quarta-feira, 17 de março de 2010

Contraponto 1647 - "A imprensa ‘marrom’ de Serra"

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17/03/2010

"A imprensa ‘marrom’ de Serra"

Do Cidadania 16/03/2010

Eduardo Guimarães

Tento reunir forças para escrever e, assim, não pensar na dor que sinto por minha filha Victoria, de onze anos, flagelada pela paralisia cerebral, ter sido levada às pressas ao hospital depois de ter passado 81 dias internada no fim do ano passado. Vivo isso estando fora do país, sem ao menos poder estar ao lado dela.

Além dessa dor pessoal, sinto uma dor cívica por ver o tipo de campanha eleitoral em que o Brasil está mergulhando por obra e graça dos desejos e idiossincrasias daquele que talvez seja o homem público mais covarde, inepto e desleal que conheci em cinqüenta anos de vida, o governador de São Paulo, José Serra.

A serviço desse político sórdido, de empresas de comunicação a pistoleiros contratados, que se intitulam “jornalistas”, começam a atacar colegas de ofício com artifícios asquerosos como o de espalharem em jornais e na internet insinuações baseados em nada, em absolutamente nada, como demonstrarei a seguir.

As duas vítimas mais recentes da política ao rés do chão serrista foram os jornalistas Luís Nassif, Luiz Carlos Azenha e a historiadora Conceição Oliveira.

Os meios de comunicação e os pistoleiros contratados estão divulgando os custos de projetos jornalísticos que essas pessoas encabeçam junto à Empresa Brasileira de Comunicação como se fossem os salários que percebem. Ou tratando de variações nos custos desses projetos como se nessas variações houvesse ilegalidades.

São insinuações. Não há nenhuma denúncia formal. Até porque, não há nenhum fato suspeito a denunciar.

No caso de Nassif, por exemplo, divulgam o custo de um projeto que ele encabeça na TV Brasil sem contextualizar e comparar com outros projetos do mesmo porte. Por exemplo: se dizem que o projeto tal custou um milhão, parece que o jornalista embolsou esse dinheiro.

No factóide encetado contra o Azenha e a Conceição, os quais conheço pessoalmente e dos quais me considero amigo, a tática é parecida, mas é ainda mais tosca por insinuarem ilegalidade na variação de preço admitida em lei em um projeto no qual são apenas componentes.

Não há ilegalidade em nenhum caso. Insinuações viram matéria jornalística. Essa é a tática com a qual Serra pretende ganhar a eleição deste ano, desqualificando e criminalizando críticos que são formigas perto dos impérios de comunicação que, claramente a seu serviço, fazem ataques aos adversários do tucano.

Essa é a campanha eleitoral que Serra e sua mídia querem dar a um país que tem diante de si as perspectivas mais brilhantes que já teve desde o Descobrimento. A tática da sujeira, do denuncismo, do linchamento, da destruição moral de todos os que a ele se opõem.

Além da minha dor pessoal, sofro pelo que esses criminosos estão tentando fazer com o Brasil. E sinto pena dos seus sequazes, que, como um Arruda da vida, serão atirados no lixo quando não mais servirem aos interesses de seu patrono em seus delírios de poder. Nosso país não merece tal pena.
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