16/01/2010
Vaccarezza ironiza fala de Serra de que não é chefe da oposição
Vermelho - 15 de Janeiro de 2010 - 17h23
O líder do PT na Câmara, Candido Vaccarezza (SP), ironizou a declaração do governador paulista e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de que "candidato a presidente não é chefe da oposição". "A oposição não tem nem rumo, como é que poderia ter chefe. Eu concordo com o Serra", disse. Em seguida, ressaltou que o PSDB não fará comparação entre os governos Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso porque os tucanos "não têm coragem" de defender o passado.
"O PSDB se limita a criticar pontualmente porque eles não têm coragem de defender o passado. Eles não têm proposta para se contrapor ao governo Lula e não têm projeto de desenvolvimento para o futuro", disse. Para Vaccarezza, Serra não fez nada além de desqualificar a oposição. "A oposição não tem um líder. Até o próprio Serra reconhece isso", disse.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, na noite de quarta-feira (13), depois de participar, no Itamaraty, de evento em que foram anunciados investimentos federais nos Estados que sediarão jogos da Copa de 2014, Serra disse que “candidato a presidente não é chefe da oposição”, delegando ao PSDB a tarefa de criticar o governo Lula.
Serra quer fugir da estratégia montada pelo Presidente Lula de estabelecer uma campanha polarizada entre seu governo e o anterior, do PSDB.
Lula declarou reiteradas vezes que a campanha de 2010 será uma comparação entre seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso. O governador paulista diz que “não vou ficar tomando conta do governo Lula.”
Pelo raciocínio de Serra, caberá as bancadas tucanas na Câmara e no Senado se organizarem para fazer uma oposição mais articulada e eficaz. Essa mensagem, o próprio Serra já se encarregara de transmitir ao PSDB no início do ano, em tom de cobrança, provocando um debate interno, que envolveu a cúpula da legenda.
Serrista de primeira hora, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), lembra que, “em ano eleitoral, é preciso ter uma ação parlamentar sincronizada com o candidato, sobretudo diante da propaganda escandalosa do governo”.
Da sucursal de Brasília
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