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24/04/2016
STF dá asas ao barbarismo golpista: “Yes, we have bananas!”
Palavra Livre - 24/04/2016
- 24/04/2016
Por Davis
Sena Filho
Celso
de Mello, Gilmar Mendes,
Dias Toffoli, Rosa Weber, Edson Fachin, dentre outros do STF, são
partícipes do golpe e os
maiores responsáveis pelo deputado Eduardo Cunha, um gangster que
liderou o
golpe de estado na Câmara contra a presidenta constitucional, Dilma
Rousseff,
eleita pelo PT com 54,5 milhões de votos, ainda esteja solto porque até
hoje não foi destituído do poder para depois ser julgado. Realidade esta
que, sobremaneira, não
vem ao caso ou se trata de um fato irrelevante para esses juízes
omissos, conforme perceberam
milhões de brasileiros, que não compactuam com o golpe de estado e não
desejam
que seus votos sejam ultrajados e invalidados.
Um golpe tenebroso, sombrio e
violento, cujos juízes do STF são cúmplices e associados aos golpistas, que
efetivam suas ações criminosas nos âmbitos da Procuradoria Geral da República,
do Congresso, do TCU, do TSE, da Polícia Federal e da imprensa de negócios
privados, o segmento mais vil, corrupto e historicamente golpista de todos os
setores da economia e da política, porque sabemos que o sistema midiático
privado dos magnatas bilionários é o maior e o mais poderoso partido de direita
do Brasil, que desde 2003, a ferro e fogo, combate os governos trabalhistas do
PT, como fizeram no passado contra os presidentes Getúlio Vargas e João
Goulart.
Celso de Mello, do alto de seu
conservadorismo atávico e de seu reacionarismo adornado pelos punhos de renda
aristocráticos, afirmou, como se todo mundo fosse idiota ou acredita nele,
porque se trata de um juiz do Supremo, que a votação do impeachment da
presidenta Dilma não foi golpe, certamente porque o processo seguiu o rito
determinado pela Constituição, o que é o óbvio ululante. E daí? Não é
necessário ser um gênio para se compreender que ritos existem, mas eles têm de
ser efetivados conforme o mérito – a questão.
Todavia, este golpe não tem mérito,
porque ele é criminoso pelo fato de não existir o dolo – o crime. Dilma
Rousseff não cometeu crime de responsabilidade. Ponto. Portanto, trata-se de um
golpe de estado pintado com o verniz da falsa legalidade. Esse processo
dantesco é uma farsa, pois a maior fraude jurídica e parlamentar da história do
Brasil, que tem a cumplicidade vergonhosa da maioria dos juízes do STF. O
Supremo é omisso e golpista, assim como coopera para que 54,5 milhões de votos
de cidadãos brasileiros sejam solenemente invalidados.
Nenhum cidadão contribuinte, além
de eleitor, merece um STF tão elitista, pusilânime, omisso, conspirador e
golpista. Inaceitável! O STF se partidarizou e se ideologizou, sendo que a
maioria de seus magistrados se aliou aos interesses da alta burguesia nacional,
sócia histórica da plutocracia mundial, que apresenta suas garras e presas por
intermédio da banca internacional, onde vicejam banqueiros que lutam para
restabelecer a velha ordem financeira internacional, que se edificou na década
de 1970 e se sedimentou em meados da década de 1980, o que vem a ser chamado de
neoliberalismo, que visa, principalmente, diminuir e enfraquecer os estados
nacionais para instituir o protagonismo das grandes corporações privadas, que
não tem nenhum compromisso com as sociedades, a não ser apenas com o lucro.
Esse processo vampiresco é nítido, pois visível. Só não enxerga quem não quer.
Contudo, a questão primordial para
Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, por exemplo, três dos juízes que
por suas declarações apoiam o golpe jurídico-parlamentar contra uma mandatária
constituída pelo voto soberano do povo brasileiro, a hipotética cassação do mandato
de Dilma Rousseff se baseia nos “cânones estabelecidos na Constituição”, como
eles, impolutamente, asseveraram do alto de suas índoles de príncipes
intocáveis da República. Ora meça!
