segunda-feira, 19 de abril de 2010

Contraponto 1965 - "Paulo Henrique Amorim: Só Serra salva…"

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19/04/2010

Paulo Henrique Amorim: Só Serra salva…

Viomundo - 18 de abril de 2010 às 13:57

Só o Serra salva as empresas do PiG (*). Daí, o desespero

por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada

Na revista Carta Capital desta semana, na pág. 27, Leandro Fortes conta que a Folha “demorou CINCO DIAS para publicar o desmentido enviado pela assessoria da candidata e reconhecer formalmente o erro”.

O erro foi um erro ou foi de propósito ?

O erro foi inventar uma frase que a Dilma não disse: “eu não fugi da luta e não deixei o Brasil”.

Nos cinco dias em que a Folha censurou a carta de desmentido, o PiG dançou e rolou em cima do “erro”.

A Folha já tem uma rubrica no passivo com a Dilma: a ficha falsa.

E a circulação da Folha é a que mais cai, dos jornais impressos.

A Abril e a Veja – a última flor do Fáscio – não sobrevivem a outro mandato presidencial sem compras maciças de livro escolar.

O negócio de revistas desaba, a ponto de a internet, hoje, ter mais publicidade que as revistas.

A situação da Globo é a mais crítica.

Ela faz negócios escusos com o Serra, à luz do sol.

Como a operação para o Serra agasalhar um terreno que a Globo – como a Cutrale – invadia há 11 anos, num ponto valorizado da cidade de São Paulo.

O bolo publicitário da tevê brasileira não cresce, significativamente.

A TV Globo, durante trinta anos, cresceu com uma equação – 50% de audiência e 75% da verba publicitária.

Como a tevê absorve 50% de toda a publicidade brasileira, ela tinha 75% de 50%, ou seja, de cada R$ 1 investido em publicidade no Brasil, ela ficava com R$ 0,37.

Essa equação – inaceitável num regime de democracia – mudou.

O bolo não cresce e as concorrentes começam a tomar audiência e faturamento dela.

Ela não vai conseguir ser o que é, com menos audiência e menos dinheiro.

A qualidade vai cair – e a concorrência se acirrará.

No campo da imprensa escrita, a Globo acaba de ganhar em seu território, o Rio, um adversário considerável, o grupo português “Ongoing” – ler na Carta Capital desta semana, na pág. 50.

O “Ongoing” lançou um jornal de negócios, o Brasil Econômico, para ir para cima do Valor, que é da Folha e do Globo, e acaba de comprar um jornal popular no Rio, O DIA.

Os portugueses querem ir para a televisão

E já entraram nos nichos do mercado onde há oxigênio para a imprensa escrita: o popular e de negócios.

Ou seja, a Globo passou a ter um corrente de peso a lhe morder os calcanhares, já que o grupo vem de Portugal com variados interesses empresariais.

Logo no início do Governo Lula, o professor Wanderley Guilherme dos Santos dizia que a mídia impressa brasileira só tinha um poder remanescente: o de gerar crises.

(Como, agora, a de Belo Monte …)

Gerar crises para tomar uma grana do Governo.

É o que faz o PiG.
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