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26/02/2010
Do Vermelho - 26 de Fevereiro de 2010 - 12h49
A Comissão Especial da Câmara Legislativa do Distrito Federal, criada para analisar os processos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), aprovou nesta sexta-feira (26) parecer do relator, deputado Chico Leite (PT), que recomenda abertura de processo contra Arruda. O Plenário da Casa Legislativa deve analisar o documento na próxima semana.
Arruda está preso suspeito de interferir na investigação do mensalão do DEM — esquema de pagamento de propina a parlamentares do DF. O relatório foi aprovado pelos cinco membros da comissão: além do relator, os deputados Paulo Roriz (DEM), Reguffe (PDT), Batista das Cooperativas (PRP) e o presidente da comissão, Cristiano Araújo (PTB).
O documento aponta ao menos três crimes que teriam sido cometidos por Arruda: crime contra a probidade na administração pública, contra o livre exercício dos poderes e contra a guarda e o emprego legal do dinheiro público. A sessão estava marcada para as 10h30 — mas começou com quase uma hora de atraso, por conta de uma queda de energia na Câmara Legislativa, decorrente de um problema em um poste de iluminação na área norte de Brasília.
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
Com informações do Terra
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