11/03/2012
Ia comentar no post de ontem sobre o aumento dos grupos de ódio nos EUA a respeito do que vem ocorrendo sistematicamente no Afeganistão, da mesma forma como ocorreu em todos os países que os EUA ocuparam militarmente no passado. Soldados, aparentemente tomados de acesso de raiva, saem matando civís aleatoriamente, algumas vezes com requintes de crueldade como se viu no Vietnã nos anos 60 e mais recentemente no Iraque.
Hoje, por coincidência, saiu mais uma notícia de um desses ataques a civís inocentes, incluindo crianças, mulheres e idosos, no Afeganistão. Historicamente, os EUA sempre inculcaram em sua população o ódio contra quase todos os povos do mundo, excetuando os europeus ocidentais. Quando essa raiva insana é associada ao processo de lavagem cerebral por que passam os militares no front o resultado não pode ser outro: massacres de civis, como em My Lai (Vietnã) em 1968, em Hadhita (Iraque) em 2005 ou este agora em Kandahar (Afeganistão):
Soldado americano mata 16 civis no Afeganistão
Um soldado americano matou 16 civis ao sair de sua base e abrir fogo contra afegãos na província de Kandahar, reduto talibã no sul do Afeganistão, indicaram neste domingo autoridades e um jornalista da AFP.
"Eu entrei em três casas e contei 16 mortos, incluindo crianças, mulheres e idosos", disse o jornalista da AFP. "Em uma casa, havia dez pessoas, entre elas mulheres e crianças, que haviam sido mortas e queimadas em um cômodo. Uma outra mulher estava caída, morta, na entrada da casa", contou.
"Vi pelo menos duas crianças, de 2 ou 3 anos, que estavam queimadas", afirmou o correspondente da AFP. "Em uma outra casa", situada em uma segunda aldeia, "quatro pessoas estavam mortas. Vi seus corpos caídos em um cômodo. Havia dois homens idosos, uma criança e uma mulher", narrou o jornalista da AFP, que também viu outro cadáver em uma terceira casa.
"Minha casa foi atacada. Perdi quatro membros da minha família", declarou Haji Sayed Khan, enquanto Haji Samad indicava que membros de sua família também haviam sido mortos.
A Isaf, força armada da Otan, reconheceu em um comunicado transmitido por volta das 16h00 locais, ou seja, 13 horas depois dos fatos, a existência de mortos civis afegãos.
Neste domingo, por volta das 03h00 da manhã (sábado às 20h30 de Brasília), "um soldado deixou sua base e começou a atirar. (Depois) ele voltou e foi colocado em detenção", indicou uma autoridade ocidental.
"Um militar americano foi detido devido ao incidente que deixou vítimas civis", indicou a Isaf em um comunicado, indicando que "lamenta profundamente o incidente".
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