O rito do impeachment (golpe)
existe e é constitucional. Na Constituição também consta sobre pena de morte e
traição à Pátria. E daí? A questão é o mérito para destituir (golpe) a
presidente da República que não cometeu crimes de responsabilidade, sendo que a
acusação imputada à mandatária se baseia em “pedaladas” fiscais, que é uma
reengenharia de alocação de recursos públicos, sem, no entanto, prejudicar o
Orçamento da União e o povo brasileiro. Se as “pedaladas” fossem o motivo para
dar golpes em presidentes, Lula,
Fernando Henrique, Itamar Franco e todos seus antecessores também seriam alvos
de impeachment. Vou mais além, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama
e George W. Bush não terminariam seus mandatos.
A verdade é que Dilma e Lula
estão presos em uma armadilha. A mandatária teve seu segundo mandato sordidamente
boicotado e sabotado ao ponto de ser impedida de nomear seus auxiliarem, como
no caso de Lula para ministro da Casa Civil, além do ministro da Justiça que
sucedeu José Eduardo Cardozo, que foi destituído do cargo. E digo mais: até
juízes de primeira instância, sucessivamente, concederam liminares para impedir
a nomeação de Lula, bem como a tentativa de um juíza de província que há pouco
tempo assinou liminar para retirar do cargo o atual ministro da Justiça,
Eugênio José Guilherme de Aragão.
A mobilização do sistema
judiciário (Justiça, MPF e PF) para sabotar o governo constituído legalmente é
algo para se pensar e ponderar até que ponto o sistema democrático de um País
da grandeza e da importância do Brasil pode ficar refém de servidores públicos
que ocupam cargos de poder e mando pagos pelo contribuinte, mas que ora se
voltam contra as leis constitucionais, a derrubar os alicerces do Estado
Democrático de Direito.
Golpe praticado de forma
dissimulada, escamoteada e sorrateira, mas com verniz de legalidade quando, na
verdade, estão a processar um golpe bárbaro e a levar o Brasil à humilhação e à ridicularidade em
âmbito mundial, porque a casa grande brasileira é bárbara, provinciana e,
consequentemente, bananeira, sendo que tais juízes, com poucas exceções, são
golpistas partidarizados, associados à oposição de direita liderada pelo PSDB,
a fazer, indubitavelmente, o jogo bananeiro das “elites” de almas escravocratas
e perversidade ímpar, a transformar a sétima maior economia do mundo em terra
sem ordem, porque é na desordem constitucional e institucional que os ricos e
os muitos ricos ganham mais dinheiro e mantém a maioria do povo na senzala, no
que tange aos seus direitos civis, trabalhistas e financeiros. Idiota é aquele
que acredita em uma Justiça bananeira e golpista como a que viceja no Brasil.
Por sua vez, milhões de brasileiros não creem no STF por saber que juízes agem
como príncipes ao invés de se submeterem aos “cânones da Justiça”, como gostam
de afirmar magistrados como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello – o decano
do golpe.
Não é natural e nem normal a
conduta social e profissional, por exemplo, do juiz Catta Preta, de Brasília.
Este senhor publicou em seu facebook textos e fotos lamentáveis, de uma
militância política ordinária, na qual, irresponsavelmente e totalmente dissociado
das questões brasileiras mais prementes, afirma que a derrubada da presidente
Dilma Rousseff faria com que o dólar caísse em seu valor em relação ao real,
fato este que, segundo o juiz provinciano e colonizado, favoreceria àqueles que
desejam viajar para Miami e Orlando, os paraísos dos coxinhas despolitizados e
irremediavelmente preconceituosos, além de filhotes de shoppings e condomínios
fechados.
