21/05/2012
Kátia Abreu na tropa de choque da Veja
Por Altamiro Borges
Na quinta-feira (17), integrantes da CPI do Cachoeira tentaram aprovar um requerimento solicitando que a Polícia Federal encaminhe todas as escutas telefônicas em que é citado Policarpo Junior, redator-chefe da Veja. A proposta gerou bate-boca na comissão. De imediato, a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) rejeitou a proposta e justificou as relações do jornalista com o crime organizado.
“Às vezes as informações estão no inferno. O jornalista precisa ir até as profundezas do inferno para buscar a informação”, reagiu a senadora ruralista, que preside a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). De inferno, a ex-demo entende um bocado!
"Ameaça velada à liberdade de imprensa"
Kátia Abreu teve o apoio inconteste do senador tucano Álvaro Dias, que adora esbravejar sobre ética. Para ele, a convocação do chefão da Veja “é uma ameaça velada à liberdade de imprensa”. Já o senador Pedro Taques (PDT-MT), o novo queridinho da mídia que deve fazer Leonel Brizola revirar na cova, afirmou que o requerimento “se revela como vingança, um autoritarismo”.
Diante da forte reação da tropa de choque da Veja, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), que havia encaminhado o voto favorável ao requerimento, recuou rapidamente. O pedido para o envio das escutas telefônicas, apresentado pelo senador Fernando Collor de Mello e apoiado pela própria bancada petista, acabou nem sendo votado.
O acordão dos barões da mídia
Há um grande esforço para blindar a revista Veja, evitando que Policarpo Jr. e o capo da publicação, Bob Civita, sejam chamados para depor na CPI. Na semana passada, executivos do Grupo Abril e da Rede Globo circularam em Brasília com esta missão sinistra. Há um pacto entre os barões da mídia para abortar a convocação e eles já contam com a sua tropa de choque no Congresso Nacional.
Mas o tema ainda deve render vários bate-bocas na CPI. Em seminário nacional realizado em Porto Alegre, o PT decidiu investir na convocação de Policarpo Jr. e Bob Civita. Em carta divulgada ao final do evento, o partido defende a apuração das ligações “entre o crime organizado e alguns órgãos de imprensa”. O texto rechaça a tese de que a apuração representa um ataque à liberdade de expressão, “como tentam confundir setores da mídia conservadora”.
Ocupando o espaço de Demóstenes
A ruralista Kátia Abreu, o tucano Álvaro Dias e os “pedetistas” Pedro Taques e Miro Teixeira terão muito trabalho para defender a Veja. É certo que ganharão mais algum espaço na principal revista da direita brasileira, hoje também acusada de associação com o crime organizado. Eles poderão ocupar a vaga deixada por Demóstenes Torres, que sempre gozou de prestígio nas páginas da Veja.
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PITACO DO ContrapontoPIG
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Que dupla heim? Cuidado para não vomitar no monitor
ou no teclado do seu computador
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Recebi comentário de Mario Filho :deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Contraponto 8212 - "Kátia Abreu na tropa de choque...":
ResponderExcluirNão gosto de nenhum destes senhores(as) porém me parece que, quando um jornalista procura imagem distorcida, piores ângulos, poses estranhas... está descendo tão baixo quanto os que questiona. Me parece ser falta de ética querer diminuir alguém, através de foto escolhida com pose ridícula.
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Caro Mário: em primeiro luguar não sou jornalista. Sou apenas um brasileiro comum, indignado com o que pessoas como Alvaro Dias e Katia Abreu fazem contra o País. Para mim eles devia estar era na cadeia.Abs Célvio
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