17/12/2009
Calheiros: "Maioria do PMDB tem rumo já definido, pró-Dilma"
Vermelho - 16 de Dezembro de 2009 - 17h56
O senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, esquiva-se da polêmica sobre uma eventual lista de três nomes preparada pelo seu partido para a ministra Dilma Rousseff escolher seu vice na candidatura presidencial. Prefere adiar essa discussão.
Embora afirme também não haver pressa de eliminar as divisões internas da sua legenda em relação às eleições de 2010, Calheiros garante que seus correligionários aprovarão o pré-acordo com o PT, na convenção partidária, em junho.
Todo partido tem essas correntes internas. Essas divergências são naturais. O partido é muito grande, é democrático. Não tem dono", contemporizou o parlamentar, sobre os acenos de apoio a Dilma, candidatura própria e aproximação ao PSDB.
No entanto, Calheiros assegura a Terra Magazine que a maioria do PMDB não abandonará a aliança com o PT: "Há um grupo, que é majoritário, que tem um rumo já definido. E vai trabalhar para que isso aconteça".
Confira a entrevista.
Terra Magazine - O que o senhor acha da sugestão do presidente Lula sobre uma lista tríplice do PMDB para a escolha do vice na chapa da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República?
Renan Calheiros - Não dá pra discutir isso agora, tem que minimizar essas coisas. Acho essa discussão precipitada. Tem que deixar pra decidir isso mais adiante. Tá bom?
O senhor acredita que o PMDB lançará candidatura própria, ratificará o acordo com o PT ou apoiará o PSDB?
Não... Apoio ao PT, à ministra Dilma. Todo mundo vai trabalhar nessa direção.
Mesmo com setores, como o diretório de São Paulo, tendendo a Serra?
Mas é normal isso, né? Todo partido tem essas correntes internas. Acho que tem que deixar isso pra depois, minimizar isso. Essas divergências são naturais. O partido é muito grande, é democrático. A maioria vai votar pela aliança com a Dilma.
Existe cálculo disso?
Não tem não. É sentimento, sentimento. A convenção vai decidir pela aliança com o PT, pelo apoio à ministra Dilma.
O senhor baseia-se em quê para acreditar nisso?
Na bancada. Há um grupo, que é majoritário, que tem um rumo já definido. E vai trabalhar para que isso aconteça. Mas vai ser em junho. Não tem como saber disso agora. O processo político é dinâmico. Tá bom?
As divisões regionais prejudicam em algum termo?
Não, o partido é democrático. Não tem dono, entendeu? Você tem que convencer as pessoas.
Como convencê-las?
Rapaz, eu tô aqui numa reunião. Você vai me permitir, viu? Tá? Um abraço.
Fonte: Terra Magazine
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