As declarações de Catta Preta são
de uma leviandade ímpar e de uma despolitização atroz, porque digna de um
verdadeiro, autêntico e genuíno coxinha deslumbrado e pleno de preconceitos vis
e fúteis. Reles coxinha, mas que julga terceiros e decide sobre suas vidas e
futuros. Assevero ainda que os coxinhas em geral são seres alienados, mas ferozes,
pois de índoles fascistas. Eles são todos os dias e há anos engravidados pelos
ouvidos por meio das mídias dos gangsters golpistas travestidos de empresários
midiáticos, que, inclusive, fingem ser “filhos de boas famílias”.
Lamentável. Perceba a quem está
entregue a Justiça deste País. Uma Justiça elitista, distante do povo e
completamente divorciada dos interesses populares, apesar de ser sustentada
pelo cidadão contribuínte. Trata-se da Justiça Catta Preta: a Justiça de punhos de renda e
recalcitrante quanto a se democratizar e a facilitar o acesso da população ao
Poder Judiciário. Os juízes, principalmente dos tribunais superiores, vivem em
um redoma de cristal, realidade esta que faz a população desconfiar de todo e qualquer
togado, que se partidarizou e escolheu o lado golpista da história. Sem justiça
não há paz! Sem paz não há condições de qualquer sociedade ser civilizada.
Além
disso, certo dia
próximo-passado acessei a internet e me deparei com foto do procurador
da Lava
Jato, Carlos Fernando dos Santos. Incrível. O “batman” do Paraná
mostrava uma
camiseta preta com os dizeres "Liga da Justiça" e "República de
Curitiba", além das imagens dele, do juiz de primeira instância, Sérgio
Moro,
e do procurador Deltan Dallagnol, igualmente obsessivo pelos malfeitos
do PT,
mas jamais interessado pelos crimes do PSDB e do DEM. E sabe por quê?
Porque os
crimes da oposição demotucana “não vem ao caso”, como gosta de deixar
bem claro
o juiz de província Sérgio Moro, um dos principais artífices do golpe de
estado
contra Dilma Rousseff, bem como desejoso de prender o ex-presidente
Lula, a fim
de impedir sua candidatura presidencial em 2018, assim como, se puder e
com o
apoio de outros segmentos do Estado partidarizado, extinguir o PT. A
verdade é que essa gente hedonista pensa, equivocadamente, que refundou a
República. Como refundá-la se suas ações são diabolicamente seletivas?
Segundo
os três juízes do Supremo, o processo seguiu as normas definidas pela
Constituição e obedeceu às regras estabelecidas pelo STF. Celso de Mello foi
mais além: “(...) É um gravíssimo equívoco falar em golpe. Falar em golpe é uma
estratégia de defesa. O que eu estou dizendo, estou dizendo a partir do que
nós, juízes da Suprema Corte, dissemos nos julgamentos já ocorridos. Na verdade
é um grande equívoco reduzir-se o procedimento constitucional de impeachment à
figura do golpe de Estado".
E
completou o juiz decano que se atém apenas à letra da Constituição sem analisar
o mérito, que é a ausência de crime de responsabilidade por parte da mandatária
do Brasil: “Portanto, ainda que a senhora presidente da República veja a partir
de uma perspectiva eminentemente pessoal a existência de um golpe, na verdade,
há um gravíssimo equívoco, porque o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados
e o Supremo Tribunal Federal deixaram muito claro que o procedimento destinado
a apurar a responsabilidade da senhora presidente da República respeitou até o
presente momento todas as fórmulas estabelecidas na Constituição. Até agora
transcorreu tudo em perfeita ordem” — afirmou Celso de Mello.
“Tudo
em perfeita ordem”. Perfeita ordem para quem, cara
pálida? Só se for para a oposição golpista e demotucana, aos empresários
da Fiesp e suas
congêneres de outros estados, aos banqueiros, aos latifundiários, ao
agronegócios e à Rede Globo e suas lideradas pertencentes a outros
coronéis
midiáticos, bem como ao sistema judiciário ideologizado à direita e que
se
partidarizou, a fazer o jogo da oposição conservadora e que perdeu
quatro
eleições consecutivas para o PT e que até hoje, a começar pelo
incendiário playboy Aécio Neves, não aceitou a derrota e muito menos se
submeteu à vontade soberana da maioria que votou em Dilma Rousseff.
