domingo, 20 de maio de 2012

Contraponto 8201 - "Por enquanto, CPMI sem cheiro de pizza"

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Nada indica, até agora, que a CPMI terminará em pizza.

Pelo contrário, a partir de sexta-feira parece que baixou a sabedoria nos seus integrantes e deixou-se de jogar para a torcida.

A CPMI exige investigação e, como tal, técnicas de análise. Na primeira fase – da apuração de dados e sua contextualização - não se pode jogar para a plateia. Há que se debruçar sobre os dados – e eles estão chegando -, analisá-los, confrontá-los com os fatos extra-CPMI e levantar o contexto, o relato.

Nesses momentos iniciais, não há muito a mostrar e isso provoca dois tipos de pressão. De um lado, militantes da blogosfera querendo resultados rápidos; de outro, atores oportunistas, recém-chegados ao jogo, loucos para se firmar com o sensacionalismo que o tema suscita e, para tanto, dispostos a embaralhar o jogo.

Se se for atender a essa febre por resultados imediatos, dá-se com a cara na parede. Será possível montar escândalos em cima de meras suspeitas – mesmo que bastante fundadas. Excesso de escândalo vazio agora apenas ajudará a diluir o impacto das denúncias baseadas em dados reais, que existem e chegarão à CPMI.

Cabe à blogosfera a pressão para que não termine em pizza mas, principalmente, a divulgação dos fatos que forem sendo apurados. Mas o ritmo tem que ser ditado pela CPMI, de modo profissional, à luz dos fatos que forem surgindo.

Daí a importância da CPMI retomar as rédeas do processo.

É um jogo complexo, que não comporta amadorismo.

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