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19/04/2016
Líder do golpe, Temer foi citado por dois delatores
Brasil 247 - 19 de Abril de 2016 às 05:20
Nome de Michel Temer (PMDB-SP), que pode assumir a Presidência
em caso de impeachment de Dilma Rousseff, aparece em diversas frentes
das investigações da Lava Jato; senador Delcídio do Amaral (sem
partido-MS) responsabiliza o vice pela indicação de João Augusto
Henriques, preso em Curitiba, na BR Distribuidora, que teria montado
esquema sobre o etanol no governo FHC; também teria indicado Jorge
Zelada, acusado de ter desviado US$ 31 milhões da Petrobras para o PMDB;
já o empresário Julio Camargo, que confessou propina para o presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sugere que Temer recebeu recursos;
uma mensagem no celular de um dos sócios da OAS, Léo Pinheiro, aponta
também R$ 5 milhões a Temer, que ainda foi citado em planilhas da
Camargo Corrêa; em investigações arquivadas, ele foi acusado duas vezes
de desvios de recursos do porto de Santos; chamado de conspirador pela
presidente Dilma Rousseff, Temer tem atuado abertamente ao lado de Cunha
num golpe que já virou mico global; réu no STF, Cunha aparece agora na
delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró,
no pagamento de propina da Samsung pela contratação de navios-sonda da
estatal
247 - O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que pode assumir a Presidência em caso de impeachment de Dilma Rousseff, já foi citado por dois delatores da Lava Jato como padrinho de diretores que operavam esquemas de propina na Petrobras.
Ele aparece nos acordos do senador Delcídio do Amaral (sem
partido-MS) e do empresário Julio Camargo, que confessou ter pago
propina a integrantes do PMDB, entre os quais o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Delcídio responsabiliza o vice pela indicação de João Augusto Henriques, preso em Curitiba, na BR Distribuidora, cargo que ocupou entre 1997 e 2000, no governo de Fernando Henrique Cardoso, que teria montado esquema de propina
sobre o etanol.
Temer também teria indicado Jorge Zelada em 2008 para a diretoria internacional da Petrobras. Ele foi condenado a 12 anos de prisão, acusado de ter desviado US$ 31 milhões para o PMDB e para si próprio.
Os investigadores encontraram também uma mensagem no celular de um dos sócios da OAS, Léo Pinheiro, que cita um pagamento de R$ 5 milhões a Temer, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra Eduardo Cunha.
O procurador-geral, Rodrigo Janot, escreveu na acusação ao Supremo que "Eduardo Cunha cobrou Léo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de R$ 5 milhões, tendo adiado os compromissos com a 'turma'". Temer diz que os R$ 5 milhões foram doação legal.
O nome de Temer é citado várias vezes também em planilhas da Camargo Corrêa na Lava Jato e na operação Castelo de Areia. Em investigações arquivadas, foi acusado duas vezes de desvios de recursos do porto de Santos.
Acusado de conspirador pela presidente Dilma Rousseff, Temer tem atuado abertamente ao lado de Eduardo Cunha para assumir o poder, num golpe que já virou mico global. Réu no processo da Lava Jato no STF, Cunha foi citado desta vez em delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele confirmou que o [lobista] Fernando Soares [o Baiano] conseguiu, através de um apoio de Cunha, receber parte da propina da Samsung pela contratação de navios-sonda da estatal.
Leia aqui reportagem de Mario Cesar Carvalho e Flavio Ferreira sobre o assunto.
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Delcídio responsabiliza o vice pela indicação de João Augusto Henriques, preso em Curitiba, na BR Distribuidora, cargo que ocupou entre 1997 e 2000, no governo de Fernando Henrique Cardoso, que teria montado esquema de propina
sobre o etanol.
Temer também teria indicado Jorge Zelada em 2008 para a diretoria internacional da Petrobras. Ele foi condenado a 12 anos de prisão, acusado de ter desviado US$ 31 milhões para o PMDB e para si próprio.
Os investigadores encontraram também uma mensagem no celular de um dos sócios da OAS, Léo Pinheiro, que cita um pagamento de R$ 5 milhões a Temer, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República contra Eduardo Cunha.
O procurador-geral, Rodrigo Janot, escreveu na acusação ao Supremo que "Eduardo Cunha cobrou Léo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de R$ 5 milhões, tendo adiado os compromissos com a 'turma'". Temer diz que os R$ 5 milhões foram doação legal.
O nome de Temer é citado várias vezes também em planilhas da Camargo Corrêa na Lava Jato e na operação Castelo de Areia. Em investigações arquivadas, foi acusado duas vezes de desvios de recursos do porto de Santos.
Acusado de conspirador pela presidente Dilma Rousseff, Temer tem atuado abertamente ao lado de Eduardo Cunha para assumir o poder, num golpe que já virou mico global. Réu no processo da Lava Jato no STF, Cunha foi citado desta vez em delação do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Ele confirmou que o [lobista] Fernando Soares [o Baiano] conseguiu, através de um apoio de Cunha, receber parte da propina da Samsung pela contratação de navios-sonda da estatal.
Leia aqui reportagem de Mario Cesar Carvalho e Flavio Ferreira sobre o assunto.
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