sábado, 20 de fevereiro de 2010

Contraponto 1439 - Brasil e Argentina se unem para puxar crescimento econômico

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20/02/2010

Brasil e Argentina se unem para puxar crescimento econômico

Portal Vermelho 19/02/2010

Representantes da Argentina e do Brasil se reuniram em Buenos Aires para discutir medidas de impulso ao processo de integração produtiva entre empresas dos dois países. O passo inicial foi dado pelo secretário argentino de Indústria e Comércio, Eduardo Bianchi, ao receber a delegação brasileira liderada pelo representante do Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral.

As reuniões são o resultado do estipulado entre o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Miguel Jorge, e a ministra de Indústria e Turismo argentina, Débora Giorgi, no encontro que tiveram nos primeiros dias deste mês em Buenos Aires. Na ocasião, ambos os ministros concordaram na necessidade de acelerar e aprofundar o trabalho conjunto para desenvolver uma “real integração produtiva”.

Além da reunião bilateral, concretizou-se o primeiro encontro ministerial de funcionários dos dois países, do qual participaram os chanceleres Celso Amorim e Jorge Taiana e os ministros da área econômica Guido Mantega e Amado Boudou. A Secretaria de Indústria disse que Bianchi e Barral “se concentrarão na análise de setores industriais que possam se complementar e se integrar em uma cadeia regional”.

Pelo lado brasileiro, participam o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e coordenador pelo Brasil do Grupo de Integração Produtiva, Reginaldo Arcuri, e representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Câmara de Comércio Exterior. Pelo lado argentino, participam das reuniões os subsecretários de Política e Gestão Comercial, Eduardo Faingerch, de Indústria, Osvaldo Alonso, e de Pequena e Média Empresa, Horacio Roura.

Além disso, participam o coordenador do Grupo de Integração Produtiva, Hugo Varsky, e o diretor da Agência Nacional de Desenvolvimento de Investimentos, Javier Rando, além de representantes do Banco de la Nación e do Banco de Investimento e Comércio Exterior.

Troca de informações

As negociações serão conduzidas pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Reginaldo Arcuri, pelo secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, e por representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e do Ministério de Relações Exteriores.

“A expectativa é que o programa de política industrial comece imediatamente, pois há um nível avançado de negociação política conduzido pelo ministro Miguel Jorge [do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] e pela ministra argentina de Produção, Debora Giorgi”, disse Arcuri. “É uma articulação à parte das negociações comerciais”, afirmou.

Nos dois dias de reuniões na capital argentina, os negociadores trocam informações sobre as áreas de interesses dos dois países, apresentar propostas de método para a execução do programa e sugerir um cronograma de ações. Segundo Arcuri, o objetivo é compartilhar eficiência e desenvolver novas tecnologias.

Mão de obra

Estudos realizados pela consultoria de negócios Abeceb indicam que há pelo menos 13 setores que atraem investimentos e abrem chances para a competitividade internacional. A relação inclui os setores de lácteos, derivados de amido, bebidas, aeronaves, veículos espaciais e autopeças. Para Arcuri, é fundamental não apresentar uma lista fechada, e sim opções para negociar.

“É uma negociação que envolve os setores públicos e privados dos dois países. Por isso, é necessário buscar alternativas. Não é ir com um plano fechado, mas com possibilidades de acordo”, disse Arcuri.

Os estudos, encomendados pelos interlocutores brasileiros, mostraram ainda que é necessário também concentrar atenção em áreas como a produção de madeira e papel, a extração mineral, a exploração de biodiesel e a produção de máquinas agrícolas.

As análises sugerem ainda a possibilidade de aproveitar a mão de obra qualificada por parte do Brasil atendendo a interesses do mercado argentino. Os setores indicados seriam a construção civil, software, transporte e logística.

Com informações da Agência Brasil
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