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02/06/2014
Globo censura cenas de Dilma na inauguração do BRT no Rio
Amigos do Presidente - segunda-feira, 2 de junho de 2014
O BRT (Corredor de ônibus) Transcarioca, inaugurado pela presidenta Dilma no domingo, é um temendo cala-boca a alguns críticos da Copa. A obra, que precisava ser feita independentemente da Copa, desmente, por exemplo, o jogador Ronaldo Nazário, ao mostrar que há legado de mobilidade urbana para o povo.
O Transcarioca nem passa perto do Maracanã. Em seus quase 50 Km liga o Aeroporto Internacional à um bairro rico, a Barra da Tijuca, mas nem de longe é uma obra para elite, pois atende 27 bairros, a maioria populares da Zona Norte e Jacarepaguá. Inclusive atende as maiores comunidades do Rio de Janeiro, como o Complexo do Alemão, a Cidade de Deus e o Complexo da Maré. Passa também pela Cidade Universitária da Universidade Federal do RJ, pelo maior centro de Convenções da América Latina (Riocentro), por hospitais, centros comerciais e indústrias.
Por isso, mais do que turistas, vai reduzir em 60% o tempo de casa ao trabalho de 320 mil trabalhadores, estudantes, aposentados, que transitarão por dia no BRT.
Para ir do Aeroporto Internacional até o Maracanã usando o Transcarioca, precisa descer em uma estação conectada ao metrô. Daí não colar aquele papo mentiroso de dizer que seria obra para atender a Fifa e não ao povo.
Por tudo isso é notícia boa para o povo. Nos telejornais da manhã de segunda-feira na TV Globo, não teve como evitar de dar a notícia. Na edição local "Bom Dia Rio" (mais cedo e com menor audiência) a cobertura foi completa e falaram também da cerimônia de inauguração com a presença da presidenta Dilma.
Mas na edição nacional "Bom Dia Brasil" (mais tarde e com mais audiência), já mudaram completamente o conteúdo. Censuraram todas as cenas do evento de inauguração e não fizeram nenhuma menção à participação do governo federal na obra. Mostraram apenas que o BRT Transcarioca começava a funcionar hoje, e citaram outros projetos equivalentes como outra linha de BRT no Rio e em outras cidades como Belo Horizonte, inaugurada recentemente. Claro que não mencionaram nenhuma palavra sobre a obra ser do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Aberta a temporada de caça eleitoral já há algum tempo, virou moda na Globo confundir o telespectador. Quando é para dar crédito, faz tudo para esconder que é uma obra do PAC feita em convênio dos governos municipal e federal. Quando é alguma coisa que não funciona bem como uma escola ou hospital municipal, a TV diz que é do SUS, e dá a entender que a culpa pelo que fazem as prefeituras seria do governo federal.
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