sexta-feira, 16 de abril de 2010

Contraponto 1929 - "O hacker"

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16/04/2010
O hacker

DoLaDoDeLá - 14/04/2010

- Olá, como vai?
- Indo.
- Te chamo de hacker ou de cracker?
- Chame do que quiser, oras.
- Ok. Como foi que você fez para invadir o sítio do Partido dos Trabalhadores?
- Foi mais fácil do que imaginava. Quebrei o código.
- E como funciona isso?
- Você entra nas configarações do sistema e conversa com os programas dele.
- E como você faz para a página não abrir e depois mandar o usuário para outro lugar?
- Simples, a gente instala um programa espião que, toda vez que um computador acessa aquele endereço eletrônico, o sisteminha que tá rodando em paralelo leva o usuário para outro lugar.
- E você fez isso a pedido de alguém do PSDB?
- Adoraria, porque teria ganhado uma grana. Geralmente nós não trabalhamos para alguém. Nós usamos nossas ferramentas e nosso conhecimento por pura diversão. Funciona como os pichadores. Quando você quebra um sistema importante e consegue tirar "o cara" do ar você ganha publicidade, acumula pontos com a moçada, respeito, entende?
- Sim. E dá para descobrir quem fez o serviço?
- Claro. Tudo o que fazemos na internet deixa rastros. O que tentamos é confundir os investigadores depois. Abrimos pistas falsas, seguimos caminhos tortuosos e, assim, dificultamos o trabalho de identificação.
- Mas dá para te achar?
- Sempre dá.
- E você não tem medo de ser reconhecido e preso?
- Honestamente? Não.
- Por quê?
- Porque tem gente grande que adorou o que eu fiz e já me falou que pode me ajudar, se eu quiser...
- Ué, mas como eles te descobriram?
- Eu que descobri eles, hehehe...
- Mudando um pouco de assunto, você se considera capaz de fraudar qualquer sistema?
- Todo sistema é passivel de fraude. O que precisamos é apenas tempo.
- E o que você acha do sistema eletrônico de votação adotado no Brasil?
- Fácil de fraudar.
- E como funcionaria essa fraude?
- É só você inverter o código. Por exemplo, o sujeito vota num determinado candidato que a máquina mostra, mas o sistema registra o nome de outro. Dá para fazer também, tipo: cada dois votos para determinado número, um é encaminhado o outro... São várias fórmulas.
- Simples assim?
- É.
- E por que ninguém diz isso?
- Não sei.
- Teve um político, o Brizola, que dizia que a urna tinha que imprimir comprovante. Seria mais confiável?
- Claro, em caso de dúvida era só contar os papelzinhos.
- Ahhhhhhh.
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