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24/11/2014
Coimbra: FHC puxou
o coro do Golpe!
O preconceito está incrustado no PiG, noe MP no Judiciário !
A
#VejaMenteQueNemSente, que tentou esconder o Aécioporto, mas o povão
foi lá e escancarou. (Sugestão de Valdira de Holanda no Twitter)
O Conversa Afiada reproduz artigo de Marcos Coimbra, extraído da Carta Capital:
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A oposição à direita reage de forma arcaica ao resultado da eleição. Mistura preconceitos e invencionices jurídicas
por Marcos Coimbra
O ano de 2014 caminha para terminar
de forma preocupante na política. Não era para ser assim.
Há menos de
um mês, realizamos uma eleição geral na qual a população escolheu o
presidente da República, os governadores dos 26 estados e do Distrito
Federal, um terço do Senado, a totalidade da Câmara dos Deputados e das
Assembleias estaduais.
Mesmo em democracias consolidadas,
momentos como aquele, em que todos são convocados a participar
diretamente das grandes escolhas de um país, são esporádicos e precisam
ser respeitados e valorizados. As eleições não são situações triviais,
cujos resultados podem ser ignorados ou questionados por qualquer um, no
dia seguinte. São solenes.
Por isso, é comum que o clima
político se desanuvie depois de uma disputa eleitoral. Que cesse o
embate entre os partidos e correntes de opinião e a sociedade tenha
ambiente para meditar a respeito do pronunciamento dos cidadãos, para
avaliá-lo e com ele aprender.
No Brasil, a normalidade
democrática sempre foi exceção. O período atual, iniciado há não mais de
25 anos, já é o mais longo sem rupturas ditatoriais ou colapsos
institucionais. A eleição geral de 2014 foi apenas a sétima em
sequência, mas é feito inédito em nossa história.
E foi uma bela eleição. Quase 120
milhões de eleitores compareceram às urnas e depositaram seu voto em
paz. Ninguém se queixou de haver sido coagido. Não houve
irregularidades. Foi rápida e segura. E contemporânea em relação ao que
de melhor existe em termos de transparência, lisura e correção nos
processos eleitorais.
Em quase tudo, o Brasil mostrou-se
capaz de igualar ou superar as mais sólidas democracias na capacidade de
fazer eleições legítimas. Menos no comportamento de parte das oposições
à direita. Ao contrário do eleitorado e das instituições, reagiram de
forma arcaica e atrasada aos resultados.
Desde a hora em que ficou clara a
derrota, insurgiram-se. Seu inconformismo em aceitar o simples fato de
não contarem com o apoio da maioria da sociedade o levou a posições
descabidas.
O primeiro sinal de sua inaptidão
para o convívio democrático partiu do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Em declaração que deveria envergonhar alguém com sua biografia,
colocou em dúvida a reeleição da presidenta Dilma Rousseff pela
desqualificação daqueles que nela teriam votado. Valeu-se dos mais
antiquados e reacionários preconceitos contra pobres e nordestinos (como
se ele próprio não tivesse ficado muito feliz em receber o voto desses
eleitores nas eleições nas quais disputou).
A seguir, o lastimável episódio da
solicitação feita pela campanha tucana à Justiça Eleitoral de uma
“auditoria” dos resultados da eleição (algo que a legislação nem sequer
admite). No fundo, apenas outra forma de expressar a rezinga de FHC.
O terceiro passo do esforço de
desqualificar a vitória de Dilma foi matemático, como se a legitimidade
de uma eleição decorresse de alguma contabilidade. Como se alcançar
frente maior ou menor fosse relevante, em qualquer lugar do mundo, para
admitir ou arguir um resultado eleitoral.
Essa mistura canhestra de
preconceitos, invencionices jurídicas e péssima aritmética seria apenas
cômica se não fosse trágica. Se não tivesse o apoio da mídia hegemônica
conservadora e se não tivesse contraparte na ação de segmentos
autoritários espalhados na sociedade e incrustada em nichos da máquina
pública, em especial no Judiciário e no Ministério Público.
Mundo afora, existem e procuram
impor-se correntes de opinião antidemocráticas e intolerantes.
Neonazistas assombram a Europa, os Estados Unidos não conseguem se
livrar dos supremacistas brancos, em muitos lugares o antissemitismo
permanece vivo e perigoso. Lamentavelmente, o Brasil tem radicais de
extrema-direita, a espalhar seus ódios e preconceitos. Um anticomunismo
ridículo e a saudade da ditadura os identificam. Agora se acham no
direito de questionar a eleição.
O PSDB precisa refletir a respeito
de quem pretende representar. Fazer o têm feito e falar o que têm falado
algumas de suas lideranças apenas serve para açular os
ultraconservadores.
O paradoxo é que vêm de São Paulo
os sinais de juízo e moderação tucanos. Na seção mineira,
tradicionalmente conciliadora, vigora a disposição de botar lenha na
fogueira.
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