24/03/2012
Folha vai julgar o mensalão.
( O do PT. O de Minas não.)
- Do Conversa Afiada - Publicado em 24/03/2012
Folha vai julgar o mensação.
( O do PT. O de Minas não.)
A palavra “mensalão”, como se sabe, é o login para o PiG (*) abrir a página do Golpe contra Lula e, agora, contra Dilma.
O “mensalão” do PiG (*) não se refere à Privataria Tucana, nem ao “mensalão” de Minas, a Mãe de todos os Mensalões, que se inaugurou com o presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, e iniciou a parceria de Daniel Dantas com Marcos Valerio, no famoso “valerioduto”.
De onde vinha o dinheiro do Marcos Valério ?
A CVM sabe.
Nada disso interessa ao PiG (*).
Nem à Folha (**), portanto.
Foi o Franklin Martins quem definou o PiG (*) muito bem: o PiG (*) é independente do Governo e dependente do Daniel Dantas.
Hoje, a Folha (**) avoca a si o julgamento do mensalão (o do PT).
Na página 2, colonista (***) “investigativo”, um especialista em Gregorio Marín Preciado, fixa 15 de maio como a data limite para o Supremo.
O Supremo tem que botar sebo nas canelas, julgar o mensalado (do PT) até 15 de maio, se não, se não, babau.
Não dá tempo de dar o Golpe e eleger o Cerra prefeito de São Paulo.
É que depois de 15 de maio fica tudo para 2013.
Numa página interna, a Folha decide considerar impedido o Ministro Toffoli, porque ele namora advogada que, no passado, defendeu um dos réus do mensalão.
A Folha (**) dedica boa parte de seu tempo a elocubrar sobre a natureza do namoro do Ministro Toffoli: será noivado, casamento consensual, namorico de beira-do-portão, “juntar os trapos”, com quem fica o Neruda que eu te dei ? – uma questão fundamental !
Há muito tempo, a Folha resolveu fazer um cerco, por exemplo, ao Ministro Lewandowiski, revisor do processo.
Tem que ler tudo rapidinho, para dar tempo de pegar a eleição do Cerra, este ano !
Desde o julgamento do CNJ, que a Folha (*) passou a tratar o Lewandowiski como aluno relapso, que não faz o dever de casa.
E a Folha se transforma em bedel implacável.
Daqui a pouco a Folha (*) vai descobrir que a Ministra Weber não dá gorgeta à cabeleireira, em Porto Alegre.
Se namorar ex-advogada de réu desse “impedimento”, Gilmar Dantas (*) e o Ministro Macabu não poderiam julgar ações de crimes do colarinho branco.
Gilmar Dantas, porque a mulher trabalha com Sergio Bermudes.
E Macabu, porque o filho trabalha com Bermudes.
E Bermudes – o segundo advogado mais poderoso do Brasil; o primeiro é o Marcio Thomaz Bastos – foi um dos mais conspícuos advogados de Dantas.
O amigo navegante deve ter percebido que a Folha decidiu, ela própria, julgar o mensalado (do PT), diante do obstáculo que Lula e Dilma criaram.
Lula indicou Toffoli e Lewandowski.
E Dilma, Weber.
E, segundo os critérios isentos e imaculados da Folha, os tres, por definição são inconfiáveis.
Tudo isso, amigo navegante, para eleger o Cerra, aquele do “em time que está perdendo não se mexe”
Clique aqui para ler “As camionetes da Folha e ‘papai não sabia’ ”
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**)Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é (http://www.conversaafiada.com.br/antigo/?p=23300), porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
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