Sempre
digo que a casa grande deste País infeliz e azarado
por ter uma das piores “elites” do planeta e seus porta-vozes das mídias
golpistas
e do judiciário envenenado e contaminado pela política tratam a
sociedade
brasileira e até mesmo a comunidade internacional como idiotas ou
verdadeiros
patetas, como os coxinhas que adoram Miami e visitar o Mickey e o Pateta
em Orlando.
Inacreditável. Será que o juiz Celso de Mello acredita que todo mundo é
idiota
ao ponto de não perceber que se trata de um golpe? Será que este juiz
não
percebe que as pessoas estão a ir às ruas a contestar o golpe de estado
contra
uma presidente constitucional? As ruas, com o desenrolar do golpe no
Senado, podem virar espaços de contestações duras e radicais. As
esquerdas e os eleitores de Dilma não vão ficar quietos. Já se percebe
essa realidade. Michel Temer não vai governar em paz por meio de um
golpe e por isto não terá condições de governabilidade. Os juízes não
sabem disso? Sabem, mas são cúmplices.
Não é possível que tal magistrado seja tão alienado e dissociado
das realidades a tal ponto de não compreender que o Brasil possui um Congresso
cheio de bandidos que tomaram de assalto a legalidade constitucional, porque
Dilma não cometeu crime de responsabilidade, enquanto 120 deles respondem na
Justiça pelos seus crimes, sendo que muitos deputados já são réus. Como pode o STF
ser tão permissivo com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha? Este
senhor corrupto e autor de crimes comprovados já deveria estar na cadeia e, no
mínimo, ter sido afastado da presidência do Legislativo.
Pelo contrário. Eduardo Cunha se tornou o “pai” do golpismo e
a, inclusive, agir contra o STF, a Constituição e o regimento interno da
própria Câmara. Absurdo que não condiz com as palavras impolutas de Celso de
Mello, que sempre foi oposição, às vezes dissimulada, aos governos trabalhistas
do PT. É porque nós somos idiotas e acreditamos em Papai Noel, na Mula sem
Cabeça, no juiz Celso de Melo e nos seus companheiros de golpe de estado contra
a presidenta trabalhista, nas pessoas de Luiz Fux, Rosa Weber, Gilmar Mendes,
Dias Toffoli e Edson Fachin, que nunca exigiram, por exemplo, que o juiz Sérgio
Moro verificasse de verdade a lista da Odebrecht e de Furnas onde
vicejam os políticos do PSDB e do DEM – o pior partido do mundo e herdeiro
umbilical da UDN do Corvo Carlos Lacerda.
E por que a Justiça desses príncipes é tão falha? Respondo:
porque é uma Justiça pertencente à plutocracia, que defende os interesses do
establishment e mantém, indefinidamente, o status quo de quem está há séculos
por cima da carne seca, como bem define o ditado popular. É esta razão
principal do golpe. As outras questões são chorumelas para enganar desavisados,
alienados e agradar os coxinhas, que são parte da classe média despolitizada,
mas extremamente conservadora e reacionária, a tal ponto de se tornar feroz,
intolerante e atacar pessoas em restaurantes, porque não coadunam com suas
ideias preconceituosas e de conotações fascistas.
Manter os privilégios e garantir os benefícios advindos
deles. Lutar para que não aconteça a igualdade de oportunidades a todos os
brasileiros associada à justiça social em todos os segmentos econômicos e
classes sociais é um processo, para a casa grande, muito perigoso ao seu domínio
econômico e político. Todas as outras questões que se materializam principalmente nas
mídias tem por propósito levar confusão a quem recebe a informação.
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