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14/11/ 2010
A meta de construir 1 milhão de casas, no programa Minha Casa, Minha Vida, pode ser atingida até o final do ano, em contratos de financiamento assinados.
O programa, quando foi lançado não estipulou prazos, porque a indústria da construção civil afirmou que não poderia se comprometer, sem antes se estruturar para atender a demanda.
O ministro das Cidades, Marcio Fortes, acredita que até o fim do governo Lula chegará a 1 milhão:
“Essa é a meta que nós temos. Já estamos próximos, na faixa de 800 mil unidades, e perseguimos o objetivo de fechar 1 milhão de residências contratadas. Temos unidades pela Caixa e pelo Banco do Brasil e ações do próprio Ministério das Cidades, que contemplam municípios com menos de 50 mil habitantes. Tudo isso faz parte do Minha Casa, Minha Vida.”
Quanto à segunda etapa, no governo Dilma, com meta de construir mais 2 milhões, o ministro estima que haverá menos dificuldade, porque o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) entra num ritmo mais acelerado:
“O PAC 2 prevê 2 milhões de unidades ao longo de quatro anos e tem um cronograma tranquilo de execução. É uma garantia de que o programa irá em frente não só pela reserva de recursos, mas também por todo aprendizado e especialização que já foram obtidos no PAC 1, entre todas entidades envolvidas.”
Segundo o ministro, dois dos principais entraves que dificultaram as obras do PAC 1 já foram resolvidos, o que deverá acelerar as futuras obras: as questões fundiárias, de legalização da posse dos terrenos, e as licenças ambientais. “Com isso, temos a certeza de encaminhar a contratação, construção e entrega desses 2 milhões de unidades até 2014.”
Aproveitamento de terrenos em áreas centrais com esvaziamento urbuno
Entre os locais que abrigarão residências financiadas com recursos federais, Marcio Fortes citou a região portuária do Rio, que terá prédios de escritórios modernos e também será o local onde ficarão as vilas dos árbitros e da mídia nas Olimpíadas de 2016. Ele disse que é importante que essa área, de fácil acesso ao centro da cidade, seja ocupada por um grande número de residências e que não sirva para a especulação imobiliária.
“O que nós queremos é humanizar a área. Não basta colocar prédios inteligentes, de grandes empresas industriais ou comerciais. Nós temos é que colocar a população, com a construção de habitações.”
Para Marcio Fortes, é importante revitalizar terrenos hoje abandonados, próximos ao centro das grandes cidades, em vez de empurrar a população para a periferia, o que provoca um gasto maior de tempo e dinheiro com transporte. Ele apontou o caso das áreas ao longo da Avenida Brasil, na entrada do Rio, que já foram endereços de grandes fábricas, fechadas nas últimas décadas e que hoje estão abandonadas.
“Temos que discutir nas regiões metropolitanas a disponibilidade de terras. Quando há uma área já urbanizada, existe uma diminuição de custos com a infraestrutura. Fica mais fácil construir onde tem água, esgoto, rede elétrica e transporte. Facilita não só o investimento, como a vida do próprio cidadão.”
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