14/04/2016
Alta da produção de petróleo no Brasil será uma das maiores do mundo neste ano
Brasil terá uma das maiores altas da produção de petróleo em 2016
Na Época Negócios
O Brasil será um dos países com maior aumento da produção de petróleo em 2016, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Em meio às discussões sobre eventual congelamento dos volumes entre os grandes exportadores globais, como Arábia Saudita, Irã e Rússia, a entidade prevê que a produção média do Brasil deve alcançar 3,1 milhões de barris diários (BDP), acima dos 3,06 milhões de barris diários de 2015. O aumento vem especialmente do pré-sal. Após o Brasil ter registrado aumento de 210 mil barris na produção de petróleo no ano passado, o ano começou com queda dos volumes para 3 milhões de barris diários no primeiro trimestre. A retração é explicada pelo declínio dos volumes extraídos em áreas maduras de produção da Bacia de Campos, diz a Opep. Ao todo, essa área tradicional de produção deve reduzir os volumes em cerca de 250 mil barris na comparação com o ano passado.
Apesar disso, o aumento da produção nas plataformas do pré-sal deverá compensar o declínio de Campos, diz o cartel dos exportadores. Assim, a Opep prevê que a produção média do Brasil se recuperará com 3,1 milhões de barris no segundo trimestre, 3,2 milhões de barris no terceiro trimestre e 3,3 milhões de barris nos últimos três meses do ano. Na média de 2016, a entidade estima em 3,1 milhões de barris diários produzidos pelo Brasil.
"Em 2016, há expectativa de que Estados Unidos, México, Reino Unido, Casaquistão, Azerbaijão, China, Iêmen e Colômbia tenham os maiores declínios, enquanto Brasil, Canadá, Malásia, Omã e Austrália verão os maiores crescimentos", diz a entidade no relatório de abril.
De acordo com a entidade, a produção mundial deve alcançar média de 62,7 milhões de barris diários em 2016, volume 600 mil barris menor que os 63,3 milhões de barris do ano passado. Individualmente, EUA (queda de 400 mil barris ante 2015), México, Reino Unido e China (todos com retração de 100 mil barris) darão as maiores contribuições para a queda da produção global neste ano.
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