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29/09/2012
Errático, Aécio agora cobre Lula de elogios
Do Minas 247 - 29 de Setembro de 2012 às 17:43
Senador e presidenciável tucano morde e assopra,
repetindo os mais antigos cacoetes da política mineira; após dizer que
Lula é "chefe de uma facção", volta atrás e afaga ex-presidente; "é
absolutamente legítimo que ele peça votos para seus candidatos", disse
Aécio, para quem tem "uma história belíssima"; com um passo a frente,
outro atrás, desse jeito Aécio vai sair do lugar e conseguir chegar à
presidência?
"Falei que ele opta por ser chefe de uma facção política. Não estou me referindo a nada além disso", afirmou Aécio, negando que havia feito referência ao comando, por Lula, de uma facção criminosa. "O ex-presidente da República é ex-presidente de todos os brasileiros. É absolutamente legítimo que peça votos para seus candidatos. Mas no momento em que ele vem para o palanque atacar pessoalmente o adversário, como exclusivista do sentimento de solidariedade com os mais pobres, não me parece a postura mais adequada a um ex-presidente da República", acrescentou o senador.
Sem se dar por satisfeito pelos primeiros elogios, o senador que tenta ser o candidato do PSDB à Presidência da República foi além e, na prática, instalou Lula num pedestal de ótimas referências. "Lula tem no mundo um prestígio extraordinário", afirmou o mineiro, dizendo-se "amigo" do ex-presidente. "Ele estará de forma ainda mais profunda no sentimento dos brasileiros se souber separar um pouco a disputa política das questões pessoais". "Quando ele vem fazer ataques pessoais, acho que não está à altura do que ele é, da história dele, que é uma história belíssima, tanto pessoal quanto política. Gostaria de vê-lo no papel de ex-presidente da República, rodando o mundo, representando o Brasil. Não há uma figura importante do mundo político que eu encontre que não pergunte pelo presidente Lula", declarou o ex-governador, referindo-se às críticas de Lula aos políticos tucanos.
Segundo o senador, o PT considera que ser derrotado em uma eleição é "um crime de lesa pátria" e o partido opta por ataques na iminência de uma derrota. "Certamente, a marca do PT é o que estamos vendo. Quando estão perdendo, a posição do PT é sempre de muita virulência, de muito ataque pessoal, como se derrotar o PT fosse um crime de lesa pátria", declarou.
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