontecimentos perturbam as consciências da nacionalidade, o Poder Executivo oferece demonstração de coragem e firmeza.
Jamais o sistema bancário brasileiro mereceu reprimendas das autoridades. Só benesses. Salvaram instituições. Liquidaram muitas outras. Incentivaram incorporações e fusões. O destinatário dos serviços bancários – a coletividade – jamais foi lembrado. Só ônus. Juros excessivos. Taxas de serviços elevadas. Nenhum gesto de solidariedade social.
A presidenta Dilma, sem vínculos empresariais, originária das lutas sociais, teve a ousadia de ingressar em tema proibido: a taxa de juros. Este ato, por si só, conduz a presidente Dilma para patamar elevado.
Disse, há pouco, um brasilianista, que o Brasil é feliz na escolha de seus últimos presidentes. É verdade Lula e Dilma alteraram a fisionomia da sociedade. Atingiram o cerne de questões seculares.
Como é venturoso poder viver período tão sadio da História administrativa. Este sentimento é unânime. Vai por permeando todos os setores da coletividade.
Aguarda-se que o Senado da República aja com independência e firmeza no caso Cachoeira e que o Ministério Público não se omita, quando um de seus membros se envolve em situações inexplicáveis.
Chegou-se com firmeza neste Século XXI. Alterou-se a fisionomia social tão adversa. Existem ainda mazelas. Porém, foram colocadas a descoberto. Nada mais é escondido.
A riqueza de uns e a pobreza de outros hoje são conhecidas. A liberdade produziu efeitos notáveis na vida dos brasileiros.
Não há lugar para privilegiados em um regime democrático. A lei é a mesma para todos. Magistrados, membros do Ministério Público, políticos com mandato e cada cidadão individualmente.
Os maus devem ser afastados do convívio dos bons.
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