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Tijolaço - terça-feira, 15 dezembro, 2009 às 15:57
solPra quem acha que com a vitória do modelo de partilha, em lugar das concessões de FHC, a luta do petróleo já foi vencida, é bom prestar atenção na matéria de hoje do Globo Online. Veja como as empresas de petróleo – das quais o Instituto “Brasileiro” de Petróleo vem sendo o porta-voz – ainda alimentam o sonho de tirar da Petrobrás a condição de operadora exclusiva do petróleo da camada pré-sal:
“Os empresários privados do setor de petróleo estão preocupados pelo fato de que em vez de discutir no Congresso o novo marco regulatório para a exploração de petróleo as áreas do pré-sal, o debate está centrado na partilha das riquezas, o pagamento dos royalties. O alerta foi feito há pouco pelo presidente do Instituto Brasileiro do petróleo (IBP), João Carlos França de Luca, que participou do seminário Rio Além do Petróleo, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).(…)
Um outro ponto preocupante, segundo o executivo, é que as empresas privadas, pelo modelo que está sendo aprovado, estão sendo relegadas a ter um papel secundário no desenvolvimento das atividades petrolíferas no Brasil. e Luca se referiu, principalmente, à determinação do governo de que a Petrobras seja operadora de todos os blocos no pré-sal. Segundo o executivo, enquanto uma empresa estrangeira operadora monta uma estrutura no país com cerca de 400 a 500 pessoas, quando não é operadora o número de funcionários não cai para algo entre 15 a 20 pessoas apenas.
- Esse modelo está jogando a iniciativa privada como um todo, nacional e internacional, para uma participação absolutamente secundária. Isso não é bom para o país nem para o setor de petróleo e gás.
Ficamos cientes agora que o objetivo das grandes empresas petrolíferas do mundo não é ganhar fortunas com o petróleo brasileiro, mas dar emprego a “400 a 500″ pessoas. Mas estas “400 a 500″ pessoas não vão ter emprego na Petrobras e em suas contratadas se a estatal for a operadora? Ou a Petrobras vai tirar petróleo em poços sem operadores? Empresas nacionais tirando o petróleo a sete mil metros abaixo do mar, o Dr. de Luca? O senhor sabe bem que não seria para elas, com a sua experiência como presidente da espanhola Repsol, depois de ter feito, por 25 anos, sua carreira na Petrobras, que agora quer desqualificar.
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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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