A sinceridade de José Serra
DoLaDoDeLá - 18/5/2012
Marco Aurélio Melo*
Às vezes o patrão se distrai no fechamento. Noutras, o fechador não se atém muito ao que a foto informa. Ponto para o editor de fotografia, que consegue dar mais informação visual do que aquele monte de letrinhas que a foto, em tese, deveria ilustrar.
Mas o mérito mesmo, neste caso, é do fotografo. Só ele pode captar o instante mágico. Neste caso, golaço do veterano Juca Varella, um dois mais importantes repórteres fotográficos em atividade no país. A foto que ilustra a pág. A10 da Folha de S. Paulo de hoje é um primor.
Um político é abraçado calorosamente por uma correligionária. Ele tenta resistir com repulsa, até mesmo certo asco. É sabido, Serra não gosta do contato físico com eleitores. Outra foto que correu o país mostra o candidato na campanha presidencial de 2010 beijando a própria mão. Veja:
Mas aqui (abaixo), Varella foi além. A foto dá dupla leitura. Induz o leitor a acreditar que, com a careca e a mão pálidas, e um meio sorriso de regozijo, o que Serra faz, na verdade, é atacar uma vítima, como faria o consagrado conde Drácula, nas clássicas cenas do cinema.
A foto é uma obra prima e traz ao fundo, de quebra, a colega jornalista Marcela Rocha, que poderia muito bem significar, distraída, a próxima vítima do político. Parabéns Varella! É difícil censurar ou manipular o trabalho de um jornalista, quando material produzido é genial! E cuidado, Marcela, ele pode estar querendo de pegar, heim! Fiquem com a foto:
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