Contraponto 2771 - DEM que calar o cidadão Luís Inácio Lula da Silva

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17/07/2010

Novo factóide, sem noção, é que o presidente estaria a trabalho 24hs

Amigos do Presidente - por Zé Augusto -sábado, 17 de julho de 2010

O novo factóide para entreter os demo-tucanos e o leitores apedeutas do PIG, é que o presidente Lula não poderia participar da campanha em hora nenhuma, porque ele não teria horário para ser presidente, ou seja, seria presidente 24hs.

É argumento é ridículo. Se assim fosse, nenhum presidente poderia nem dormir, porque estaria "dormindo no trabalho".

Um presidente, seja de que país for, está sempre no cargo e de prontidão para emergência, crise, guerra, catástrofe, etc. Mas sua agenda privada fora de atividades de governo, e de chefe de estado, pode e deve ser usufruída pelo cidadão Lula.

Essa bobagem foi plantada pelo DEMo Paulo Bornhausen (SC) que, se achando esperto demais, fez um requerimento de informação à Casa Civil sobre o horário de trabalho do presidente.

A casa civil respondeu que o presidente não tem hora de trabalho fixada. Não bate o cartão [de ponto]. Ele tem agenda.

Com o ofício em mãos, o Deputado Bornhausen acha que descobriu a pólvora e paga o seguinte mico: diz que procurará a campanha de Serra para enquadrar Lula na Lei Eleitoral por uso da máquina pública e abuso de poder a favor da campanha de Dilma.

É um enorme factóide, completamente sem noção.

Do ponto de vista legal não tem o menor cabimento: o Presidente Lula só não pode participar de campanha usando a máquina do governo, nem a agenda presidencial para fazer campanha. Fora da agenda de trabalho presidencial, ele tem seus direitos políticos plenos, e pode exercer atividades políticas, como também podem os prefeitos, governadores, e qualquer cidadão brasileiro.

Do ponto de vista político, Bornhausen dá um tiro no pé do Serra. Colocará o candidato demo-tucano na posição de perseguidor e de querer cassar os direitos do presidente Lula, desconstruindo todo o discurso de Serra querer se mostrar que não é anti-Lula, e vinculará mais ainda a imagem de Dilma à de Lula.
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