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21/11/2014
Aécio e Bláblá
alagados pela Lava Jato
Perto da Privataria Tucana, o petrolão é pequenas causas – G. Mendes
Sugestão de RegisBeaGalo13 no Twitter
Saiu na Agência PT de Notícias:
Valor não inclui doações efetuadas para
o segundo turno, cujo prazo de prestação de contas ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) se encerra na próxima semana
Por Márcio de Morais
O “clube” formado pelas
empreiteiras acusadas de integrar o esquema de corrupção denunciado à
Justiça pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no âmbito da
operação Lava Jato da Polícia Federal, repassou R$ 160,7 milhões aos
principais partidos de oposição ao governo federal no Congresso
Nacional. Do total, R$ 129,34 milhões foram destinados ao PSDB, R$ 15,85
milhões ao DEM e R$ 15,57 milhões, ao PSB.
O “clube”, como os próprios membros
se autodenominam nos grampos autorizados pela Justiça é formado por
dez empresas investigadas por formação de cartel destinado a controlar
as obras da estatal em projetos de expansão e construção de polos
petroquímicos, refinarias e extração de petróleo.
Além das construtoras Andrade
Gutierrez, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix e Toyo Setal, o grupo
reconhecia dentro do próprio esquema uma hierarquização que classificava
como “VIP” as suas comparsas Camargo Correa, UTC, OAS, Odebrecht e
Andrade Gutierrez, consideradas as maiores do país.
As doações contribuíram para eleger
candidatos tucanos como os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Beto
Richa (PR) e os senadores José Serra (SP), Álvaro Dias (PR), Antônio
Anastasia (MG).
Também financiou candidaturas
tucanas derrotadas à Presidência e governos estaduais, como as do
senador mineiro Aécio Neves e Pimenta da Veiga, que concorreu e perdeu o
governo de Minas para o petista Fernando Pimentel.
Os recursos financiaram, ainda, a
candidatura da ex-senadora Marina Silva (PSB), sucessora dos recursos
destinados ao falecido ex-governador pernambucano Eduardo Campos,
candidato socialista morto em 13 de agosto na queda do avião Cessna
Citation em Santos (SP), em que viajava para compromissos eleitorais no
Guarujá.
Valor parcial – Para obter os dados
relativos ao repasse de financiamento eleitoral, a Agência PT de
Notícias fez minucioso levantamento no sistema compulsório de prestação
de contas de partidos e candidatos, disponível na página do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) na internet. Os dados ainda não são definitivos
e podem ser ainda maiores. As doações aos candidatos que foram ao
segundo turno, como Aécio Neves, são apenas parciais. Referem-se aos
valores efetivamente repassados antes de 5 de outubro, data do primeiro
turno de votação.
O valor de R$ 160,7 milhões diz
respeito apenas às doações aos partidos, que são apresentadas
destacadamente dos valores repassados individualmente a cada candidato.
Desse subtotal ainda não constam as doações do segundo turno das
eleições realizadas em 26 de outubro, cujo prazo para prestação de
contas à Justiça Eleitoral encerra-se na próxima terça-feira, dia 25,
exatos 30 dias após o término do pleito.
Apesar disso, os dados mostram que
as construtoras Odebrecht e OAS doaram R$ 2 milhões cada uma ao
candidato tucano apenas na primeira etapa da eleição. Individualmente,
Aécio Neves recebeu doações totais de quase R$ 40,7 milhões até o dia 2
de setembro, última prestação relatada pelo TSE na web.
O maior arrecadador do grupo
oposicionista é o PSDB. Ao diretório nacional foram destinados pouco
mais de R$ 165 milhões e, ao comitê presidencial, R$ 140,6 milhões. O
partido foi a quem o ”clube” destinou maior volume de dinheiro para
campanha: pouco mais de R$ 78 milhões, ou cerca de 55% dos recursos de
financiamento ao candidato à Presidência.
O DEM aparece em segundo lugar, com
pouco mais de R$ 53 milhões de arrecadação total, sendo que R$ 15,8
milhões saíram do “clube”. Como não tinha candidato próprio ao Planalto,
não há registro de doações ao comitê presidencial do partido.
Já PSB recebeu quase R$ 36 milhões
em doações até o primeiro turno, segundo o TSE. Cerca de 40% do total,
ou seja, R$ 15,57 milhões, tiveram origem no “clube”, sendo R$ 10,6
milhões registrados em nome do diretório nacional e os demais R$ 4,95
milhões no comitê presidencial.
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